quinta-feira, 7 de junho de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 07/06/12


Quinta-feira, 07 de Junho de 2012

Solenidade de Corpus Christi

Leituras do Dia

1a. Leitura: Êxodo (Ex) 24,3-8
Salmo responsorial (Sl) 115 (116)
2a. Leitura: Hebreus (Hb) 9,11-15
Evangelho: Marcos (Mc) 14,12-16.22-26




Corpus ChristiA Eucaristia pertence a três grandes destinatários. Antes de tudo, a toda a humanidade. Na narrativa da instituição, o sacerdote repete as palavras de Jesus sobre o cálice do sangue, sinal da nova e eterna aliança, o qual foi derramado por todos para a remissão dos pecados. A doação de Cristo a todos no gesto da cruz, renovada no sacramento da Eucaristia, significa que ela se faz dom para a humanidade. Teilhard de Chardin avança mais longe. Na Missa sobre o mundo, vê a Eucaristia em ligação com o gigantesco processo cósmico evolutivo de bilhões de ano.

Os cristãos acreditam que o ato de entrega de Cristo na cruz se faz presente no sacramento eucarístico. A Eucaristia, portanto, renova sob sinais visíveis o amor infinito de Cristo, levado ao grau extremo na doação de sua vida. Em qualquer lugar em que se celebre o mistério eucarístico, o cristão se sente em casa. Aí vê realizado de modo misterioso nos sinais do pão e do vinho o maior mistério de amor acontecido na história humana por parte do próprio Filho de Deus.

Nessa fé se baseia o ecumenismo. Pouco a pouco, caminhamos para a grande intercomunhão entre todos os cristãos na Eucaristia. Porque nela se realiza o mistério da Reconciliação de todo pecado, de toda separação, de toda divisão pela força mesma da graça. O Concílio de Trento reafirmou a doutrina bíblica da reconciliação pela a cruz e ressurreição do Senhor e da sua presencialização na Eucaristia.

No entanto, ela, já antecipada pela natureza mesma da Eucaristia, ainda não se fez história. A Igreja católica se entende como a principal ministra dessa Eucaristia, cabendo-lhe a missão de velar e zelar pelas condições de sua realização. Ainda não conseguimos resolver o impasse ecumênico com todos os cristãos e muito menos com toda a humanidade, no sentido etimológico do término. Oikoumenos, em grego, deu ecúmeno em português, que, segundo Houaiss, significa "área geográfica que é permanentemente habitada pelo homem". Jesus e todo cristão sonham que a Eucaristia se torne alimento de todos os humanos.

O trabalho ecumênico consiste, por conseguinte, no duplo movimento. Teologicamente, mostrando a ecumenicidade, a universalidade da Eucaristia, como dom a toda humanidade. Pastoralmente, criando as condições e os passos para a intercomunhão entre todos os cristãos e depois entre todos os humanos que reconhecerem como todo o processo evolutivo, de hominização e de humanização, encontra no Cristo cósmico, o príncipio e o fim. Jesus eucarístico significa, portanto, Alfa e Ômega de toda realidade.


CORPUS CHRISTI - CORPO E SANGUE DE CRISTO
(BRANCO, GLÓRIA, SEQÜÊNCIA FACULTATIVA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – 
OFÍCIO DA SOLENIDADE)

"VINDE E VEDE! ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!"


Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO PULSANDINHO: A Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor é a celebração memorial da entrega total de Jesus que doa sua vida para a salvação de todos. Sua presença eucarística deve ser compreendida e vivida por quem comunga formando um só corpo e um só espírito. Celebrar a Eucaristia, que é Sacramento da Unidade, é renovar a aliança selada no sangue do Cordeiro, que se entregou por nós, que é fonte de vida e que nos convida a também nos doarmos, fazendo acontecer a Eucaristia como doação e serviço.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO O POVO DE DEUS: Hoje a Arquidiocese de São Paulo se reúne no Largo Santa Ifigênia para caminhar em direção à Sé, a fim de celebrar a festa da unidade e fazer memória do IV Congresso Eucarístico Nacional, que reuniu o Brasil inteiro nesta cidade onde Deus habita. Em setembro de 1942, o Vale do Anhangabaú tornou-se palco da esperança em Cristo eucarístico diante dos temores da Segunda Guerra Mundial. Com o lema "Vinde todos a mim", o IV Congresso é recordado como estímulo aos fiéis para renovarem a fé na Eucaristia e fortalecer a unidade das nossas Regiões Episcopais em torno do Arcebispo e seus Bispos Auxiliares, atraídos por Cristo, cujo Corpo e Sangue comungamos como alimento de fé, alegria da vida presente e certeza da vida eterna.

Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!

Antífona da entrada: O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou (S 80,17).

Oração do dia
Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.


Primeira Leitura (Êxodo 24,3-8)
Leitura do livro do Êxodo.


24 3 Moisés veio referir ao povo todas as palavras do Senhor, e todas as suas leis; e o povo inteiro respondeu a uma voz: "Faremos tudo o que o Senhor disse."
4 E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, de manhã, edificou um altar ao pé da montanha e levantou doze estelas para as doze tribos de Israel.
5 Enviou jovens dentre os israelitas, os quais ofereceram holocaustos e sacrifícios ao Senhor e imolaram touros em sacrifícios pacíficos.
6 Moisés tomou a metade do sangue para metê-lo em bacias, e derramou a outra metade sobre o altar.
7 Tomou o livro da aliança e o leu ao povo, que respondeu: "Faremos tudo o que o Senhor disse e seremos obedientes."
8 Moisés tomou o sangue para aspergir com ele o povo: "Eis, disse ele, o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, conforme tudo o que foi dito."
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo responsorial 115/116

Elevo o cálice da minha salvação invocando o nome santo do Senhor.


Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor.

É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. / Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / que nasceu de vossa serva; / mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. / Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido.


Segunda Leitura (Hebreus 9,11-15)
Leitura da carta aos Hebreus.


9 11 Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo),
12 sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.
13 Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos,
14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo?
15 Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Seqüência

Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! Em sinais prefigurado, por Abrão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná. Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!


Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia. 
Eu sou o pão descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver! (Jo 6,51)


EVANGELHO (Marcos 14,12-16.22-26)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
14 12 No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?
13 Ele enviou dois dos seus discípulos, dizendo: "Ide à cidade, e sair-vos-á ao encontro um homem, carregando um cântaro de água.
14 Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: 'O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos?'
15 E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos.
16 Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa".
22 Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: "Tomai, isto é o meu corpo".
23 Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam.
24 E disse-lhes: "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos.
25 Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus".
26 Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!


Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e da paz, simbolizados pelo pão e vinho que oferecemos na sagrada eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio próprio: Os Frutos da Eucaristia

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Reunido com os apóstolos na última ceia, para que a memória da cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor. Pela comunhão neste subi8lime sacramento, a todos nutris e santificais. Fazeis de todos um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos na mesma caridade. Aproximamo-nos da mesa de tão grande mistério para encontrar, por vossa graça, a garantia da vida eterna.
Por essa razão, com os anjos e todos os santos, entoamos um cântico novo para proclamar a vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só voz...


Antífona da comunhão: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor (Jo 6,57).

Depois da comunhão
Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue. Vós, que viveis e reinais para sempre. Por Cristo, nosso Senhor.

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

Neste ano, na Solenidade de Corpus Christi - do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (dia 07/06) -, vamos unir-nos com os católicos da Irlanda e de todo o mundo, que realizarão, logo mais, o próximo Congresso Eucarístico Internacional, em Dublim, nos dias 10 a 17 de junho. O Congresso Eucarístico de Dublim terá uma forte tônica missionária: Eucaristia, evangelização e missão estão estreitamente relacionadas.

E aqui, em São Paulo, vamos recordar os 70 anos do 4º Congresso Eucarístico Nacional, promovido em 1942 por Dom José Gaspar D'Affonseca e Silva, 2º Arcebispo de São Paulo. Foi um evento de extraordinário significado para a Cidade e para nossa Arquidiocese. Foi celebrado no Vale do Anhagabaú e teve como lema: "Vinde todos a mim!"

Faremos um Tríduo em preparação à Solenidade de Corpus Christi, em todas as Paróquias, Comunidades e igrejas. E, na Quinta Feira de Corpus Christi, próximo dia 07 de junho, faremos uma grande concentração eucarística na frente da igreja de Santa Ifigênia, a partir das 09h00; em seguida, sai a procissão eucarística, passando pelo viaduto de S.Ifigênia, o Largo de S.Bento, a Praça Patriarca e o Largo S.Francisco, até à Praça da Sé, onde será celebrada a Missa e dada a bênção. Convido todo o povo da Arquidiocese a participar. Acesso fácil pelo metrô. Será muito bonito!

A Igreja de Cristo é uma "Comunidade Eucarística", porque vive de Jesus Cristo. Isso vale também para cada Paróquia, Comunidade de discípulos reunidos em torno de Jesus Cristo, convocados pela sua Palavra, alimentados por essa mesma Palavra e pelo "Pão da Vida", que é Jesus, e enviados novamente em missão por Ele. Quando participamos da Eucaristia, tornamos perceptível e "visível" o Mistério profundo da Igreja. A Igreja celebra a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja.

Participemos sempre com fé, alegria e gratidão da Missa. Sem participar da Eucaristia, sobretudo todos os domingos, nossa referência a Jesus Cristo e à Igreja fica muito vaga e tende a se perder por completo. Nesta festa de Corpus Christi, queremos reavivar a consciência de nossa relação essencial e inseparável com Cristo, Senhor da Igreja, que se faz presente entre nós no Sacramento da Eucaristia.

A participação, todos os Domingos, da celebração da Eucaristia, nos proporciona a comunhão íntima com Jesus Cristo e com a Igreja, seu Corpo Místico, seu Povo. Assim fazendo, nós crescemos na fé, na vida cristã e em santidade, junto com nossos irmãos de fé. Ao participarmos da única mesa eucarística e do mesmo Pão de Deus, entregue a nós pelo Pai celeste, crescemos na consciência dos profundos laços de fraternidade que nos unem a todos irmãos, membros do mesmo Corpo de Cristo, que é a Igreja.

Querido Povo de Deus em São Paulo, a Eucaristia é a maior Bênção de Deus para a humanidade pois, por Cristo, com Cristo e em Cristo, Deus continua a vir ao nosso encontro, a nos falar, a nos amar, alimentar e confortar no caminho da vida, rumo à Casa do Pai.

Card. D.Odilo P. Scherer, Arcebispo de São Paulo

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. CORPUS CHRISTI - O ALIMENTO NOVO

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)


Entre tantas tarefas sublimes que a vocação de ser mãe confere às mulheres, há uma em especial: a alimentação que vai desde a amamentação no peito, até a idade em que se atinge o uso da razão, onde a criança é totalmente dependente da mãe, para se alimentar. O ato de alimentar um filho requer grande amor e paciência, não só entre os seres humanos, mas também entre os animais, possivelmente seja esse o ato que mais expressa o amor materno, pois sem ele simplesmente a vida não se desenvolve.

Na ótica de alguns profetas Deus é Mãe e uma das particularidades que evidencia esse amor maternal, é a proteção e assistência que Deus dá ao seu povo na travessia do deserto, sobretudo quando sacia a sua fome e sede. Sem alimento e sem água não se caminha e não se chega a lugar algum. Ao desesperado Elias, profeta que fugia da fúria da Rainha Jezabel, após ter derrotado a divindade Baal, em baixo de uma árvore, sobre uma pedra onde o mesmo tinha adormecido por causa do desânimo e do cansaço, o anjo de Deus lhe servirá Pão e água, com a advertência “Levanta-te e come, o caminho é longo!”

O maná e as codornizes, bem como a água que jorrou da pedra, para alimentar e fortalecer a caminhada do povo, o pão e a água que revigorou Elias na sua caminhada de quarenta dias pelo deserto, até o Monte Horeb onde se encontrou com Deus, viria a ser uma prefiguração do verdadeiro e novo alimento.

Caminhar é imperativo cristão de quem vive segundo a Fé e que por isso mesmo têm consciência de que é peregrino nesse mundo, há no livro de canto pastoral uma música que aprofunda o sentido da caminhada “Se caminhar é preciso, caminharemos unidos!”, em meio a essa reflexão sobre a caminhada, não posso deixar de citar meu pai, que gostava de repetir um provérbio italiano “Manjare manjare, camina sempre!” Nosso caminho não tem fim, o infinito é o nosso tempo, há entre nós um sinal de que já chegamos, embora ainda estejamos a caminho.

Esse sinal é precisamente a Eucaristia onde Cristo Jesus, mais do que nos dar um novo alimento, vai além e faz algo que escandaliza os Fariseus e Saduceus: oferece-se a si próprio em alimento, ao dizer “Quem come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”. Comer a carne de Jesus e beber o seu sangue, só será possível se houver um sacrifício, no ritual judaico um animal morria para expiar pecados, um animal morria para render ação de graças e gratidão a Deus, mas sacrificar uma vida humana seria a maior das loucuras, contudo há nesse gesto algo muito mais do que simples heroísmo, pois nele o amor atingirá a sua plenitude “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”.

Eucaristia, o Corpo e Sangue de Cristo presente na hóstia consagrada, Deus se oculta em um pedaço de pão, em um ato supremo de amor, deu a sua vida para que isso fosse possível, e ao descer do céu na forma de pão, trouxe o céu para nós. No ato de alimentar-se humano, o alimento se transforma em parte integrante do nosso ser biológico, a partir do metabolismo, no ato de alimentar-se com a Eucaristia, algo extraordinário acontece: nos transformamos no corpo de Cristo, afirma Paulo na segunda leitura de hoje.

Somos o Corpo e Sangue de Cristo, nos divinizamos, a transubstanciação, de certa forma, se prolonga em todo o nosso ser, e ao nosso redor naquele momento, os anjos se ajoelham em adoração. Grande mistério, que nossos sentidos não alcançam, a não ser pela fé!

Sublime Sacramento, o maior de todos os tesouros da terra! Olhemos com ternura para a Hóstia consagrada, que nos alimenta e nos conforta, que nos inspira a caminharmos todos juntos como irmãos, pois só assim iremos romper as fronteira da morte “Quem come desse pão viverá eternamente!”.


2. Jesus, pão que dá a vida

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)


A celebração do Corpo e Sangue de Cristo é uma retomada da última ceia de Jesus com os discípulos, já celebrada na semana santa. Os momentos de festa e comemoração são celebrados, na alegria, com uma refeição. Assim a ceia de Jesus, na qual ele se apresenta como o pão que dá a vida e o vinho que alegra a todos. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus inaugura uma nova celebração, a celebração do banquete do Reino de Deus. É a Eucaristia, a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, em comunhão com Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.

Oração
Senhor Jesus, possa a Eucaristia recordar-me sempre que pertenço ao povo redimido por ti e a caminho da casa do Pai.


3. O CORPO DE CRISTO

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).


A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, em vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.
A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.


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