sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

POEMA "MÃOS"



Mãos 

Mãos que "modelaram o barro"; 

Mãos que afagam; mãos que acolhem;
Mãos que espancam; mãos que escrevem;
Mãos que digitam; mãos que matam;
Mãos que aram; mãos que platam;
Mãos que colhem, mãos... Mãos...

Sempre e tudo somente com as mãos.


Mãos que se elevam em oração;

Mãos que fazem o sinal da Cruz e o batizando se torna Filho de Deus no Filho Jesus;
Mãos que executam musicas de relax, de gratidão, de amor, de louvor...
Mãos que levantadas em nome de Deus absolve pecados;
Mãos que tornam o humano em Divino;
Mãos que transformam uma coisa (pão) em pessoa divina;
Mãos que dividindo o pão entre muitos, faz com que estes muitos se tornem um só corpo, um só com o Corpo d'Ele, que deixou de ser pão!



Catarina Paiva 

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS /OITAVA DO NATAL



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
OITAVA DO NATAL
SEXTA-FEIRA

SANTOS INOCENTES





28 de dezembro
OS SANTOS INOCENTES, MÁRTIRES
Festa

 ___________________________________________________

Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino
Dos Santos Inocentes
cantemos o louvor.
A terra os perde e chora,
recebe-os o Senhor.

Um ímpio rei matou-os,
porém seu Criador
colheu-os como as flores,
no Reino os abrigou.

Em morte assim gloriosa
o Cristo resplendeu.
Menores de dois anos
com anjos vão ao céu.

Belém, feliz cidade,
foi berço ao Redentor,
e as vítimas primeiras
a ele consagrou.

No sangue do Cordeiro
as túnicas lavaram.
Vestindo brancas vestes,
seu trono rodearam.

Jesus, que de uma Virgem
nascestes em Belém,
a vós, ao Pai e ao Espírito
a glória eterna. Amém.
Salmodia
Ant. 1 Os meninos Inocentes, cordeirinhos do Senhor,
deram pulos de alegria, pois Jesus os libertou.
Salmo 2
1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vãos?
=2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, †
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?
3 “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu domínio!”
4 Ri-se deles o que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:
6 “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
=7 O decreto do Senhor promulgarei, †
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!
=8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei †
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!”
10 E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta lição:
11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com respeito!
12 Se o irritais, perecereis pelo caminho, *
pois depressa se acende a sua ira!
– Felizes hão de ser todos aqueles *
que põem sua esperança no Senhor!
Ant. Os meninos Inocentes, cordeirinhos do Senhor,
deram pulos de alegria, pois Jesus os libertou.
Ant. 2 Os meninos Inocentes estão junto do Senhor;
resgatados entre os homens, qual primeiro sacricio,
eles são oferecidos ao Cordeiro e a Deus Pai.
Salmo 32(33)
I
1 Ó justos, alegrai-vos no Senhor! *
Aos retos fica bem glorificá-lo.
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, *
na lira de dez cordas celebrai-o!
3 Cantai para o Senhor um canto novo, *
com arte sustentai a louvação!
4 Pois reta é a palavra do Senhor, *
tudo o que ele faz merece fé.
5 Deus ama o direito e a justiça, *
transborda em toda a terra a sua graça.
6 A palavra do Senhor criou os céus, *
e o sopro de seus lábios, as estrelas.
7 Como num odre junta as águas do oceano, *
e mantém no seu limite as grandes águas.
8 Adore ao Senhor a terra inteira, *
e o respeitem os que habitam o universo!
9 Ele falou e toda a terra foi criada, *
ele ordenou e as coisas todas existiram.
10 O Senhor desfaz os planos das nações *
e os projetos que os povos se propõem.
=11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, †
e os pensamentos que ele traz no coração, *
de geração em geração, vão perdurar.
Ant. Os meninos Inocentes estão junto do Senhor;
resgatados entre os homens, qual primeiro sacricio,
eles são oferecidos ao Cordeiro e a Deus Pai.
Ant. 3 O seu rosto se ilumina de infinita alegria:
os gemidos e a tristeza para sempre se acabaram!
II
12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, *
e a nação que escolheu por sua herança!
13 Dos altos céus o Senhor olha e observa; *
ele se inclina para olhar todos os homens.
14 Ele contempla do lugar onde reside *
e vê a todos os que habitam sobre a terra.
15 Ele formou o coração de cada um *
e por todos os seus atos se interessa.
16 Um rei não vence pela força do exército, *
nem o guerreiro escapará por seu vigor.
17 Não são cavalos que garantem a vitória; *
ninguém se salvará por sua força.
18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, *
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas *
e alimen-los quando é tempo de penúria.
20 No Senhor nós esperamos confiantes, *
porque ele é nosso auxílio e proteção!
21 Por isso o nosso coração se alegra nele, *
seu santo nome é nossa única esperança.
22 Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, *
da mesma forma que em vós nós esperamos!

Ant. O seu rosto se ilumina de infinita alegria:
os gemidos e a tristeza para sempre se acabaram!
V. Os Santos cantavam um cântico novo
Àquele que es em seu trono, e ao Cordeiro;
R. Na terra inteira ressoavam suas vozes.

Primeira leitura
Do Livro do Êxodo 1,8-16.22

Matança dos meninos hebreus no Egito
Naqueles dias, 8 surgiu um novo rei no Egito, que não tinha conhecido José, 9 e disse ao seu povo: “Olhai como o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. 10 Vamos agir com prudência em relação a ele, para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos, combata contra nós e acabe por sair do país”. 11 Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as cidades-entrepostos de Pitom e Ramsés. 12 Mas, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava e crescia. 13 Obcecados pelo medo dos filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes uma dura escravidão.       14 E tornaram-lhes a vida amarga pelo pesado trabalho da preparação do barro e dos tijolos, com toda a espécie de trabalhos dos campos e outros serviços que os levavam a fazer à força.
15 O rei do Egito disse às parteiras dos hebreus, uma das quais se chamava Sefra e a outra Fua: 16 “Quando assistirdes as mulheres hebréias, e chegar o tempo do parto, se for menino, matai-o, se for menina, deixai-a viver”.22 Então, o Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: “Lançai ao rio Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos, mas poupai a vida das meninas”.

Responsório Is 65,19; Ap 21,4.5
R. Eu me alegro com meu povo:
* Não mais serão ouvidos os soluços e os gemidos
nem os gritos de aflição.
V. Nunca mais haverá morte, nem clamor, nem luto ou dor;
eu renovo as coisas todas. * Não mais.

Segunda leitura
Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo
(Sermo 2 de Symbolo: PL 40,655)
(Séc. V)

Ainda não falam e já proclamam Cristo
Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida.
Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.
Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças porque o medo matou o teu coração; e julgas que, se conseguires teu propósito, poderás viver muito tempo, quando precisamente é a própria Vida que queres matar.
Aquele que é a fonte da graça, pequenino e grande ao mesmo tempo, reclinado num presépio, apavora o teu trono. Por meio de ti, e sem que saibas, realiza os seus desígnios e liberta as almas do cativeiro do demônio. Recebe como filhos adotivos os filhos dos que eram seus inimigos.
Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legítimas testemunhas aqueles que ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar. Eis como já começa a conceder a liberdade aquele que veio para libertar, e a dar a salvação aquele que veio para salvar.
Tu, porém, Herodes, ignorando tudo isto, te perturbas e te enfureces; e enquanto te enfureces contra o Menino, já lhe prestas homenagem, sem o saberes. Ó imenso dom da graça! Que méritos tinham aquelas crianças para obterem tal vitória? Ainda não falam e já proclamam o Cristo. Não podem ainda mover os membros para a luta e já ostentam a palma da vitória.

Responsório Cf. Ap 5,14; 4,10; 7,11
R. Adoraram o que vive pelos culos dos culos,
*
 Colocando suas coroas ante o trono de Deus.
V. E prostraram-se com a face por terra ante o trono:
bendizendo o que vive pelos culos dos culos.
* Colocando.

Oração
Ó Deus, hoje os santos Inocentes proclamam vossa glória, não por palavras,
mas pela própria morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que
os nossos lábios professam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

FONTE: http://liturgiadashoras.org/

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 28/12/12


Sexta-Feira, 28 de Dezembro de 2012

Oitava do Natal
Santos Inocentes

Leituras do Dia
1a. Leitura: 1 João (1 Jo) 1,5--2,2
Salmo Responsorial (Sl) 123 (124)
Evangelho: Mateus (Mt) 2,13-18

DIA 28 DE DEZEMBRO - SEXTA-FEIRA

SANTOS INOCENTES
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Os meninos inocentes foram mortos por causa do Cristo. Eles seguem o Cordeiro sem mancha e cantam: Glória a ti, Senhor!
Oração do dia
Ó Deus, hoje os santos Inocentes proclamam vossa glória não por palavras, mas pela própria morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios professam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 João 1,5-2,2)

Leitura da primeira carta de são João.

1 5 A nova que dele temos ouvido e vos anunciamos é esta: Deus é luz e nele não há treva alguma. 
6 Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade. 
7 Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 
8 Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 
9 Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. 
10 Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós. 
2 1 Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 
2 Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.

Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 123/124
Nossa alma, como um pássaro, escapou
do laço que lhe armara o caçador. 

Se o Senhor não estivesse ao nosso lado
enquanto os homens investiram contra nós,
com certeza nos teriam devorado
no furor de sua ira contra nós.

Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria arrastado
e, então, por sobre nós teriam passado
essas águas sempre mais impetuosas.

O laço arrebentou-se de repente,
e assim nós conseguimos libertar-nos.
O nosso auxílio está no nome do Senhor,
do Senhor que fez o céu e fez a terra!
Evangelho (Mateus 2,13-18)
Aleluia, aleluia, aleluia. 

A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva o exército dos vossos santos mártires!



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar". 
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. 
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho". 
16 Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos. 
17 Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: 
18 "Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem!"
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
NAS PEGADAS DE MOISÉS
O episódio da matança dos inocentes de Belém está calcada na história de Moisés. Destinado a ser libertador do povo, sua vida fora ameaçada pela fúria sangüinária do faraó. A antiga história se repetia. Só que, agora, tratava-se do Filho de Deus, enviado com a missão de salvar o povo de seus pecados.
Os personagens do texto evangélico evocam os do passado. Herodes comporta-se como o antigo faraó do Egito, disposto a eliminar, logo no seu início, qualquer tentativa de afirmação da identidade do povo de Israel. 
O menino Jesus passa pelos mesmos percalços do antigo libertador, Moisés. Escapa da morte, ainda pequeno, pela intervenção divina. Assim como o faraó, em última análise, lutara com Javé, o libertador de Israel, igualmente, Herodes erguia em vão seu braço contra o Pai, o mesmo Deus libertador. Este foi o supremo protetor de seu Filho, a quem competia levar adiante a tarefa de libertação.
A fuga apressada coloca Jesus nas pegadas dos grandes patriarcas. Todos eles passaram pelo Egito, cujo simbolismo marcará para sempre o imaginário do povo de Israel. Quiçá Deus quisesse que todos conhecessem por dentro a opressão, de modo a aspirar pela verdadeira fraternidade. Também Jesus percorrerá o caminho dos grandes personagens do passado, para instaurar o Reino de Deus, onde não deverá haver lugar para o mal.


Oração
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Recebei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo e purificai os que celebram com piedade os vossos mistérios, pelos quais concedeis a salvação mesmo àqueles que não vos conhecem. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Os meninos de Belém foram resgatados dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro, e o acompanham por toda parte (Ap 14,4).
Depois da comunhão
Ó Deus, concedei vossa copiosa salvação aos que se alimentam à vossa mesa, neste dia em que a Igreja celebra os mártires Inocentes que, não chegando a balbuciar o nome do vosso filho, foram glorificados pela graça do seu nascimento.
Santo do Dia / Comemoração (SANTOS INOCENTES)
Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez. 


Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença. 



Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina. 



Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo". 



Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado. 



Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército. 



A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse. 



Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 26/12/12


Quarta-Feira, 26 de Dezembro de 2012

Oitava do Natal
Santo Estevão

Leituras do Dia
1a. Leitura: Atos dos Apóstolos (At) 6,8-10;7,54-59
Salmo Responsorial (Sl) 30 (31)
Evangelho: Mateus (Mt) 10,17-22


DIA 26 DE DEZEMBRO - QUARTA-FEIRA

SANTO ESTÊVÃO 
DIÁCONO E PROTOMÁRTIR 
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: As portas do céu abriram-se para santo Estêvão, que foi o primeiro dentre os mártires e por isso, coroado, triunfa no céu.
Oração do dia
Ensinai-nos, ó Deus, a imitar o que celebramos, amando os nossos próprios inimigos, pois festejamos santo Estêvão, vosso primeiro mártir, que soube rezar por seus perseguidores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 6,8-10;7,54-59)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 6 8 Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes milagres e prodígios entre o povo.
9 Mas alguns da sinagoga, chamada dos Libertos, dos cirenenses, dos alexandrinos e dos que eram da Cilícia e da Ásia, levantaram-se para disputar com ele.
10 Não podiam, porém, resistir à sabedoria e ao Espírito que o inspirava.
54 Ao ouvir tais palavras, esbravejaram de raiva e rangiam os dentes contra ele.
55 Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus:
56 “Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.
57 Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram furiosos contra ele.
58 Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo.
59 E apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 30/31
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza;
por vossa honra, orientai-me e conduzi-me!

Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
Vosso amor me faz saltar de alegria,
pois olhastes para as minhas aflições.

Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo
e salvai-me pela vossa compaixão!
Evangelho (Mateus 10,17-22)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito o que vem em nome do Senhor. Nosso Deus é o Senhor, ele é a nossa luz (Sl 117,26s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 10 17 Disse Jesus: “Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas.
18 Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos.
19 Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer.
20 Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós.
21 O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão.
22 Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho

O SUPREMO TESTEMUNHO
Os discípulos jamais foram iludidos quanto às conseqüências de sua opção pelo Reino. Embora se lhes acenasse a vida eterna a ser vivida na comunhão com o Pai, de forma alguma foi-lhes prometido segurança e bem-estar. 
O Mestre foi suficientemente explícito ao alertá-los para um futuro de perseguição, ódio, flagelos e comparecimento nos tribunais. O supremo testemunho do martírio poderia provir não das mãos dos inimigos e sim dos próprios familiares. Por isso, o discipulado deveria aliar uma profunda fé a uma inquebrantável personalidade, de forma a poderem manter-se firmes nos momentos de provação.
 Todavia, Jesus lhes fez uma revelação importante: seria dado aos discípulos o dom do Espírito que, nos momentos difíceis, haveria de estar do lado deles, incutindo-lhes força, colocando em seus lábios palavras adequadas para se defenderem, incentivando-os a não desfalecerem na fé, a ponto de abrir mão de sua opção pelo Reino. Movidos pelo Espírito, estariam preparados para perseverar até o fim, e assim alcançarem a salvação.
 Nunca faltou, ao longo da história da fé cristã, quem se dispusesse a dar um testemunho consumado de sua adesão ao Reino. Os mártires são verdadeiros exemplos de fé. Para os de ontem e os de hoje devem se voltar as nossas atenções, quando almejamos reencontrar a trilha do verdadeiro seguimento de Jesus.

Oração
Pai, jamais me falte a luz do teu Espírito, quando sou chamado a testemunhar minha fé, em meio a desafios e perseguições.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ó Deus, recebei de nossas mãos as oferendas que hoje apresentamos, comemorando com alegria o glorioso martírio de santo Estêvão. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Enquanto o apedrejavam, Estêvão dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito (At 7,58).
Depois da comunhão
Nós vos damos graças, ó Deus, por tanta bondade para conosco, pois nos salvais pelo natal do vosso Filho e nos alegrais com a festa de santo Estêvão. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ESTEVÃO)

Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir.

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo".

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php?data=2012-12-26

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 27/12/12



Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2012

Oitava do Natal
São João Evangelista

Leituras do Dia
1a. Leitura: 1 João (1 Jo) 1,1-4
Salmo Responsorial (Sl) 96 (97)
Evangelho: João (Jo) 20,2-8



DIA 27 DE DEZEMBRO - QUINTA-FEIRA

SÃO JOÃO EVANGELISTA
APÓSTOLO E EVANGELISTA 
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Foi João que na ceia repousou sobre o peito do Senhor: feliz o apóstolo a quem foram revelados os segredos do reino e que espalhou por toda a terra as palavras da vida.
Oração do dia
Ó Deus, que pelo apóstolo são João nos revelastes os mistérios do vosso Filho, tornai-nos capazes de conhecer e amar o que ele nos ensinou de modo incomparável. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 João 1,1-4)
Leitura da primeira carta de são João.

1 1 O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida - 

2 porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou -, 
3 o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. 
4 Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa.

Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 96/97
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! 
Deus é rei! Exulte a terra de alegria,
e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu torno,
que se apóia na justiça e no direito.

As montanhas se derretem como cera
ante a face do Senhor de toda a terra;
e assim proclama o céu sua justiça,
todos os povos podem ver a sua glória.

Uma luz já se levanta para os justos,
e a alegria, pra os retos corações.
Homens justos, alegrai-vos no Senhor,
celebrai e bendizei seu santo nome!
Evangelho (João 20,2-8)

Aleluia, aleluia, aleluia. 

A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva o exército dos vossos santos mártires! 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!" 
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. 
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. 
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
VER E CRER
A experiência do discípulo amado, na manhã da ressurreição, é modelar para quem quer seguir Jesus. Logo que tomou conhecimento do sepulcro vazio, ele correu para lá, seguido pelo apóstolo Pedro. Quando entrou no lugar onde o corpo do Mestre tinha sido colocado e não o encontrando, “viu e creu” que tinha ressuscitado.
A visão que o levou à fé não podia ser puramente sensorial. Neste caso, ela supera a visão humana e atinge uma profundidade só acessível ao coração. Assim, toca-se o mais profundo da realidade. Trata-se de um ver teológico, dinamizado pelo Espírito, que permite penetrar no mistério de Deus, na medida que a limitação humana for capaz. 
Partindo deste requisito, compreende-se por que os adversários nunca superaram a simples visão física de Jesus e de seus feitos e palavras. Incapazes de ir além, jamais puderam reconhecer nele o Filho de Deus e chegar ao ato de fé.
O discípulo amado estabelecera com Jesus uma relação de tamanha intensidade que, ao ver o sepulcro vazio, pode dar o salto da fé. Não que o sepulcro vazio fosse uma prova da ressurreição, e sim porque ao contemplá-lo pode compreender todo mistério que envolvia o evento Jesus, chegando a atingir-lhe o âmago: o Filho era objeto do amor do Pai, o qual não permitiria que ele experimentasse a corrupção. A visão física, portanto, serviu de pretexto para algo muito mais profundo.


Oração
Pai, reforça minha fé na ressurreição de teu Filho Jesus, pois  com ela deste prova de amá-lo e destiná-lo para a comunhão eterna contigo.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Santificai, ó Deus, as nossas oferendas e concedei-nos haurir nesta ceia os mistérios do Verbo eterno, revelados, por esta mesma fonte, ao apóstolo João. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e da sua plenitude todos nós recebemos (Jo 1,14.16).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, nós vos pedimos que o Verbo feito carne, que são João anunciou com seu evangelho, habite sempre entre nós por este mistério que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOÃO)
É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz. 


João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus. 


Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria. 


Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos. 


Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade. 


O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php