quinta-feira, 22 de novembro de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 23/11/12



Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2012

XXXIII Semana do Tempo Comum
São Clemente I

Leituras do Dia

1a. Leitura: Apocalipse (Ap) 10,8-11
Salmo Responsorial (Sl) 118 (119)
Evangelho: Lucas (Lc) 19,45-48


DIA 23 DE NOVEMBRO - SEXTA-FEIRA

XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).
Oração do dia
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 10,8-11)

Leitura do livro do Apocalipse de são João.

10 8 Então a voz que ouvi do céu falou-me de novo, e disse: “Vai e toma o pequeno livro aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e a terra”. 9 Fui eu, pois, ter com o anjo, dizendo-lhe que me desse o pequeno livro. E ele me disse: “Toma e devora-o! Ele te será amargo nas entranhas, mas, na boca, doce como o mel”. 

10 Tomei então o pequeno livro da mão do anjo e o comi. De fato, em minha boca tinha a doçura do mel, mas depois de o ter comido, amargou-me nas entranhas. 
11 Então foi-me explicado: “Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis”. 

Palavra do Senhor.



Salmo responsorial 118/119
Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!
Seguindo vossa lei me rejubilo
muito mais do que em todas as riquezas.

Minha alegria é a vossa aliança,
meus conselheiros são os vossos mandamentos.

A lei de vossa boca, para mim,
vale mais do que milhões em ouro e prata.

Como é doce ao paladar vossa palavra,
muito mais doce do que o mel na minha boca!

Vossa palavra é minha herança para sempre,
porque ela é que me alegra o coração!

Abro a boca e aspiro largamente,
pois estou ávido de vossos mandamentos.
Evangelho (Lucas 19,45-48)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
19 45 Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os mercadores. 
46 Disse ele: "Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões". 
47 Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida. 
48 Mas não sabiam como realizá-lo, porque todo o povo ficava suspenso de admiração, quando o ouvia falar.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A CASA DE DEUS PROFANADA
Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém. Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio de seu povo. Era o espaço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus.
Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade. O templo tornara-se um amplo mercado onde se fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício. Toda esta intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade. Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus. Os pobres e ingênuos peregrinos eram expoliados, sob os olhos do Pai. A boa-fé do povo transformava-o em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. E tudo isso com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação.
A realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal de Reino de Deus pregado por Jesus. Daí o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor.


Oração 
Senhor Jesus, não permita que eu permaneça insensível, vendo a casa de Deus - o coração humano - ser profanado pela injustiça. 



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Em verdade eu vos digo, o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e vos será concedido, diz o Senhor (Mc 11,23s).
Depois da comunhão
Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO CLEMENTE I
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Deus eterno e todo-poderoso, admirável na força dos vossos santos, Dai-nos comemorar com alegria a festa do papa são Clemente, sacerdote e mártir do vosso Filho, que testemunhou com o seu sangue o mistério que celebrava e confirmou suas palavras com o exemplo de sua vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Ó Deus, seja-nos proveitoso, na festa de são Clemente, este santo sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Senhor nosso Deus, nós vos pedimos que os dons recebidos na festa de são Clemente realizem em nós os seus efeitos, para que sejam sustento de nossa vida mortal e nos obtenham o prêmio da alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (CLEMENTE I):
Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo. Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja. Restabeleceu o uso do crisma, seguindo a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e solidariedade. Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos. A notícia chegou ao novo imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101, como consta do Martirológio Romano. O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php?data=2012-11-23

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