sábado, 31 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE FIM DE ANO AOS COLABORADORES!

Obrigado a todos! 
31/12/2011

           Quero agradecer imensamente os quase 57 mil acessos. Só nos últimos três meses, foram mais de 50 mil, vindo de todos o continentes, dos mais diversos países. Obrigado, em especial a Brasil, Estados Unidos, Portugal, Holanda, Alemanha, Angola, Bélgica, Rússia, Cabo Verde, Canadá, Reino Unido, Espanha, Áustria, Uganda.



    Obrigado pela confiança e colaboração que me deram na evangelização, multiplicando informações e notícias que dizem respeito a Igreja, enfim, a todos nós.

    Peço ao Bom Deus que, em sua infinita misericórdia, Ele continue a nos abençoar com a perseverança e a fé o para que perseveremos em seus ensinamentos e no anúncio do Seu Mistério revelado em Cristo Jesus. Que Ele nos envie do céu o Espírito Santo que ilumina as nossas ações e as nossas vidas. 

E desejo a todos nós, com o com coração cheio de sinceridade, que 2012 seja mais abençoado, mais iluminado e mais conduzido pela graça de Deus! 

Graça e Paz a todos e a todas!


Pe. Adauto Farias
 (Responsável por este Blog de Evangelização e Anúncio da Palavra de Deus e da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana)




SANTO DO DIA - 31/12/11


São Silvestre

Este Papa dos inícios da nossa Igreja era um homem piedoso e santo, mas de personalidade pouco marcada. São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome deIsapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político. 

E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua. 

Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. 

Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador. 

Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Nicenoou Credo, ratificado por S. Silvestre. 

Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.

Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade. 

Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.


São Silvestre, rogai por nós!

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 31/12/11


Sábado, 31 de dezembro de 2011 

São Silvestre

Leituras do Dia 

1a. Leitura: 1 João (1 Jo) 2,18-21; 
Salmo Responsorial (Sl) 95;
Evangelho: João (Jo) 1,1-18.


Evangelho de hoje:

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor!

Meditação Diária

Feliz ano novo!


Retrospectiva 
Prospectiva

Mais uma vez a liturgia da Igreja nos permite escutar o prólogo do Evangelho segundo São João. Trata-se de um texto cujas expressões são riquíssimas, o evangelista começa na eternidade de Deus e termina no mistério de Cristo, dom de Deus para a nossa salvação. Sendo hoje o último dia do ano, também eu gostaria de fazer uma reflexão que comece na eternidade e se dirija novamente à eternidade.

As Sagradas Escrituras afirmam que Deus "nos escolheu nele [em Cristo] antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos" (Ef 1,4). Santo Hilário nos ajuda a entender melhor essa expressão quando afirma que "nada do que existe deixou de estar sempre com Deus, pois, embora todas as coisas tenham começado, no que se refere à sua criação, no que diz respeito à ciência e ao poder de Deus, não tiveram início. (…) As coisas futuras, embora ainda estejam para ser criadas do ponto de vista da criação, já estão feitas, para Deus, para quem nada há de novo nem de repentino naquilo que há de ser criado, pois o desígnio divino realizado no tempo é de que sejam criadas" (Santo Hilário de Poitiers, Tratado sobre a Santíssima Trindade, XII, 39). Nós já estávamos, portanto, nos desígnios eternos de Deus! Agradeçamos ao Pai porque nos predestinou, nos chamou desde toda a eternidade, para sermos seus filhos no Filho Jesus Cristo, que agora contemplamos pequenino e com uma simpatia que conquistou o nosso coração.

Mas também chegaram os tempos da rebeldia para com Deus: a desobediência de Adão, o fratricídio de Caim, a corrupção dos homens podem ter se refletido durante esse ano que passou na nossa desobediência e corrupção. Peçamos perdão ao Senhor! Já não será necessário outro dilúvio que purifique a humanidade, mas virá com certeza o grande e terrível dia do Juízo Final que separará a raça humana em dois grandes blocos: ovelhas e cabritos, benditos e malditos, os da direita e os da esquerda, os do Reino e os do fogo eterno, os que praticaram boas obras e os que não as praticaram (cfr. Mt 25). Assim reza a nossa fé: "espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir" (Símbolo Niceno-Constantinopolitano).

2011 também foi um ano propício para que praticássemos uma virtude que se encontra no fundamento da vida cristã, a fé. De fato, neste ano o Santo Padre anunciou o Ano da Fé 2012-2013. Neste sentido, Abrahão se ergue diante da nossa visão cristã da história para mostrar-nos que somente quando confiamos em Deus as coisas vão para a frente, dão certo. A história do patriarca dos que creem em Deus é um convite constante para que fiemos nas promessas de Deus. É preciso que continuemos vivendo de fé, que "é uma certeza a respeito do que não se vê" (Hb 11,1). A fé é certeza! Abrahão foi um homem que movido pelas esperanças eternas construiu o presente – ele "tinha a esperança fixa na cidade assentada sobre os fundamentos" –; também nós, tendo os nossos olhares fixos em Deus, na eternidade, no prêmio eterno, construiremos essa cidade dos homens. A fé nos impulsionou durante esse ano a trabalhar, a trabalhar bem; no ano que vem, ela nos impulsionará a trabalhar melhor ainda por Deus e pelos homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs.

Na história da salvação que acontece nas nossas vidas, chegaram também os tempos das ânsias de Deus, do desejo ardente de perfeição, do pedido para ver a glória de Deus. Atualiza-se, de certo modo, a história de Moisés que tem coragem de pedir a Deus: "mostrai-me vossa glória" (Ex 33,18). 2011 foi um ano de crescimento na fé e na santidade? Se a resposta é afirmativa, bendito seja Deus! É preciso que 2012 seja um ano de maior santidade. Caso a resposta seja negativa, não há motivo para entristecer-se! 2012 pode ser melhor, pode ser o ano das ânsias de Deus, do desejo ardente de contemplar o Senhor já aqui nesta terra e depois, quando ele nos chamar, eternamente no céu.

E caso desfaleçamos no caminho, não nos preocupemos, temos profetas! Os nossos irmãos de caminhada nos ajudarão a não sairmos do caminho de Deus que é Cristo; eles serão um despertador para nós através da oração, da correção fraterna e do carinho humano e cristão que sentem por nós. Graças a Deus que também durante o ano que passamos, nós pudemos experimentar essa presença fraterna e amiga que tanto nos ajudou a seguir adiante, a não escutar a voz dos lobos, a levar uma vida na presença de Deus. Peçamos ao Senhor que aumente essa bendita fraternidade entre nós, que nos ajudemos mutuamente, que sejamos para os outros verdadeiros irmãos, que sintamos a responsabilidade pela salvação dos outros.

Depois de tantos profetas passearem diante de nós e falarem para nós do Cristo, pudemos encontrar-nos com ele. Esse deve ter sido o ano de muitas conversões, de muitos encontros com Cristo. Como não alegrar-nos profundamente? Cristo nasceu para que nós também pudéssemos nascer à vida sobrenatural. O nosso caminho está feito, dorme numa manjedoura, é só segui-lo. Quem procura estar atento à voz do Bom Pastor, que é Jesus Cristo, pode esperar a bem-aventurança eterna, a felicidade, o céu. Mas não irá sozinho, chegará à Pátria celeste acompanhado de uma multidão de bem-aventurados.

Feliz ano novo!

Pe. Françoá Costa

Fonte: http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SANTO DO DIA - 30/12/11


Sagrada Família de Nazaré

Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.

Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!

Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.

Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social. 

Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor. 

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Fonte: Portal Canção Nova (www.cancaonova.com)

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 30/12/11


Sexta, 30 de dezembro de 2011 

Sagrada Família

Leituras do Dia 

1a. Leitura: Eclesiástico (Eclo) 3,3-7.14-17; 
Salmo Responsorial (Sl) 127;
Evangelho: Lucas (Lc) 2,22-40.

Evangelho de hoje:


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. 
— Glória a vós, Senhor!

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor.23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor.
25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus:29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meu olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Meditação Diária

MENSAGEM DO EVANGELHO - 

Dia 30 de Dezembrobro de 2011 - SAGRADA FAMÍLIA




Hoje nós celebramos o dia da Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Esta comemoração nos convida a uma reflexão profunda sobre a realidade de nossas famílias nos tempos modernos.

Quando olhamos a situação das nossas famílias não podemos dizer que o aparato familiar corresponde aquilo que se espera de um ideal alentador. Os processos de desagregação, de instabilidade e insegurança que vemos não nos animam com boas perspectivas. Mas, mesmo neste processo não podemos desanimar, pois devemos procurar soluções para fazer com aconteça novos caminhos.

Há muito tempo nós ouvimos dizer que: a família é a célula básica da sociedade, e através dela se constrói esta mesma sociedade. Esta assertiva de certo modo é verdadeira, pois se olharmos o processo de formação da sociedade moderna, encontraremos muitos descaminhos e até fatos lamentáveis que julgamos impossíveis acontecer.

Podemos dizer que é na família onde se desenvolvem as primeiras relações sociais, onde nós começamos a aprender o processo de interação, e o fortalecimento de nossas relações interpessoais.

E aí podemos perguntar: Como vai a família? Ou, a família como vai? Ouvimos estes dois questionamentos num passado não muito recente quando a Igreja nos lembrou em Tema da Campanha da Fraternidade, a preocupação para fazer refletir esta proposta desafiante.

Na verdade chegamos a conclusão de que algo estar muito a desejar, pois aos poucos este sentido de uma família mais harmônica, estável, está perdendo o seu valor, e também, os elementos que a constituem não nos deixam bastante animados. No entanto, esta realidade não invalida a nossa preocupação e o desejo de repensarmos na estabilidade da família, e encontrar possíveis soluções que venham a dar uma nova fisionomia a este processo.

Dizemos isto porque o mundo moderno, às vezes inviabiliza a busca desta estabilidade da família. Mas temos que construí-la não nos moldes do passado, e sim adequando as realidades do presente.

Por exemplo, no passado éramos educados para obedecer, e hoje a realidade é outra, a educação familiar passa pelo jeito diferente de se buscar a responsabilidade como suporte para uma boa convivência.

Quantas vezes ouvimos dizer, “eu fui educado com pirão e tabefe”, claro que não pode mais ser visto como expressão de educar. Este comportamento funcionou muito a tempos atrás, mas hoje não encontra respaldo, pois esta atitude gera uma serie de conseqüências desagradáveis.

Mas, as duas coisas colocadas aos nossos olhos podem nos ajudar a descobrir novos caminhos que viabilizem um futuro muito promissor na formação de famílias mais saudáveis. O que se espera é que haja verdadeira sintonia de aspirações entre pais e filhos, esposos e esposas.

A família ainda poderá a ser esta verdadeira célula quando resgatarmos a sua direção certa, ou pelos menos encontremos novas prerrogativas que nos ajudam a enxergarmos novos horizontes, e só assim, poderemos sonhar de novo com a construção da família santuário da vida.

Por isso, tenhamos aos nossos olhos no dia de hoje, o exemplo maior da família de Nazaré, Jesus, Maria e José, que em meio a tantas dificuldades se apresenta ainda como verdadeiro modelo de imitação das nossas famílias.

Maria, mulher modelo de esposa, preocupada e atenta com sua família, sintonizada com seu Deus, presença viva na história de seu povo. Tudo isto fez com que a solidez de sua atitude ajudasse a dar sentido ao seu papel de mulher, esposa e Mãe. Nela residia a consciência precisa e exata do seu ser pessoa integrada na missão que lhe foi confiada. Ela soube dar este testemunho de esposa fiel e obediente a vontade de Deus. Também não é desta maneira que devem ser as esposa e mães de hoje?

José de quem nos fala as Escrituras, homem justo e fiel, prudente e exemplo de esposo e Pai piedoso, companheiro inseparável de Maria, atento também a missão que lhe foi confiado pelo Senhor, partilhou com ela as alegrias e as dificuldades do seu tempo, mas também sintonizado com seu Deus. E aí, porque os esposos e pais não seguem esta mesma lição e procuram estruturar as suas vidas seguindo os conselhos evangélicos, e não vivendo de acordo com que lhe convém?

Por que não tomamos em nossas famílias este modele ideal de virtudes? Será que vivendo estes exemplos não teremos bem próximo uma sorte melhor para a sociedade com famílias mais ajustadas? Como podemos construir famílias sem a presença de Deus, sem espiritualidade? Swerá que juntar-se apenas homem e mulher debaixo do mesmo tempo de maneira inesperada e irresponsável poderemos sonhar com coisas possíveis de bom acontecer?

Por isso, jovens de hoje, um conselho bom e bastante prático: preparem-se melhor para descobrir a sua vocação dentro da sua própria família, force a barra e procura criar este espaço para o seu futuro ser melhor. Não construam suas famílias pelo mero acaso e de maneira imprevisível, pois boa coisa não vai acontecer.

Aproveitemos hoje nesta festa da Sagrada Família para rezar unidos pelas nossas famílias, pela sua estabilidade. Os pais conscientes da sua obrigação e missão, os filhos voltados para consciência de unidos construir algo de novo e a família volte a ser o celeiro da alegria, do amor e da paz. Que haja verdadeira unidade em meio a tantas adversidades. Deus nos abençoe.

VERSOS DE HOJE – A FAMÍLIA

A família é a base 
Desta nova sociedade
Pais e filhos reunidos
No amor, fidelidade
Ao viver a harmonia
Com maior sinceridade

A família é modelo
De uma comunidade
A Igreja doméstica
A espiritualidade
Santuário desta vida
Um exemplo de unidade

A família do passado
Teve um jeito de educar
Educar pra obedecer
E também pra apanhar
Porém hoje é diferente
A família vai mudar

A família de hoje em dia
Trem que ser bem diferente
Não se pode mais bater
Pois é gesto inconseqüente
A responsabilidade
É um modo consciente

PENSAMENTO DO DIA

“O Evangelho é uma luz verdadeira que ilumina e guia nossos passos na direção do Deus da vida” ( Pe. Tula )

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

NORDESTE CONTINUA A PREPARAÇÃO PARA A JMJ

Peregrinação da Cruz e do Ícone da JMJ continua no nordeste

Por: CNBB/Jovens Conectados

No próximo dia 10 de janeiro, depois de encerrar a passagem pelo regional Nordeste 3, começa a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da preparação para a Jornada Mundial da Juventude em 2013, pelas dioceses do regional Nordeste 2. Este regional inclui os seguintes estados: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas.

“Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.

Foi com essas palavras que o Beato João Paulo 2º entregou aos jovens em Roma, no dia 22 de abril de 1984, aquela que ficaria conhecida como Cruz da Jornada, ou Cruz dos Jovens. Desde então, ela começou a peregrinar mundo afora, sempre levada pela juventude. Em 2003 junto com ela passou a peregrinar também o Ícone de Nossa Senhora.

Pela primeira vez, os dois símbolos máximos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) estão peregrinando pelo Brasil. São meses num itinerário que percorrerá todo o país e também passará pelos vizinhos do Cone Sul. Ao longo desse trajeto, os jovens terão a oportunidade de reavivar a fé e de sentir o gostinho do que será a JMJ 2013, que acontecerá no Rio de Janeiro.

A Cruz da JMJ e o Ícone de Maria chegaram ao Brasil no dia 18 de setembro e foram recebidos em São Paulo com uma grande festa, o Bote Fé. A partir daí iniciaram a peregrinação, que será concluída no Rio de Janeiro. A ideia é que os dois símbolos passem por todos os 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Estão também previstas 19 grandes festas nas capitais brasileiras, todas com o nome "Bote Fé".

Depois do dia 18 de setembro, a Cruz e o Ícone passaram a peregrinar, até o dia 30 de outubro, pelas sete províncias eclesiásticas do Regional Sul 1 da CNBB, que corresponde ao estado de São Paulo – o mais populoso do país e o que tem o maior número de dioceses, 50. Daí os símbolos seguiram para o Regional Leste 2, composto por Minas Gerais e Espírito Santo, onde ficarão ao longo de todo o mês de novembro. Neste mês de dezembro até o começo de janeiro está sendo a vez do Regional Nordeste 3, composto pelos estados da Bahia e de Sergipe.

A peregrinação seguirá ao longo de todo o ano de 2012. Janeiro é o mês do Nordeste 2 e, em dezembro, a Cruz e o Ícone deixam o Brasil e visitam Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina. Já em Janeiro de 2013 retornam para concluir o itinerário no Sul do Brasil. A etapa final acontecerá no Sul de Minas, no Vale do Paraíba (SP) e, finalmente, no estado do Rio de Janeiro, onde os símbolos chegam em abril de 2013.

Veja, no quadro completo da peregrinação mostrando quando a Cruz e o Ícone visitarão cada regional no site:

Fonte: www.jovensconectados.org.br

CATEQUESE DO PAPA - 29/12/11


Papa na Audiência Geral:

"Rezar se aprende em casa com os pais"



Por:  CNBB/Rádio Vaticano

Bento XVI presidiu na última quarta-feira (28), na Sala Paulo VI no Vaticano, a última Audiência Geral de 2011.

Nesses doze meses, cerca de 400 mil pessoas participaram dos encontros semanais das quartas-feiras para ouvir as catequeses do Papa, marcadas por uma grande variedade de argumentos.

Este ano, as catequeses foram dedicadas aos Santos e Santas dos séculos 16 e 17, à relação entre o homem e a oração, e a uma série de reflexões sobre alguns Salmos.

Esta última catequese, a de número 45, foi dedicada ao período natalino, propício a avivar a fé e a oração. A oração, recordou Bento XVI, formava parte da vida cotidiana da Sagrada Família de Nazaré. Aquela casa, com efeito, é uma escola de oração, onde se aprende a escutar e a descobrir o significado profundo da manifestação do Filho de Deus, seguindo o exemplo de Jesus, Maria e José.

"A Sagrada Família é ícone da Igreja doméstica e um convite a rezar juntos" – disse o Papa. É no interior do lar que os filhos são iniciados na oração, graças aos ensinamentos de seus pais. Consequentemente, uma educação autenticamente cristã não pode prescindir da experiência da oração.

"Se não se aprende a oração em casa, depois será difícil. preencher esse vazio", afirmou o Pontífice.

(BF)

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA AMAZÔNIA TERÁ SEDE EM MANAUS


Amazônia ganha Santuário e

Nossa Senhora indígena


Por: CNBB/Rádio Vaticano


Amazônia: hectares de distâncias, desafios sem confim. Terra de povos originários, de religiosidade popular, de interesses de bons e maus. Em meio a tantos problemas, a Igreja quer reforçar sua presença, levando esperança e alento a seus habitantes.

A região vai ganhar um Santuário em frente ao Rio Negro: o Santuário de Nossa Senhora da Amazônia, zona oeste de Manaus, terá forma de canoa, principal meio de transporte dos povos amazônidas.

Nossa Senhora da Amazônia tem agora uma imagem, apresentada aos mais de 2 mil fiéis que participaram da celebração da Santa Missa na noite da última segunda-feira, no Largo de São Sebastião.

A representação da Virgem foi feita por uma artista local e escolhida através de um concurso nacional, realizado pela Arquidiocese de Manaus, no primeiro semestre deste ano. Na imagem, Nossa Senhora possui traços indígenas e pele escura, carregando o menino Jesus com as mesmas características, em cima de uma Vitória Régia, planta típica da região amazônica.

(CM)

SANTO DO DIA - 29 de dezembro

São Tomás Becket

Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo. Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França.

Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.

Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos "concílios" de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII.

Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens. Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: "Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente". Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé. 

"Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja", disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.


São Tomás Becket, rogai por nós!

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 29/12/11

Quinta, 29 de dezembro de 2011 

São Tomás Becket

Leituras do Dia 

1a. Leitura: 1 João (1 Jo) 2,3-11; 
Salmo Responsorial (Sl) 95;
Evangelho: Lucas (Lc) 2,22-35.


Evangelho de hoje:

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor.23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus:29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Meditação Diária

Luz para iluminar as nações



Este Evangelho narra a apresentação de Jesus no Templo e a purificação de Nossa Senhora. Nós o contemplamos no quarto mistério gozoso do terço. Nele aparece três vezes a expressão "conforme a Lei do Senhor". Maria e José viviam atentos em cumprir direitinho todas as leis de Deus. Aí está um recado para nós: o segredo da nossa felicidade está na fidelidade à Lei do Senhor. Para Maria e José, eram as Leis do Antigo Testamento; para nós, são os mandamentos de Deus e da Igreja.

A apresentação de Jesus no Templo corresponde à nossa celebração do batizado das crianças. Mas não basta batizá-las, é preciso fazer com que elas cresçam cheias de sabedoria e da graça de Deus, como Jesus cresceu.

Como disse o profeta Simeão, Jesus foi a Luz que Deus Pai enviou para iluminar as nações.

"Agora, Senhor, podeis deixar teu servo partir em paz." Simeão sabia que ninguém consegue partir deste mundo com a esperança da vida eterna, se não está ligado a Jesus. Ter a graça de segurar o Menino Jesus foi para ele um sinal de que Deus o segurava em seus braços, portanto, podia morrer. Isso vale para nós. Se queremos, ao sair deste mundo, ganhar a vida eterna, temos de segurar Jesus em nossos braços, agarrar-nos a ele e não largá-lo mais.

"Os que se deixam guiar pelo Espírito de Deus, esses são os filhos de Deus" (Rm 8,14). Foi o Espírito Santo que levou Simeão ao Templo. Se queremos ter Jesus em nossos braços, e assim ser dignos da vida eterna, dirijamo-nos ao Templo, à Igreja, porque lá nos encontraremos com Jesus. "Vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1Pd 2,5). Se vamos à Igreja domingo, nós a carregamos conosco durante a semana, e assim nos tornamos também um edifício santo e agradável a Deus. Na Igreja, nós encontramos a paz em plenitude. "E a paz de Deus, que supera todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus" (Fl 4,7).

Outro destaque do Evangelho é a união do casal. Aliás, Maria e José estavam sempre unidos, nas horas difíceis e nas horas alegres: no nascimento de Jesus; na fuga para o Egito, na perda e encontro do menino no Templo... A família de Nazaré era unida e todos os membros colaboravam, cada um do seu modo. Assim, só podia dar no que deu: uma família que formou três santos. No casamento, o casal faz um juramento diante de Deus, da Igreja e dos familiares; um juramento de permanecerem unidos até o fim da vida.

Quando o profeta Simeão pegou Jesus nos braços, ele disse a Maria: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma". O mundo tem outros valores e segue outro caminho. Por isso que Jesus foi um sinal de contradição, e a mãe sofreu com ele. Todos os seguidores de Jesus têm a mesma sina: ser um sinal de contradição e ter a espada de dor.

Simeão disse, em sua profecia, que "serão revelados os pensamentos de muitos corações". Diante de Jesus, caem as máscaras. As pessoas malandras não conseguem esconder suas falcatruas. As maldades aparecem, e os primeiros a sofrerem as conseqüências são os cristãos.

Certa vez, um viajante contratou um burro para levar uma pequena carga porque estava indo para um lugar distante. O dono do animal foi junto, porque sabia lidar com ele.

Como o calor estava muito forte e o sol brilhava intensamente, o viajante parou para descansar e buscou abrigo na sombra do burro. Acontece que a sombra só protegia uma pessoa e tanto o viajante como o dono do burro a reivindicavam. Por isso surgiu entre eles uma violenta disputa sobre qual teria o direito de desfrutá-la. O proprietário dizia que alugou apenas o burro e não a sua sombra. O viajante afirmava que ao alugar o burro alugou também a sua sombra.

A disputa prosseguiu com palavras e socos e, enquanto os homens brigavam, o burro galopou para longe.

Ao disputar pela sombra, frequentemente nós perdemos a substância. Precisamos trabalhar pela nossa união, a fim de imitarmos a família de Nazaré.

Muitas vezes, por questões pequenas e sem nenhuma importância, acabamos perdendo a nossa paz e até o estímulo para seguir em frente. Perdemos a amizade de pessoas que por longo tempo estiveram ao nosso lado e afastamos pessoas queridas simplesmente porque não concordamos com situações que, sem esforço, poderiam ser desprezadas. Deixamos que um ato de teimosia, nosso ou de alguém com quem lidamos, interfira em nosso relacionamento, ditando regras de conduta para nossas atitudes.

Vamos pedir à Família de Nazaré que nos ajude a segui-la em tudo, mesmo que nos venham espadas e cruzes. No meio de um mundo de mentira, que vivamos na verdade. No meio de um mundo de violência, que vivamos na paz. No meio de um mundo de tristeza, que vivamos na alegria. No meio de um mundo de egoísmo, que vivamos no amor. No meio de um mundo ganancioso, que pratiquemos a partilha.

Luz para iluminar as nações.


Padre Queiroz

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SANTO DO DIA - 28/12/11

Santos Inocentes


A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas. 

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

Fonte: www.cancaonova.com