terça-feira, 23 de outubro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / TERÇA-FEIRA DA XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
TERÇA-FEIRA




I Semana do Saltério

Invitatório
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras
 V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino 
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Da luz do Pai nascido,
vós mesmo luz e aurora,
ouvi os que suplicam,
cantando noite afora.

Varrei as nossas trevas
e as hostes do inimigo:
o sono, em seus assaltos,
não ache em nós abrigo.

Ó Cristo, perdoai-nos,
pois Deus vos proclamamos.
Propício seja o canto
que agora iniciamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Ó Trindade Sacrossanta,
ordenais o que fizestes.
Ao trabalho dais o dia,
ao descanso a noite destes.

De manhã, à tarde e à noite,
vossa glória celebramos.
Nesta glória conservai-nos
todo o tempo que vivamos.

Ante vós ajoelhamos
em humilde adoração.
Reuni as nossas preces
à celeste louvação.

Escutai-nos, Pai piedoso,
e vós, Filho de Deus Pai,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos reinais.

Salmodia

Ant. 1 O Senhor fará justiça para os pobres.

Salmo 9 B(10)

Ação de graças
Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! (Lc 6,20).

I
1 Ó Senhor, por que ficais assim tão longe, *
e, no tempo da aflição, vos escondeis,
2 enquanto o pecador se ensoberbece, *
o pobre sofre e cai no laço do malvado?

3 O ímpio se gloria em seus excessos, *
blasfema o avarento e vos despreza;
4 em seu orgulho ele diz: “Não há castigo! *
Deus não existe!” – 5É isto mesmo que ele pensa.

= Prospera a sua vida em todo tempo; †
vossos juízos estão longe de sua mente; *
ele vive desprezando os seus rivais.
6 No seu íntimo ele pensa: “Estou seguro! *
Nunca jamais me atingirá desgraça alguma!”

7 Só há maldade e violência em sua boca, *
em sua língua, só mentira e falsidade.
8 Arma emboscadas nas saídas das aldeias, *
mata inocentes em lugares escondidos.

9 Com seus olhos ele espreita o indefeso, *
como um leão que se esconde atrás da moita;
– assalta o homem infeliz para prendê-lo, *
agarra o pobre e o arrasta em sua rede.

10 Ele se curva, põe-se rente sobre o chão, *
e o indefeso tomba e cai em suas garras.
11 Pensa consigo: “O Senhor se esquece dele, *
esconde o rosto e já não vê o que se passa!”

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor fará justiça para os pobres.

Ant. 2 Vós, Senhor, vedes a dor e o sofrimento.

II
 12 Levantai-vos, ó Senhor, erguei a mão! *
Não esqueçais os vossos pobres para sempre!
13 Por que o ímpio vos despreza desse modo? *
Por que diz no coração: “Deus não castiga?”

14 Vós, porém, vedes a dor e o sofrimento, *
vós olhais e tomais tudo em vossas mãos!
– A vós o pobre se abandona confiante, *
sois dos órfãos vigilante protetor.

15 Quebrai o braço do injusto e do malvado! *
Castigai sua malícia e desfazei-a!
16 Deus é Rei durante os séculos eternos. *
Desapareçam desta terra os malfeitores!

17 Escutastes os desejos dos pequenos, *
seu coração fortalecestes e os ouvistes,
 =18 para que os órfãos e oprimidos deste mundo †
tenham em vós o defensor de seus direitos, *
e o homem terreno nunca mais cause terror!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Vós, Senhor, vedes a dor e o sofrimento.

Ant. 3 As palavras do Senhor são verdadeiras
como a prata depurada pelo fogo.

Salmo 11(12)

Oração contra as más línguas
Porque éramos pobres, o Pai enviou o seu Filho (Sto. Agostinho).

2 Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom! *
Não há mais fidelidade em meio aos homens!
3 Cada um só diz mentiras a seu próximo, *
com língua falsa e coração enganador.

4 Senhor, calai todas as bocas mentirosas *
e a língua dos que falam com soberba,
5 dos que dizem: “Nossa língua é nossa força! *
Nossos lábios são por nós! – Quem nos domina?”

6 “Por causa da aflição dos pequeninos, *
do clamor dos infelizes e dos pobres,
– agora mesmo me erguerei, diz o Senhor, *
e darei a salvação aos que a desejam!”

=7 As palavras do Senhor são verdadeiras, †
como a prata totalmente depurada, *
sete vezes depurada pelo fogo.

8 Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis *
para sempre, nos livrando desta raça!
– Em toda a parte os malvados andam soltos, *
porque se exalta entre os homens a baixeza.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. As palavras do Senhor são verdadeiras
como a prata depurada pelo fogo.

V. Deus dirige os humildes na justiça.
R. E aos pobres ele ensina o seu caminho.

 Primeira leitura
Do Livro de Ester 4,1-8.8a.9-17

Amã pede o aniquilamento de todos os judeus

Quando Mardoqueu soube o que se tinha passado, rasgou suas vestes e cobriu-se de vestes de penitência, derramando cinzas sobre a própria cabeça. E clamava no meio da praça da cidade, enchendo-a com gritos de amargura. 2Deste modo chegou até à porta do palácio real, que ninguém podia transpor vestido de vestes de penitência. 3E em todas as províncias, em toda a parte aonde chegou o decreto do rei e sua ordem, havia grande desolação entre os judeus, os quais jejuaram, choraram e fizeram lamentações; e muitos se deitaram sobre cinza, vestidos de vestes de penitência.

As servas e os eunucos de Ester vieram contar-lhe o que se passava. A rainha ficou profundamente consternada. Mandou roupas para que Mardoqueu se vestisse e despisse as vestes de penitência de que estava coberto. Mas ele não as aceitou. 5Então Ester chamou Atac, um dos eunucos que o rei pusera a seu serviço, e enviou-o a Mardoqueu, para saber o
que estava acontecendo e qual era o motivo do seu comportamento. 6Atac foi ter com Mardoqueu, que estava na praça da cidade, diante da porta do palácio do rei. 7E Mardoqueu contou-lhe tudo o que tinha acontecido, e a soma que Amã prometera recolher no tesouro real em troca do extermínio dos judeus. 8Deu-lhe também uma cópia do decreto ordenando o seu extermínio, que estava afixado em Susa, para que a mostrasse à rainha, e para exortá-la a que fosse apresentar-se ao rei e intercedesse pelo povo. 8aQue lhe dissesse: “Lembra-te de quando eras pequenina e eu te dava de comer com minhas próprias mãos. O vice-rei Amã pediu a nossa morte. Invoca o Senhor, fala ao rei em nosso favor, livra-nos da morte”.

Atac voltou e transmitiu a Ester tudo o que Mardoqueu dissera. 10Mas a rainha encarregou Atac de lhe responder: 11“Todos os servos do rei e todas as províncias que estão debaixo do seu domínio sabem que, por decreto real, qualquer homem ou mulher que se apresente ao rei no pátio interior do palácio, sem ter sido chamado, é réu de morte; a não ser que o rei lhe estenda o seu cetro de ouro, para que possa viver. Há trinta dias que eu não fui convidada para me aproximar do rei”. 12Estas palavras de Ester foram transmitidas a Mardoqueu, 13que lhe mandou responder: “Não imagines que, por estares no palácio, serás a única a escapar dentre todos os judeus. 14Pelo contrário, se te obstinares a calar agora, de outro lugar se levantará para os judeus a salvação e a libertação, mas tu e a casa de teu pai perecereis. E quem sabe senão terá sido em previsão de uma circunstância como esta que foste elevada à realeza?”

15 Então Ester mandou dizer a Mardoqueu: 16“Vai reunir todos os judeus que vivem em Susa e jejuai por mim. Não comais nem bebais, por três dias e três noites, e eu e minhas servas também jejuaremos”. 17Mardoqueu retirou-se e executou as instruções de Ester. 

Responsório Cf. Est 14,14(Vg);
Tb 3,13(Vg); Jt 6,15(Vg)

R. Jamais eu coloquei em algum outro a esperança
além de vós, Deus de Israel.
* Vós mostrais misericórdia depois de vos irardes,
e perdoais todo pecado dos que estão arrependidos.
V. Ó Senhor e nosso Deus, Criador do céu e terra,
vede a nossa humilhação. * Vós mostrais.

Segunda leitura
Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo

(Ep.130,11,21-12,22:CSEL44,63-64)          (Séc.V)

A oração do Senhor

Temos necessidade de palavras para incitar-nos e ponderarmos o que pediremos, e não com  
a intenção de dá-lo a saber ao Senhor ou a comovê-lo.

Quando, pois, dizemos: Santificado seja o teu nome, exortamo-nos a desejar que seu nome, imutavelmente santo, seja também considerado santo pelos homens, isto é, não desprezado. O que é de proveito para os homens, não para Deus.

E ao dizermos: Venha teu reino que, queiramos ou não, virá sem falta, acendemos o desejo  deste reino; que venha para nós e nele mereçamos reinar.

Ao dizermos: Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu, pedimos-lhe conceder-nos  esta obediência de sorte que se faça em nós sua vontade do mesmo modo como é feita no céu por seus anjos.

Dizemos: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Pela palavra hoje se entende este nosso tempo. Ou, com a menção da parte principal,indicando o todo pela palavra pão, pedimos aquilo que nos basta. O sacramento dos fiéis, necessário agora, não, porém, para a felicidade deste tempo, mas para alcançarmos a felicidade eterna.

Dizendo: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos a nossos devedorestomamos consciência do que pedimos e do que temos de fazer para merecer obtê-lo. Ao dizer: Não nos leves à tentação, advertimo-nos a pedir que não aconteça que, privados de seu auxílio em alguma tentação, iludidos, consintamos nela, ou cedamos perturbados.

Dizer: Livra-nos do mal nos leva a pensar que ainda não estamos naquele Bem em que não padeceremos de mal algum. E este último pedido da oração dominical é tão amplo, que o cristão em qualquer tribulação em que se veja, por ele pode gemer, nele derramar  lágrimas, daí começar, nele demorar-se, nele terminar a oração. É preciso guardar em nossa memória, por meio destas palavras, as realidades mesmas.

Pois quaisquer outras palavras que dissermos – tanto as formadas pelo afeto que as precede e esclarece, quanto as que o seguem e crescem pela atenção dele – não dirão nada que não se encontre nesta oração dominical, se orarmos como convém. Quem disser algo que não possa ser contido nesta prece evangélica, sua oração, embora não ilícita, é carnal; contudo não sei como não ser ilícita, uma vez que somente de modo espiritual devem orar os renascidos do Espírito.

Responsório 2Mc 1,5.3a

R. Que Deus ouça as vossas preces e vos seja favorável;
* E não vos abandone no tempo da desgraça
o Senhor e vosso Deus.
V. Que ele dê a todos vós um coração para servi-lo
e fazer sua vontade. * E não.

Oração

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

Fonte: http://liturgiadashoras.org/


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