segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SANTA DO DIA - SANTA ISABEL DA HUNGRIA (17 de novembro)

Isabel da Hungria, a "Santa da Caridade"
Exemplo de princesa, esposa, mãe e viúva


Pietro Barbini

ROMA, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Isabel da Hungria ou da Turíngia, proclamada santa pelo papa Gregório IX em 27 de maio de 1235, apenas quatro anos após a sua morte, foi descrita por Bento XVI como “uma das mais insignes mulheres da Igreja na Idade Média”.
Nascida em 1207, no castelo real de Sarospatak em Pozsony, na moderna Bratislávia, filha de André II Hierosolimitano, rei da Hungria, e de Gertrudes de Merânia, irmã de santa Edwiges, Isabel foi prometida em casamento aos quatro anos de idade ao filho mais velho de Hermano I da Turíngia, Ludovico IV, chamado "o Santo". 

Depois de uma breve e feliz vida conjugal e do nascimento de três filhos (Hermano, Sofia e Gertrudes, beatificada em 1311 pelo papa Clemente V), ficou viúva aos 19 anos de idade.

Expulsa do castelo de Warburg, juntamente com os filhos, e despojada de qualquer propriedade pelo cunhado que se declarou o único herdeiro, foi forçada a vagar de aldeiaem aldeia. Coma ajuda de parentes que consideravam ilegítimo o governo do cunhado usurpador, conseguiu recuperar o rico dote e se transferiu para Eisenach, onde fez voto solene de renunciar ao mundo e a toda vaidade, vestindo o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Por este motivo, seus familiares a separaram dos filhos. Passou uma breve temporada no castelo de Pottenstein e, finalmente, estabeleceu-se em uma casa modesta em Marburgo, onde, com o dote que recuperara, construiu um hospital e passou seus últimos três anos de vida servindo a Deus noite e dia "nos mais pobres e abandonados". Não por acaso, as mulheres que se dedicavam ao cuidado dos doentes passaram a ser chamadas de “isabelianas” ou “elizabetanas”. Morreu em 1231, antes de chegar aos 24 anos, vítima de forte febre.

Depois de suas orações fervorosas, Jesus teria lhe aparecido e revelado detalhes da sua paixão. Há relatos também de que, em idade desconhecida, teria recebido o dom dos estigmas, dos quais nasceriam flores, que eram cortadas e colocadas no altar.

Régine Pernoud, curadora do Arquivo Nacional da França e professora universitária de história medieval, afirmou que "as mulheres de hoje, incluindo as feministas, ainda têm um longo caminho a percorrer para atingirem o nível de prestígio e de influência que tiveram na Idade Média católica". Esta declaração, repetida por Vittorio Messori, não poderia encontrar demonstração mais concreta do que na figura de Isabel da Hungria, cuja grandeza era tal que lhe foi atribuído o título de Gloria Teutoniae. Sua figura foi fonte de inspiração para muitas congregações religiosas. Foi proclamada padroeira dos padeiros e dos enfermeiros e, junto com São Luís IX, rei da França, é também padroeira da Ordem Terceira Regular de São Francisco e da Ordem Franciscana Secular. Depois da canonização, a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos também a adotou como sua patrona.

As principais informações sobre a infância e a vida da santa chegaram até nós por meio das suas assistentes pessoais e especialmente do pe. Conrado de Marburgo, conhecido pregador franciscano, seu diretor espiritual de 1226 a1231, considerado seu biógrafo principal e defensor de sua canonização.

Na Summa Vitae, obra escrita logo após a morte de Isabel, o religioso descreve minuciosamente o estilo de vida, a espiritualidade e as muitas obras de misericórdia realizadas pela santa, que teria curado vários doentes, bem como seus êxtases e o fato de que, muitas vezes, ao sair da oração, "emanava de seu rosto um esplendor maravilhoso e seus olhos refulgiam como os raios do sol".

O pe. Conrado traz ainda uma diversidade de relatos de pessoas que afirmaram ter recebido a cura por intermédio de Isabel após o seu sepultamento, como um monge cisterciense sanado de uma doença mental que o afligiu durante quarenta anos. Conta-se ainda que o corpo de Isabel, por vontade do povo, ficou exposto durante uma semana “sem demonstrar qualquer sinal da morte, exceto a palidez. O corpo permaneceu como se estivesse vivo e exalava um suave perfume”.

(Trad.ZENIT)


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