terça-feira, 11 de dezembro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / QUARTA FEIRA DA 2a. SEMANA DO ADVENTO



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
SEGUNDA SEMANA DO ADVENTO
QUARTA-FEIRA

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE





12 de dezembro
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Padroeira da América Latina

Festa

Segundo arraigada tradição, a imagem da Virgem de Guadalupe apareceu
impressa na manta do índio Juan Diego, em 1531, na cidade do México. Por
isso permaneceu alguns dias na capela episcopal do Bispo Dom Frei Juan de
Zumárraga e depois na Sé. Em 26 de Dezembro do mesmo ano foi solenemente
levada para uma ermida aos pés do cerro de Tepeyac. Seu culto propagou-se
rapidamente muito contribuindo para a difusão da fé entre os indígenas. Após
a construção sucessiva de três templos ao pé do mesmo cerro, edificou-se o
atual, concluído em 1709 e elevado à categoria de Basílica por São Pio X em 1904.
Em 1754 Bento XIV confirmou o patrocínio da Virgem de Guadalupe sobre toda
a Nova Espanha (Do Arizona até a Costa Rica) e concedeu a primeira Missa e
Ofício próprios. Porto Rico proclamou-a sua Padroeira em 1758. Em 12 de Outubro
de 1892 houve a coroação pontifícia da imagem, concedida por Leão XIII, que no
ano anterior aprovara um novo Ofício próprio. Em 1910 São Pio X proclamou-a
Padroeira da América Latina; em 1935, Pio XI designou-a Padroeira das Ilhas
Filipinas; e em 1945 Pio XII deu-lhe o título de “Imperatriz da América”.

A veneração da Virgem de Guadalupe, solícita a prestar auxílio e proteção
em todas as tribulações, desperta no povo grande confiança filial; constitui,
além disso, um estímulo à prática da caridade cristã, ao demonstrar a predileção
de Maria pelos humildes e necessitados, bem como sua disposição em assisti-los.
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Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras. 
Hino
Foste dona-de-casa e peregrina,
a teu marido e filho servias.
E, os planos do Senhor sempre seguindo,
punhas amor em tudo o que fazias.

Te encontras na montanha antes da aurora,
onde te impele o amor vais apressada:
trazes também teu filho ao novo mundo,
queres nele fazer nova morada.

Como de nossa raça te apresentas,
falando a nossa língua com doçura,
e pedes te façamos uma casa,
de onde possa jorrar tua ternura.

Tu subiste a Isabel como ao Calvário,
desces do céu a nós, bela e suave;
Vens tomar-nos contigo no teu manto...
Desces e sobes: para isto é Ave!

Glória demos ao Pai que é sem princípio,
ao Filho que assumiu a humanidade.
No espírito que ambos nos enviam,
louvemos a Santíssima Trindade!
Salmodia 
Ant. 1 
Nunca mais se porá o teu sol
e tua lua jamais minguará. 


Salmo 23(24)
 1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, *
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2 porque ele a tornou firme sobre os mares, *
e sobre as águas a mantém inabalável. 

3 “Quem subirá até o monte do Senhor, *
quem ficará em sua santa habitação?”
=4 “Quem tem mãos puras e inocente coração, †
quem não dirige sua mente para o crime, *
nem jura falso para o dano de seu próximo.

5 Sobre este desce a bênção do Senhor *
e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
6 “É assim a geração dos que o procuram, *
e do Deus de Israel buscam a face”.

=7 “Ó portas, levantai vossos frontões! †
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

=8 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, *
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

=9 “Ó portas, levantai vossos frontões! †
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

=10 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, *
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Nunca mais se porá o teu sol
e tua lua jamais minguará.
Ant. 2 Ouço a voz do meu amado,
vejo-o correndo nas montanhas
saltando sobre os montes,
como uma corça bem ligeira.
Salmo 45(46) 
2 O Senhor para nós é refúgio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3 assim não tememos, se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares,
4 se as águas trovejam e as ondas se agitam, *
se, em feroz tempestade, as montanhas se abalam:

5 Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6 Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
7 Os povos se agitam, os reinos desabam; *
troveja sua voz e a terra estremece.

8 Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!

9 Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus *
e a obra estupenda que fez no universo:
= reprime as guerras na face da terra, †
10 ele quebra os arcos, as lanças destrói, *
e queima no fogo os escudos e as armas:
11 “Parai e sabei, conhecei que eu sou Deus, *
que domino as nações, que domino a terra!”

12 Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Ouço a voz do meu amado,
vejo-o correndo nas montanhas
saltando sobre os montes,
como uma corça bem ligeira. 
 
Ant. 3 Vamos cedo para o campo,
visitar as nossas vinhas,
ver se as vides já florescem,
se estão em flor as romãzeiras,
lá hei de mostrar-te meu amor. 
 
Salmo 86(87) 
1 O Senhor ama a cidade *
que fundou no Monte santo;
2 ama as portas de Sião *
mais que as casas de Jacó.

3 Dizem coisas gloriosas *
da Cidade do Senhor:
4 'Lembro o Egito e Babilônia *
entre os meus veneradores.

= Na Filistéia ou em Tiro †
ou no país da Etiópia, *
este ou aquele ali nasceu'.

=5 De Sião, porém, se diz: †
'Nasceu nela todo homem; *
Deus é sua segurança'.

=6 Deus anota no seu livro, †
onde inscreve os povos todos: *
'Foi ali que estes nasceram'.

7 E por isso todos juntos *
a cantar se alegrarão;
– e, dançando, exclamarão: *
'Estão em ti as nossas fontes!'
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.  
 Ant. Vamos cedo para o campo,
visitar as nossas vinhas,
ver se as vides já florescem,
se estão em flor as romãzeiras,
lá hei de mostrar-te meu amor.

V. Senhora dos jardins, meus companheiros te escutam.
R. Faze ouvir a tua voz.

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 52,7.9-10; 54,10a. 11-14a. 15; 55,3b.12b-13

Sobre os montes foi anunciada a paz
52,7 Como são belos, andando sobre os montes,
os pés de quem anuncia e prega a paz,
de quem anuncia o bem e prega a salvação
e diz a Sião: “Reina teu Deus!”
9 Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo,
ó ruínas de Jerusalém,
o Senhor consolou seu povo
e resgatou Jerusalém.
10 O Senhor desnudou seu santo braço
aos olhos de todas as nações;
todos os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus.
54,10a Podem os montes recuar,
diz o Senhor,
e as colinas abalar-se,
mas minha misericórdia não se apartará de ti.
11b Eis que assentarei tuas pedras sobre rubis,
e tuas bases sobre safiras;
12 revestirei de jaspe tuas fortificações,
e teus portões, de pedras preciosas,
e todos os teus muros, de pedra escolhida.
13 Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor,
teus filhos possuirão muita paz;
14 a terás a justiça por fundamento.
15 Se houver um ataque, não partirá de mim;
quem te atacar, tombará frente a ti.
55,3b Farei convosco um pacto eterno,
manterei fielmente as graças concedidas a Davi.
12b Montes e colinas cantarão louvores diante de vós
e todas as árvores do lugar aplaudirão.
13 Em lugar de espinhos, crescerá o cipreste,
em lugar da urtiga, a murta;
tudo será para a glória do Senhor,
como um sinal eterno, que não desaparecerá.

Responsório Is 52,7; Sl 71(72),3; 120(121),1
R. Quão formosos sobre os montes
os pés do que anuncia as boas-novas a Sião!
* Das montanhas venha a paz a todo o povo
e desça das colinas a justiça!
V. Eu levanto os meus olhos para os montes,
de onde pode vir o meu socorro? * Das montanhas.

Segunda leitura
Do "Nicán Mopohua", relato do escritor indígena do
século dezesseis Dom Antônio Valeriano
("Nican Mopohua", 12ª edición, Buena
Prensa, México, D.F., 1971, p. 3-19.21)
(Séc. XVI)

A voz da rola se escuta em nossa terra
Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro,
um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a
Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus.
Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do
alto o chamavam:

- Juanito! Juan Dieguito!

Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido
brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:

- Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem,
Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui
um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor,
compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também
a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e
manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.

Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga,
frade de São Francisco, este pareceu não dar crédito e respondeu:

- Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.

Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava,
e lhe disse:

- Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus a tua mensagem
ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém
mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de
um joão-ninguém.

Ela respondeu-lhe:

- Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo
Amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que
te envio.

Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser
Indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma
que o enviara. E o despediu sem mais aquela.

Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera
gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para
chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.

Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado,
em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que
Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:

- Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos:
o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem
te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha
sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te aflija a doença
do teu tio. Fica sabendo que ele já sarou. Sobe agora, meu filho, ao cimo do
cerro, onde acharás um punhado de flores que deves colher e trazer-mo.

Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de
belas rosas de Castela que ali haviam brotado em pleno inverno; envolvendo-as
em sua manta, levou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse:

- Meu filho, eis a prova, o sinal que apresentarás ao Bispo, para que nele veja
a minha vontade. Tu é o meu embaixador, digno de toda a confiança.

Juan Diego pôs-se a caminho, agora contente e confiante em sair-se bem de
sua missão. Ao chegar à presença do Bispo, lhe disse:

- Senhor, fiz o que me ordenaste. Nossa senhora consentiu em atender o teu
pedido. Despachou-me ao cimo do cerro, para colher ali várias rosas de Castela,
trazê-las a ti, entregando-as pessoalmente. Assim o faço, para que reconheças
o sinal que pediste e assim cumpras a sua vontade. Ei-las aqui: recebe-as.

Desdobrou em seguida a sua branca manta. À medida em que as várias rosas
de Castela espalhavam-se pelo chão desenhava-se no pano e aparecia de repente
a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, como até hoje se
conserva no seu templo de Tepeyac.

A cidade inteira, em tumulto, vinha ver e admirar a sua santa imagem e
dirigir-lhe suas preces. Obedecendo à ordem que a própria Nossa Senhora dera
ao tio Juan Bernardino, quando devolveu-lhe a saúde, ficou sendo chamada como
ela queria: "Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe".

Responsório Ct 2,13.14; Ap 12,1
R. Levanta-te, amada, formosa minha, vem a mim,
* Vem e mostra-me teu rosto, faze ouvir a tua voz.
porque doce é tua voz, e teu rosto é amável!
V. Um sinal esplendoroso no céu apareceu:
uma mulher de sol vestida, tendo a lua sob os pés
e a cabeça coroada com a coroa de doze estrelas.
* Vem e mostra-me.

HINO TE DEUM (A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)

A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,

Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.

A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,

e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.

(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).

Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.

Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.

Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

Oração

Ó Deus, que nos destes a Santa Virgem Maria para amparar-nos como Mãe solícita,
concedei aos povos da América Latina, que hoje se alegram com sua proteção, crescer
constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da Paz.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém!

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Fonte: http://liturgiadashoras.org/

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