domingo, 15 de abril de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 15/04/12


Domingo, 15 de Abril de 2012

2o. Domingo de Páscoa
Domingo da Misericórdia

Leituras do Dia

1a. Leitura: Atos dos Apóstolos (At) 4,32-35
Salmo responsorial (Sl) 117 (118) 
2a. Leitura: 1 João (1 Jo) 5,1-6
Evangelho: João (Jo) 20,19-31

2º Domingo de Páscoa - Domingo da Divina Misericórdia — ANO B
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – OFÍCIO PRÓPRIO)
"Reunidos pela fé"

Publicamos aqui apenas a Liturgia Resumida. Veja Folheto Completo em: Folheto do 2º Domingo de Páscoa - Diocese de Apucarana-PR - Pulsandinho

Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs! Jesus ressuscitado está presente na comunidade, dando início à nova criação. Agradecemos ao Pai pela vitória de Cristo sobre nossa morte, pecados e incredulidades. Acolhemos a presença do Ressuscitado na comunidade unida e suplicamos o sopro de seu Espírito para vencer nossos medos, animar nossa fé ainda tão frágil e nos fortalecer na missão de testemunhas da ressurreição. Nesta semana inicia-se a 50ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Queremos rezar por todos os bispos, pedindo sempre a presença do ressuscitado entre eles. Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

ATENÇÃO: VEJA NO FINAL OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.

Antífona da entrada: Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2)

Oração do dia
Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário: As leituras nos apresentam uma comunidade de Pessoas Novas que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição. Às vezes nossas descren- ças nos assemelham a Tomé, mas é preciso ter a coragem de fazer a experiência de reconhecer em Cristo o "meu Senhor e meu Deus".

Primeira Leitura (Atos 4,32-35)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

4 32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. 
33 Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça. 
34 Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas, 
35 e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo responsorial 117/118

Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; "Eterna é a sua misericórdia!"

A casa de Israel agora o diga: / "Eterna é a sua misericórdia!" / A casa de Aarão agora o diga: / "Eterna é a sua misericórdia!" / Os que temem o Senhor agora o digam: / "Eterna é a sua misericórdia!"

Empurraram-me, tentando derrubar, / mas veio o Senhor em meu socorro. / O Senhor é minha força e o meu canto / e tornou-se para mim o salvador. / "Clamores de alegria e de vitória / Ressoem pelas tendas dos fiéis".

"A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular". / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos!


Segunda Leitura (1 João 5,1-6)
Leitura da primeira carta de são João.

5 1 Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado. 
2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. 
3 Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, 
4 porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 
5 Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 
6 Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que creram sem ter visto! (Jo 20,29).

EVANGELHO (João 20,19-31)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

20 19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco"! 
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós". 
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo. 
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos". 
24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 
25 Os outros discípulos disseram-lhe: "Vimos o Senhor". Mas ele replicou-lhes: "Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei"! 
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco"! 
27 Depois disse a Tomé: "Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé". 
28 Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!" 
29 Disse-lhe Jesus: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" 
30 Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. 
31 Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)


Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo (e dos que renasceram nesta Páscoa), para que, renovados pela profissão de fé e pelo batismo, consigamos a eterna felicidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Estende a tua mão, toca o lugar dos cravos e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia! (Jo 20,27)

Depois da comunhão
Concedei, ó Deus onipotente, que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

FORMAÇÃO LITÚRGICA

Oração do Dia

Encerram-se os Ritos Iniciais da Missa com a "Oração do Dia", também chamada "Coleta" (IGMR 54). A expressão "coleta" vem do tempo em que os cristãos iniciavam a celebração da Eucaristia numa igreja e a continuavam em outra. A primeira chamava-se "igreja da reunião", em latim, "ecclesia collecta". Antes de sair em procissão para a segunda igreja, o que presidia a celebração fazia "a coleta", ou seja, oração da "comunidade reunida". Hoje, prefere-se a expressão "Oração do Dia", pois, conforme a orientação do Missal, esta oração "exprime a índole da celebração" daquele dia (IGMR 54). Esta, portanto, não é a hora de colocar as intenções pessoais. Não é coleta de intenções, mas momento de os fiéis, a convite (oremos) do que preside, se "conectarem", se "reunirem" ao redor do que está sendo celebrado na festa do dia. Para que isto aconteça, solicita-se um breve silêncio depois do convite: "oremos". Como se pode ver, a oração se compõe de quatro elementos: o convite, o silêncio, a oração e o amém. O convite à oração: é uma herança do judaísmo. Os grandes momentos de oração comum da assembléia litúrgica eram precedidos de um convite. Este convite é um apelo que contém em si o que vai acontecer. Realiza o que diz, ou seja, coloca em oração. O silêncio: não é um detalhe facultativo. Está prescrito na IGMR 54. Tem duas funções: permite aos fiéis tomarem consciência de que estão na presença de Deus e dá tempo para que cada um exprima para si mesmo o sentido da festa que se está celebrando. A oração: é composta pela invocação, do pedido (motivo fundamental da súplica) e da conclusão. O amém: é como se o povo dissesse ao que preside: "esta é também a nossa prece".

TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:

2ª Br - At 4,23-31; Sl 2(3); Jo 3,1-8
3ª Br - At 4,32-37; Sl 92(93); Jo 3,7b-15
4ª Br - At 5,17-26; Sl 33(34); Jo 3,16-21
5ª Br - At 5,27-33; Sl 33(34); Jo 3,31-36
6ª Br - At 5,34.42; Sl 26(27); Jo 6,1-15
Sb Vm - At 6,1-7; Sl 32(33); Jo 6,16-21



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. "ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

Provavelmente um dos maiores equívocos que alguns cristãos cometem nos dias de hoje, é o de ausentar-se das celebrações dominicais por verem nelas a repetição monótona de um rito, que já sabem de cor e salteado. Uma partida de futebol também nunca sai da mesmice, em todo jogo nada muda, mas vá dizer a um torcedor que o futebol é monótono e cansativo, imediatamente ele irá afirmar que cada partida é uma história e uma emoção diferente, indescritível. O mesmo se diga de uma peça de teatro que se vê mais de uma vez, ou de um bom livro, eu mesmo perdi a conta de quantas vezes li “Éramos Seis...”, em cada leitura há algo de novo nos personagens ou no enredo, nunca é a mesma coisa. Então por que alguns cristãos acham a celebração tão chata e repetitiva?

Naqueles primeiros tempos do cristianismo, a pessoa de Jesus, seus ensinamentos e sua história ainda estava muito viva no coração dos seus seguidores, os apóstolos. Eles falavam com entusiasmo de Jesus, não como um herói nacional a ser reverenciado, mas como alguém presente, que caminha com a comunidade tomada pelo seu Espírito que a anima e lhe faz sentir esta vida nova que ele deu a todos.

Muita gente não entendia, admiravam Jesus, falavam muito dele, mas como alguém que foi um exemplo, um idealista, um líder nato, um grande profeta, um mestre sem igual em Israel, há até mesmo uma corrente de teólogos que reduzem a ressurreição a uma lembrança muito forte de Jesus no coração das pessoas que o conheceram e que o amaram profundamente, perpetuando sua memória entre eles nos encontros da comunidade. A verdade é que, a vida em comunidade só é possível quando a gente faz uma experiência pessoal com Jesus Cristo, quando o seu anúncio toca no fundo do coração e começamos a senti-lo a cada instante de nossa vida, quando o seu evangelho nos encanta e supera qualquer ideologia de felicidade que este mundo possa nos oferecer, quando descobrimos que ele nos conhece profundamente, e tem por nós um amor imenso, grandioso, que não hesita em dar-nos a própria vida. Quando percebemos que a salvação por ele oferecida não é algo misterioso, que só iremos ter após a nossa morte, mas que nessa vida a sentimos nas profundezas do nosso ser, quando conseguimos harmonizar todas as nossas virtudes e carismas, com o projeto que o Filho de Deus inaugurou em nosso meio.

Então o nosso coração quer estar junto de outros irmãos e irmãs, que fizeram essa mesma descoberta, para comemorar e celebrar essa presença misteriosa do Senhor em nossa vida, que se torna mais forte na vida de igreja. Para Tomé não faltou este testemunho dos seus irmãos apóstolos “Vimos o Senhor!”, não se trata apenas de um VER com os olhos, mas de um sentir com o coração, capaz de perceber nas marcas da paixão a evidência mais forte de um amor sem medida pelos seus.

A comunidade recebe o dom da Paz, nascida da vitória definitiva sobre as forças do mal, o discípulo que recebeu a Paz do Senhor, não pode nunca colocar em dúvida, em sua vida e na vida do mundo, o triunfo do Bem supremo sobre o mal, viver nessa paz, longe de permanecer de braços cruzados, é antes ir a luta pelo reino em que se crê, na certeza de que ele um dia se tornará visível em toda sua plenitude. Comunidade, portanto, é lugar de se receber o sopro de vida e renovação em cada momento celebrativo, é lugar onde a gente se reveste desse Espírito Santo, lugar onde somos recriados, restaurados, tornando-nos novas criaturas em Cristo.

Para se fazer essa experiência profunda, não é necessário uma celebração especial, deste ou daquele grupo, nem tão pouco um padrão “X” ou “Y” de espiritualidade, nem precisa identificar-se como conservador ou progressista, adeptos desta ou daquela eclesiologia, nem é preciso buscar revelações espetaculares, e ser agraciado com grandioso milagre, também não precisa tornar-se um místico, nem um alienado das realidades que nos cercam, é preciso apenas ser testemunha do amor, vivido e celebrado não de maneira egoísta, mas com os irmãos e irmãs da comunidade, em torno da Eucaristia, amor que nos alimenta.

Diante do testemunho recebido, Tomé limita-se no VER de enxergar, com os olhos da carne, para ele, naquele momento, e também para muitos nos dias de hoje, a celebração tem que ser um “arraso”, um show inesquecível, onde os ministros, como grandes estrelas, conseguem nos fazer VER Jesus, tem que valer o ingresso e o esforço de estar lá, é a celebração como espetáculo, mexendo com razão de ser, e com o emocional.

A Fé no Senhor ressuscitado que caminha com a sua igreja, não precisa de sinais ou provas, Cristo Jesus não precisa provar mais nada, nós é que precisamos provar a nossa fé, aceitando viver e celebrar em uma comunidade, onde nada ocorre de excepcional, mas onde cada encontro é diferente, porque fazemos essa experiência do Cristo vivo, que caminha conosco, podemos vê-lo e tocá-lo nos sacramentos, podemos ouvi-lo, e de fato o ouvimos na santa palavra, podemos percebê-lo na vida dos irmãos, razão pela qual não cansamos de repetir com a alma em júbilo, a cada saudação de quem preside “Ele está no meio de nós!”.

Se tivermos convicção desta afirmativa, o nosso testemunho será tão vivo e autêntico como o dos apóstolos, e o nosso coração baterá mais forte cada vez que chegar o DOMINGO, dia do Senhor.

José da Cruz é Diácono da 
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. A paz de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Nesta aparição aos discípulos reunidos, por três vezes Jesus dá a paz aos discípulos. Durante a última ceia Jesus já lhes concedera, de maneira expressiva, a paz (Jo 14,27); e agora, na condição de Ressuscitado, a renova. A paz do mundo se perde na ilusão das disputas de poder e riqueza, e os discípulos, de sua parte, vivem a perturbação de momentos de perseguição. A paz de Jesus, que se faz presente entre seus discípulos, fortalece os corações firmando-os no amor e na vida eterna de Deus.

Jesus também, na última ceia, anunciara o envio do Espírito que procede do Pai, o Consolador na ausência sensível de Jesus (Jo 15,26). Espírito Santo, ou Consolador, é a expressão da personalização do Amor de Deus. É o amor que move os discípulos à missão libertadora e promotora da vida. O pecado consiste na colaboração com a ordem injusta que impera na sociedade ou em qualquer outro atentado contra a vida. Gerados por Deus, os discípulos com sua fé vencem o mundo (segunda leitura). Com seu testemunho da partilha (primeira leitura), da justiça e do amor removem o pecado do mundo.

A narrativa da experiência de Tomé com o ressuscitado é bem expressiva quanto à questão da necessidade das aparições, e até do toque, para confirmar a fé. Ele é o tipo do "ver para crer", ao qual Jesus contrapõe a bem-aventurança dos que creram sem ver.

Entre as primeiras comunidades vinculadas à comunidade de Jerusalém surgiu a tradição do ver o ressuscitado como condição para ser incluído entre as lideranças. A partir daí, surge a tradição da fé no testemunho destas lideranças, sem ver. Este episódio do evangelho de hoje relativiza as narrativas de visões do ressuscitado. Assim acontece, também, com o episódio em que o discípulo que Jesus amava, diante do túmulo vazio, creu sem ver o ressuscitado (Jo 20,8; cf. 12 abr.). Para crer não é necessário ver. A fé brota da experiência de amor que os discípulos tiveram no convívio com Jesus, e da mesma experiência de amor que se pode ter, hoje, nas relações fraternas de acolhimento, de doação e serviço, de misericórdia e compaixão, na fidelidade às palavras de Jesus.

A bem-aventurança conferida àqueles que creem sem ver é bem convincente no sentido da desnecessidade de aparições para que se possa perceber, na fé, a presença do Jesus eterno em nossas vidas, nas nossas comunidades e no mundo.

Oração
Pai, abre todas as portas que me mantém fechado no medo e na insegurança, para que eu vá ao encontro do mundo a ser evangelizado.

3. BEM-AVENTURANÇA: CRER SEM VER
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Durante a última ceia, Jesus já comunicara aos discípulos, de maneira expressiva, a sua paz (Jo 14,27); e agora, na condição de ressuscitado, a renova. Jesus aparece entre os discípulos reunidos, anuncia-lhes a paz e mostra-lhes as chagas. Os discípulos estão com as portas trancadas com medo dos judeus. Este detalhe exprime a situação da comunidade de João, excluída pelos judeus, os quais, inclusive, denunciavam os cristãos aos romanos. Porém, a presença do ressuscitado liberta a comunidade do medo e lhes traz a alegria. O mostrar as chagas das mãos e a do lado é a confirmação de identificação do ressuscitado com Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Agora, conforme anunciara nos discursos de despedida, Jesus comunica aos discípulos o Espírito, soprando sobre eles. Os discípulos são enviados em missão, com o conforto do Espírito. Suas comunidades, que vivem na comunhão e partilha (primeira leitura), movidas pela fé em Jesus (segunda leitura), são responsáveis pela prática da misericórdia no acolhimento dos excluídos como pecadores e de todos aqueles que se sentem atraídos por Jesus. A partir da experiência de Tomé, Jesus proclama a bem-aventurança da fé. Começa o tempo dos bem-aventurados que não viram e creram.

Recomendamos visitar diariamente o site da PAULINAS no seguinte endereço - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx - para completar o estudo da Palavra de Deus que compõe a Liturgia deste dia. Veja logo abaixo do texto do Evangelho as orientações de como fazer a LEITURA ORANTE, com excelentes reflexões sobre o Evangelho do Dia e como aplicar os ensinamentos de hoje em sua vida. Ideal para Estudos Bíblicos diários.

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