quinta-feira, 15 de novembro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / QUINTA-FEIRA DA XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
QUINTA-FEIRA






IV Semana do Saltério

Invitatório
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras
introdução
ouvir: 
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Do dia o núncio alado
já canta a luz nascida.
O Cristo nos desperta,
chamando-nos à vida.

Ó fracos, ele exclama,
do sono estai despertos
e, castos, justos, sóbrios,
velai: estou já perto!

E quando a luz da aurora
enche o céu de cor,
confirme na esperança
quem é trabalhador.

Chamemos por Jesus
com prantos e orações.
A súplica não deixe
dormir os corações.

Tirai o sono, ó Cristo,
rompei da noite os laços,
da culpa libertai-nos,
guiai os nossos passos.

A vós a glória, ó Cristo,
louvor ao Pai também,
com vosso Santo Espírito,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 Para vós, doador do perdão,
elevai os afetos do amor,
tornai puro o profundo das almas,
sede o nosso fiel Salvador.

Para cá, estrangeiros, viemos,
exilados da pátria querida.
Sois o porto e também sois o barco,
conduzi-nos aos átrios da vida!

É feliz quem tem sede de vós,
fonte eterna de vida e verdade.
São felizes os olhos do povo
que se fixam em tal claridade.

Grandiosa é, Senhor, vossa glória,
na lembrança do vosso louvor,
que os fiéis comemoram na terra,
elevando-se a vós pelo amor.

Este amor concedei-nos, ó Pai,
e vós, Filho do Pai, Sumo Bem,
com o Espírito Santo reinando
pelos séculos dos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Foi vossa mão e a luz de vossa face,
que no passado salvaram nossos pais.

Salmo 43(44)

Calamidades do povo
Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou (Rm 8,37).

I
2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram, *
e contaram para nós, os nossos pais,
 – as obras que operastes em seus dias, *
em seus dias e nos tempos de outrora:

=3 Expulsastes as nações com vossa mão, †
e plantastes nossos pais em seu lugar; *
para aumentá-los, abatestes outros povos.
 –4 Não conquistaram essa terra pela espada, *
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;

– foi, porém, a vossa mão e vosso braço *
e o esplendor de vossa face e o vosso amor.
 –5 Sois vós, o meu Senhor e o meu Rei, *
que destes as vitórias a Jacó;
6 com vossa ajuda é que vencemos o inimigo, *
por vosso nome é que pisamos o agressor.

7 Eu não pus a confiança no meu arco, *
a minha espada não me pôde libertar;
8 mas fostes vós que nos livrastes do inimigo, *
e cobristes de vergonha o opressor.
 –9 Em vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia, *
celebrando o vosso nome sem cessar.
                                                                                    
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Foi vossa mão e a luz de vossa face,
que no passado salvaram nossos pais.

Ant. 2 O Senhor não afasta de vós a sua face,
se a ele voltardes de todo coração.

II
 –10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes, *
já não saís com nossas tropas para a guerra!
 –11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, *
os adversários nos pilharam à vontade.

12 Como ovelhas nos levastes para o corte, *
e no meio das nações nos dispersastes.
13 Vendestes vosso povo a preço baixo, *
e não lucrastes muita coisa com a venda!

14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, *
zombaria e gozação dos que nos cercam;
15 para os pagãos somos motivo de anedotas, *
zombam de nós a sacudir sua cabeça.

16 À minha frente trago sempre esta desonra, *
e a vergonha se espalha no meu rosto,
 –17 ante os gritos de insultos e blasfêmias *
do inimigo sequioso de vingança.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor não afasta de vós a sua face,
se a ele voltardes de todo coração.

Ant. 3 Levantai-vos, ó Senhor,
não nos deixeis eternamente!

III
 –18 E tudo isso, sem vos termos esquecido *
e sem termos violado a Aliança;
19 sem que o nosso coração voltasse atrás, *
nem se afastassem nossos pés de vossa estrada!
 –20 Mas à cova dos chacais nos entregastes *
e com trevas pavorosas nos cobristes!

21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus *
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
 –22 Deus não teria, por acaso, percebido, *
ele que vê o interior dos corações?
 –23 Por vossa causa nos massacram cada dia *
e nos levam como ovelha ao matadouro!

24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? *
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
 –25 Por que nos escondeis a vossa face *
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?

26 Pois arrasada até o pó está noss’alma *
e ao chão está colado o nosso ventre.
 – Levantai-vos, vinde logo em nosso auxílio, *
libertai-nos pela vossa compaixão!

Ant. Levantai-vos, ó Senhor, não nos deixeis eternamente!

V. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo.
R. E ensinai-me vossas leis e mandamentos!

Ofício das Leituras

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Daniel 9,1-4a.18-27

Oração e visão de Daniel

1 No primeiro ano de Dario, filho de Xerxes – o qual era medo e tinha sido feito rei sobre  o reino dos caldeus – 2no primeiro anodo seu reinado, eu, Daniel, procurei clareza nas Escrituras a respeito do número de setenta anos que, de acordo com a palavra dirigida pelo Senhor ao profeta Jeremias, deveriam transcorrer sobre as ruínas de Jerusalém. 3Então voltei o rosto para o Senhor Deus, procurando dirigir-lhe preces e súplicas como convém, observando jejum, vestido de saco e sentado nas cinzas. 4Rezei portanto ao Senhor meu Deus, fazendo a seguinte confissão:

18 “Meu Deus, presta ouvidos e escuta, abre teus olhos e repara em nossas devastações e na cidade que tem teu nome,pois não é confiados nas nossas obras justas que apresentamos em tua presença as nossas humildes súplicas, mas sim confiados nas múltiplas provas de tua misericórdia. 19Senhor, escuta! Senhor, perdoa! Senhor, atende e passa à ação sem tardar,  em atenção a ti, meu Deus! Pois tua cidade e teu povo são chamados por teu nome.”

20 Eu ainda estava proferindo minha oração e confessando o meu pecado e o pecado de meu povo de Israel, estava propondo minha humilde súplica ao Senhor meu Deus em prol da
montanha santa de meu Deus; 21sim, eu ainda estava recitando minha prece, quando Gabriel, o homem que eu tinha visto na visão, veio para junto de mim em vôo veloz, à hora do sacrifício da tarde. 22Quando chegou, falou comigo nestes termos: “Daniel, eu vim para te esclarecer. 23Quando começavas a rezar, foi proclamada uma palavra, e eu estou aqui para comunicá-la, porque és um predileto. Portanto, presta atenção à palavra e procura compreender a visão:

24 Setenta semanas estão fixadas sobre teu povo e tua santa cidade, para pôr termo à impiedade, selar os pecados e expiar a iniqüidade, para trazer justiça eterna, selar visão e profeta e ungir algo de sacrossanto. 25 Fica sabendo e procura entender: Desde que foi proclamada a palavra a respeito da restauração e reconstrução de Jerusalém até um ungido-chefe, vão sete semanas; durante sessenta e duas semanas serão reconstruídos a praça e o fosso da cidade, mas em tempos de angústia. 26 Ao cabo destas sessenta e duas semanas será eliminado um ungido, e nada o substituirá. A cidade e o santuário serão destruídos pelo povo de um chefe que há de vir. Seu fim se dará por inundação e até o fim reinará guerra com devastações decretadas. 27 Ele concluirá uma aliança firme com muitos
durante uma semana, e na metade da semana fará cessar sacrifícios e oferendas; sobre a asa das abominações estará um devastador, até que o extermínio decretado se despeje sobre o devastador”.

Responsório Br 2,16a; Dn 9,18a; Sl 79(80),20

R. De vossa santa habitação olhai do alto
e lembrai-vos de nós todos, Senhor Deus.
Inclinai o vosso ouvido e escutai-nos;
* Abri os olhos, vede a nossa aflição!
V. Convertei-nos, ó Senhor, Deus do universo
e sobre nós iluminai a vossa face!
Se voltardes para nós seremos salvos. * Abri.

Segunda leitura
Da Homilia de um Autor do século segundo

(Cap.13,2-14,5: Funk 1,159-163)

A Igreja viva é o corpo de Cristo

O Senhor declara: Meu nome é incessantemente objeto de blasfêmia entre as nações (cf. Is 52,5), e outra vez: Ai daquele por cuja causa meu nome é blasfemado (cf. Rm 2,24). Qual o motivo de ser blasfemado? Porque não fazemos o que dizemos. Os homens ouvem de nossa boca as palavras de Deus e ficam admirados por seu valor e grandeza; depois, vendo que nossas obras em nada correspondem às palavras que dizemos, começam a blasfemar, e a tachá-las de fábulas e de enganos.

Ouvem-nos afirmar que Deus disse: Não é nada de extraordinário, se amais aqueles que vos amam; mas grande graça, se amais vossos inimigos e aqueles que vos odeiam (cf. Mt 5,46); ouvindo isto, espantam-se com bondade tão sublime: observando, porém, que não amamos os que nos odeiam e nem mesmo aqueles que nos amam, zombam de nós e o nome é blasfemado.

Por conseguinte, irmãos, cumprindo a vontade de Deus, nosso Pai, faremos parte daquela primeira Igreja espiritual, criada antes do sol e da lua. Se, ao contrário, não fizermos a vontade de Deus, seremos como diz a Escritura: Minha casa tornou-se covil de ladrões (cf.
7,11; Mt 21,13). Que nossa preferência vá para a Igreja da vida, para sermos salvos.

Julgo que estais bem cientes de que a Igreja viva é o corpo de Cristo (1Cor 12,27). Pois diz a Escritura: Deus fez o ser humano varão e mulher (Gn 1,27; 5,2); o varão é o Cristo, a mulher a Igreja. Também a Bíblia e os apóstolos afirmam que a Igreja, propriamente, não é deste tempo, mas existe desde o princípio. Era espiritual, assim como nosso Jesus, e
apareceu nos últimos dias, a fim de que fôssemos salvos.

A Igreja, a espiritual, manifestou-se na carne de Cristo, mostrando-nos que se alguém, estando na carne, a preserva e não a arruína, recebê-la-á no Espírito Santo. Pois esta carne é tipo do espírito; quem destrói o tipo não recebe o arquétipo. Por isto disse, irmãos: Guardai a carne para serdes participantes do espírito. Se dizemos que a carne é a Igreja, e Cristo, espírito, segue-se que quem deturpa a carne, deturpa a Igreja. Este não será participante do espírito, que é Cristo. Esta carne é capaz de conter imensa vida e incorruptibilidade, com o auxílio do Espírito Santo, e ninguém pode descrever nem contar aquilo que o Senhor preparou para seus eleitos.

Responsório Jr 7,3; Tg 4,8

R. Assim fala o Onipotente, o Senhor, Deus de Israel:
Retificai vossos caminhos e as vossas intenções
* E convosco eu irei morar neste lugar.
V. Achegai-vos ao Senhor e ele a vós se achegará;
ó vós todos, pecadores, lavai as vossas mãos,
purificai o coração! * E convosco.

Oração

Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente
disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Fonte: http://liturgiadashoras.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário