sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 24/11/12


Sábado, 24 de Novembro de 2012

XXXIII Semana do Tempo Comum
Santo André Dung- Lac

Leituras do Dia

1a. Leitura: Apocalipse (Ap) 11,4-12
Salmo Responsorial (Sl) 143 (144)
Evangelho: Lucas (Lc) 20,27-40


DIA 24 DE NOVEMBRO - SÁBADO

SANTO ANDRÉ DUNG-LAG
PRESBÍTERO E MÁRTIR 
(VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS MÁRTIRES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus (Gl 6,14; 1Cor 1,18).
Oração do dia
Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 11,4-12)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
Disseram a mim: 11 4 “São eles as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da terra. 
5 Se alguém lhes quiser causar dano, sairá fogo de suas bocas e devorará os inimigos. Com efeito, se alguém os quiser ferir, cumpre que assim seja morto. 
6 Esses homens têm o poder de fechar o céu para que não caia chuva durante os dias de sua profecia; têm poder sobre as águas, para transformá-las em sangue, e de ferir a terra, sempre que quiserem, com toda sorte de flagelos.
7 Mas, depois de terem terminado integralmente o seu testemunho, a Fera que sobe do abismo lhes fará guerra, os vencerá e os matará. 
8 Seus cadáveres (jazerão) na rua da grande cidade que se chama espiritualmente Sodoma e Egito (onde o seu Senhor foi crucificado). 
9 Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados. 
10 Os habitantes da terra alegrar-se-ão por causa deles, felicitar-se-ão mutuamente e mandarão presentes uns aos outros, porque esses dois profetas tinham sido seu tormento”. 
11 Mas, depois de três dias e meio, um sopro de vida, vindo de Deus, os penetrou. Puseram-se de pé e grande terror caiu sobre aqueles que os viam. 
12 Ouviram uma forte voz do céu que dizia: “Subi aqui!” Subiram então para o céu numa nuvem, enquanto os seus inimigos os olhavam. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 143/144
Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestrou minhas mãos para a luta,
e os meus dedos treinou para a guerra!

Ele é meu amor, meu refúgio,
libertador, fortaleza e abrigo;
é meu escudo: é nele que espero,
ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,
nas dez cordas da harpa louvar-vos,
a vós que dais a vitória aos reis
e salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Lucas 20,27-40)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
Naquele tempo, 20 27 alguns saduceus - que negam a ressurreição - aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: 
28 "Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se alguém morrer e deixar mulher, mas não deixar filhos, case-se com ela o irmão dele, e dê descendência a seu irmão. 
29 Ora, havia sete irmãos, o primeiro dos quais tomou uma mulher, mas morreu sem filhos. 
30 Casou-se com ela o segundo, mas também ele morreu sem filhos. 
31 Casou-se depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete, que morreram sem deixar filhos. 
32 Por fim, morreu também a mulher. 
33 Na ressurreição, de qual deles será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher". 
34 Jesus respondeu: "Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, 
35 mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido. 
36 Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados. 
37 Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente, chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó . 
38 Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele". 
39 Alguns dos escribas disseram, então: "Mestre, falaste bem". 
40 E já não se atreviam a fazer-lhe pergunta alguma.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O SENHOR DOS VIVOS
O tema da ressurreição opunha os fariseus aos saduceus. Os primeiros afirmavam que haveria a ressurreição, enquanto que os outros a negavam. Quando os saduceus interrogaram Jesus a respeito desta questão, tinham em mente colocá-lo em apuros, além de ridicularizar o partido rival. Por isso, bolaram uma situação grotesca, partindo da Lei do levirato que obrigava o irmão desposar a cunhada viúva, caso não tivesse gerado filhos com seu marido.
Jesus não caiu na armadilha dos saduceus. O fato aludido comportava duas sérias lacunas. A primeira consistia em imaginar que a vida eterna seria uma continuação pura e simples da vida terrena, de forma que, na ressurreição, persistiriam as encrencas da vida presente. A vida eterna, na verdade, consiste na participação da vida divina, longe da ameaça da morte. Aí, os esquemas terrenos não têm validade. O segundo pressuposto falso consistia em considerar Deus como Senhor dos mortos e não como Senhor dos vivos. Na verdade, para ele, todos estão vivos, até mesmo os patriarcas do povo. Ele se mantém em comunhão com os justos, mesmo além da morte, quando são estabelecidos relacionamentos duradouros, numa explosão de vida, sem a menor influência da morte. Por conseguinte, a ressurreição deve ser pensada a partir do amor misericordioso de Deus, que partilha vida abundante com a humanidade, e não a partir dos esquemas mesquinhos do pecado e da morte.

Oração 
Senhor Jesus, ilumina minha mente e meu coração, para que eu possa compreender a ressurreição como manifestação do amor misericordioso do Pai pela humanidade.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Recebei, Pai santo, as oferendas que vos apresentamos, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, para que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,10).
Depois da comunhão
Na comemoração dos vossos santos mártires, vós nos alimentastes, ó Pai, com o mesmo pão; Dai-nos permanecer unidos no vosso amor e receber o prêmio eterno da nossa paciência. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANDRÉ DUNG-LAG)
A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares. 

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita. 

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio. 

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã. 

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região. 

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte. 

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php

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