domingo, 11 de novembro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / SEGUNDA-FEIRA DA XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM


LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
SEGUNDA-FEIRA







12 de novembro
SÃO JOSAFÁ, BISPO E MÁRTIR

Memória

Nasceu na Ucrânia, cerca do ano 1580, de pais ortodoxos. Abraçou a fé católica e entrou na Ordem de São Basílio.
Ordenado sacerdote e eleito bispo de Polock, dedicou-se com grande empenho à causa da unidade da Igreja, pelo
que foi perseguido pelos seus inimigos e morreu mártir em 1623.
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Ofício das Leituras
introdução
ouvir:  
 
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.Aleluia. 
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras. 
Hino
Santo mártir, sê propício
no teu dia de esplendor,
em que cinges a coroa,
o troféu de vencedor.

Este dia sobre as trevas
deste mundo te elevou,
e, juiz e algoz vencendo,
todo a Cristo te entregou.

Entre os anjos ora brilhas,
testemunha inquebrantável,
com as vestes que lavaste
no teu sangue venerável.

Junto a Cristo, sê agora
Poderoso intercessor;
ouça ele as nossas preces
e perdoe ao pecador.

 Desce a nós por um momento,
de Jesus traze o perdão,
e os que gemem sob o fardo
grande alívio sentirão.

A Deus Pai, ao Filho Único
e ao Espírito, a vitória.
Deus te orna com coroa
na mansão da sua glória.
Salmodia 
Ant. 1
 Vós sereis odiados por meu nome;
quem for fiel até o fim há de ser salvo.
Salmo 2 
1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vãos?
=2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, †
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?

3 “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu domínio!”
4 Ri-se deles o que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:

6 “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
=7 O decreto do Senhor promulgarei, †
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

=8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei †
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!”

10 E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta lição:
11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com respeito!

12 Se o irritais, perecereis pelo caminho, *
pois depressa se acende a sua ira!
– Felizes hão de ser todos aqueles *
que põem sua esperança no Senhor!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Vós sereis odiados por meu nome;
quem for fiel até o fim há de ser salvo.
Ant. 2 Os sofrimentos desta vida aqui na terra
não se comparam com a glória que teremos.

Salmo 10(11)

=1 No Senhor encontro abrigo; †
como, então, podeis dizer-me: *
“Voa aos montes, passarinho!

2 Eis os ímpios de arcos tensos, *
pondo as flechas sobre as cordas,
 – e alvejando em meio à noite *
os de reto coração!

=3 Quando os próprios fundamentos †
do universo se abalaram, *
o que pode ainda o justo?”

4 Deus está no templo santo, *
e no céu tem o seu trono;
 – volta os olhos para o mundo, *
seu olhar penetra os homens.

5 Examina o justo e o ímpio, *
e detesta o que ama o mal.
 =6 Sobre os maus fará chover †
fogo, enxofre e vento ardente, *
como parte de seu cálice.

7 Porque justo é nosso Deus, *
o Senhor ama a justiça.
 – Quem tem reto coração *
há de ver a sua face.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Os sofrimentos desta vida aqui na terra
não se comparam com a glória que teremos.

Ant. 3 Deus provou os seus eleitos como o ouro no crisol,
e aceitou seu sacrifício.

 Salmo 16(17)

1 Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, *
escutai-me e atendei o meu clamor!
 – Inclinai o vosso ouvido à minha prece, *
pois não existe falsidade nos meus lábios!
 2 De vossa face é que me venha o julgamento, *
pois vossos olhos sabem ver o que é justo.

=3 Provai meu coração durante a noite, †
visitai-o, examinai-o pelo fogo, *
mas em mim não achareis iniqüidade.
 4 Não cometi nenhum pecado por palavras, *
como é costume acontecer em meio aos homens.

– Seguindo as palavras que dissestes,*
andei sempre nos caminhos da Aliança.
 5 Os meus passos eu firmei na vossa estrada, *
e por isso os meus pés não vacilaram.

6 Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, *
inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
 =7 Mostrai-me vosso amor maravilhoso, †
vós que salvais e libertais do inimigo *
quem procura a proteção junto de vós.

8 Protegei-me qual dos olhos a pupila *
e guardai-me, à proteção de vossas asas,
9 longe dos ímpios violentos que me oprimem, *
dos inimigos furiosos que me cercam.

10 A abundância lhes fechou o coração, *
em sua boca há só palavras orgulhosas.
11 Os seus passos me perseguem, já me cercam, *
voltam seus olhos contra mim: vão derrubar-me,
 12 como um leão impaciente pela presa, *
um leãozinho espreitando de emboscada. –

13 Levantai-vos, ó Senhor, contra o malvado, *
com vossa espada abatei-o e libertai-me!
 14 Com vosso braço defendei-me desses homens, *
que já encontram nesta vida a recompensa.

= Saciais com vossos bens o ventre deles, †
e seus filhos também hão de saciar-se *
e ainda as sobras deixarão aos descendentes.
15 Mas eu verei, justificado,a vossa face *
e ao despertar me saciará vossa presença.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Deus provou os seus eleitos como o ouro no crisol,
e aceitou seu sacrifício.

V. Tribulação e sofrimento me assaltaram.
R. Minhas delícias são os vossos mandamentos.

Primeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 4,7–5,8

Nas tribulações manifesta-se a força de Cristo

Irmãos: 4,7Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós.

13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. 16Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia. 17Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18E isso acontece, porque voltamos os nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas o que é invisível é eterno.

 5,1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna.2Aliás, é por isso que nós gememos, suspirando por ser revestidos com a nossa habitação celeste; 3revestidos, digo, se, naturalmente, formos encontrados ainda vestidos e não despidos. 4Sim, nós que moramos na tenda do corpo estamos oprimidos e gememos, porque, na verdade, não queremos ser despojados, mas queremos ser revestidos, de modo que o que é mortal, em nós, seja absorvido pela vida. 5E aquele que nos fez para esse fim é Deus, que nos deu o Espírito como penhor.

6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, 
somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor.

Responsório Mt 5,11.12a.10

R. Felizes quando a vós insultarem, perseguirem
e, calúnias proferindo, disserem todo mal
contra vós por minha causa.
* Alegrai-vos e exultai,
pois a vossa recompensa no céu é muito grande.
V. Felizes os que são perseguidos
por causa da justiça do Senhor,
porque o reino dos céus há de ser deles. Alegrai-vos.

Segunda leitura
Da Encíclica Ecclesiam Dei, de Pio XI, papa
(AAS 15[1923], 573.576-577)
(Séc.XX)

Derramou o seu sangue pela unidade da Igreja
A Igreja de Deus por admirável desígnio foi constituída de forma a ser, na plenitude dos tempos, semelhante a imensa família, abraçando a totalidade do gênero humano; e, por dom de Deus, sabemos ser ela visível não só por suas notas principais, como também pela unidade universal.

De fato, Cristo Senhor não apenas confiou somente aos apóstolos o dom que ele próprio recebera do Pai, ao dizer: Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide, pois, ensinai a todos os povos (Mt 28,18-19); mas também quis que o grupo dos apóstolos fosse em sumo grau um colégio só, duplamente ligado por estreito vínculo: intrinsecamente pela mesma fé e caridade, infundida em nossos corações pelo Espírito Santo(cf. Rm 5,5); extrinsecamente, pelo governo de um só sobre todos, ao entregar o principado a Pedro qual perpétuo princípio e visível fundamento da unidade.

Para que se mantivesse para sempre esta unidade e concórdia, Deus de suma providência consagrou-a com o sinete da santidade e do martírio.

Este grande louvor obteve-o o arcebispo de Polock, Josafá, de rito eslavônio oriental; com toda a razão o saudamos como honra insigne e coluna dos eslavos orientais. Com efeito, mal se encontra quem tenha mais ilustrado o nome deles ou servido melhor a sua salvação, que este pastor e apóstolo, mormente ao derramar o sangue pela unidade da santa Igreja. Além disto, sentindo-se divinamente impelido à reintegração universal na unidade santa, compreendeu que a melhor contribuição a dar seria guardar o rito oriental eslavônio e o monaquismo basiliano na unidade da Igreja universal.

Entrementes, solícito em primeiro lugar pela união de seus concidadãos com a cátedra de Pedro, buscava por toda a parte com empenho todos os argumentos que pudessem promovê-la ou confirmá-la. De modo especial, folheava assiduamente os livros litúrgicos usados pelos orientais e pelos dissidentes, segundo as ordenações dos santos padres. Preparado tão diligentemente, iniciou o trabalho de refazer a unidade, com tanto vigor e suavidade e com tanto êxito, que pelos próprios adversários foi chamado de “raptor de almas”.


Responsório Jo 17,11b.23.22a

R. Jesus dise: Ó Pai santo, em teu nome, guarda aqueles
que me deste e que são teus,
* Para que eles sejam um,
e assim o mundo creia que tu me enviaste.
V. Eu lhes dei aquela glória, que de ti recebi.
* Para que eles.

Oração

Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que impeliu o bispo São Josafá a dar a vida por suas ovelhas, e concedei que, por sua intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Fonte: http://liturgiadashoras.org/

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