segunda-feira, 24 de outubro de 2011

NOTÍCIAS DA IGREJA





Festa de 61 anos de sacerdócio

Emoção e homenagens marcaram a festa 

Por Alan de Jesus


A Arquidiocese de Belém e a Fundação Nazaré de Comunicação realizaram ontem, 21, às 9 horas, na Capela do órgão de comunicação católica, uma celebração eucarística em homenagem aos 61 anos sacerdotais do Arcebispo Emérito de Belém, Dom Vicente Zico, de 84 anos. Após a missa, funcionários e amigos do sacerdote cantaram os parabéns. Um lanche foi serviço para selar o momento festivo.



Em sua homilia o Arcebispo Emérito lembrou o quanto é gratificante para ele ser sacerdote. “Tenho uma grande alegria de viver a graça de ser sacerdote. Como o santo Cura d'Ars dizia de si falando se seu ministério sacerdotal: ‘eu sou nada e ao mesmo tempo sou um Dom para as pessoas’. De foto olhando o que sou, quem sou eu? Nada! Mas na graça que Deus me concedeu, chamando-me ao sacerdócio, confesso na humildade que sou um Dom para a minha Igreja”, disse.Emocionado, com a voz tremula, Dom Vicente completou: “tudo o que tenho é ser padre”.

Dom Vicente passou a maior parte de seu ministério sacerdotal em Belém. Nascido na cidade mineira de Luz, o Arcebispo Émerito, mesmo não estando mais oficialmente à frente da Arquidiocese, continua tendo uma relação forte com fiéis paraenses. O tempo passou e hoje já fazem 30 anos desde que Dom Vicente do falecido papa João Paulo II a missão de cuidar do rebanho católico da capital paraense. “Fico muito feliz de estar no meio do povo que sempre me tratou com muito carinho e atenção”, disse.

Ao longo de sua estadia na capital paraense, o sacerdote lembra que um dos momentos marcantes de sua história de vida foi o primeiro Círio em que participou, em 1981. “Primeiro foram os foguetórios. Depois o número de pessoas. Porém quando vi a atitude dos romeiros na corda, e depois eles entrando na Igreja de joelho e levantando as mãos para o céu, fiquei muito emocionado”, afirmou.

Apesar do sentimento forte com a festa mariana, Dom Vicente, revela que não acompanha mais a procissão. “Há três anos assisto à passagem da berlinda no Manoel Pinto da Silva (edifício localizado na avenida Presidente Vargas), mas ainda me surpreendo. Quando estava lá no meio, a gente vê muita gente, mas não tinha ideia da multidão. É um mar de cabeças. Uma festa muito linda”, comentou .

Ele destaca que o trabalho de formação de novos sacerdotes é um dos serviços que mais o agrada. “No passado o sacerdócio era mais determinado, depois o mundo mudou muito. Hoje as pessoas têm contato com mentalidades diversas. O sacerdócio pode se apresentar como uma tarefa mais difícil, mas em qualquer circunstância se tem muito a fazer. É preciso conservar sempre a religiosidade no coração”, explicou.

TESTEMUNHO

Para o funcionário do setor de informática da Fundação Nazaré de Comunicação, Paul Adrian Andrade, de 32 anos, o sacerdote é um exemplo de vida consagrada a Deus. “Percebo sempre o amor com que ele trata as coisas de Deus. Sempre preocupado com o rebanho”, explica. O administrador de Redes celebrou a missa em homenagem ao Arcebispo Emérito. “Fico sempre emocionado quando vejo Dom Vicente. Durante a celebração eucarística, lembrei do momento em que ele passou o báculo (tipo de cajado usado pelos pastores para se apoiarem ao andar e para conduzirem o gado, já para a Igreja Católica simboliza o papel dos pastores do rebanho divino) a seu sucessor. A emoção em seu rosto naquele momento é a mesma que vi hoje (ontem) na missa”, lembrou.


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