sexta-feira, 27 de julho de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / SEXTA-FEIRA DA XIV SEMANA DO TEMPO COMUM






IV Semana do Saltério
Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. É suave o Senhor: Bendizei o seu nome!.
Salmo 94(95)
ouvir:  


Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)
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Ofício das Leituras



V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Ao som da voz do galo,
já foge a noite escura.
Ó Deus, ó luz da aurora,
nossa alma vos procura.

Enquanto as coisas dormem,
guardai-nos vigilantes,
brilhai aos nossos olhos
qual chama cintilante.

Do sono já despertos,
por graça imerecida,
de novo contemplamos
a luz, irmã da vida.

Ao Pai e ao Filho glória,
ao seu Amor também,
Deus Trino e Uno, luz
e vida eterna. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 Criador do Universo
do Pai luz e resplendor,
revelai-nos vossa face
e livrai-nos do pavor.

Pelo Espírito repletos,
templos vivos do Senhor,
não se rendam nossas almas
aos ardis do tentador,

para que, durante a vida,
nas ações de cada dia,
pratiquemos vossa lei
com amor e alegria.

Glória a Cristo, Rei clemente,
e a Deus Pai, Eterno Bem,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Salmo 54(55),2-15.17-24

Oração depois da traição de um amigo
Jesus começou a sentir medo e angústia (Mc 14,33)

I
2 Ó meu Deus, escutai minha prece, *
não fujais desta minha oração!
 –3 Dignai-vos me ouvir, respondei-me: *
a angústia me faz delirar!

4 Ao clamor do inimigo estremeço, *
e ao grito dos ímpios eu tremo.
– Sobre mim muitos males derramam, *
contra mim furiosos investem.

5 Meu coração dentro em mim se angustia, *
e os terrores da morte me abatem;
 –6 o temor e o tremor me penetram, *
o pavor me envolve e deprime!

=7 É por isso que eu digo na angústia: †
 Quem me dera ter asas de pomba *
e voar para achar um descanso!
 –8 Fugiria, então, para longe, *
e me iria esconder no deserto.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Ant. 2 O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

II
– 9 Acharia depressa um refúgio *
contra o vento, a procela, o tufão.
 =10 Ó Senhor, confundi as más línguas; †
dispersai-as, porque na cidade *
só se vê violência e discórdia!

=11 Dia e noite circundam seus muros, †
 12 dentro dela há maldades e crimes, *
a injustiça, a opressão moram nela!
– Violência, imposturas e fraudes *
já não deixam suas ruas e praças.

13 Se o inimigo viesse insultar-me, *
poderia aceitar certamente;
– se contra mim investisse o inimigo, *
poderia, talvez, esconder-me.

14 Mas és tu, companheiro e amigo, *
tu, meu íntimo e meu familiar,
 –15 com quem tive agradável convívio *
com o povo, indo à casa de Deus!

Ant. O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 3 Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

III
17 Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto, *
e o Senhor me haverá de salvar!
18 Desde a tarde, à manhã, ao meio-dia, *
faço ouvir meu lamento e gemido.

19 O Senhor há de ouvir minha voz, *
libertando a minh’alma na paz,
 – derrotando os meus agressores, *
porque muitos estão contra mim!

20 Deus me ouve e haverá de humilhá-los, *
porque é Rei e Senhor desde sempre.
– Para os ímpios não há conversão, *
pois não temem a Deus, o Senhor.

21 Erguem a mão contra os próprios amigos, *
violando os seus compromissos;
22 sua boca está cheia de unção, *
mas o seu coração traz a guerra;
 – suas palavras mais brandas que o óleo, *
na verdade, porém, são punhais.

23 Lança sobre o Senhor teus cuidados, *
porque ele há de ser teu sustento,
 – e jamais ele irá permitir *
que o justo para sempre vacile!

24 Vós, porém, ó Senhor, os lançais *
no abismo e na cova da morte.
– Assassinos e homens de fraude *
não verão a metade da vida.
– Quanto a mim, ó Senhor, ao contrário: *
ponho em vós toda a minha esperança!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

V. Voltai ao Senhor vosso Deus.
R. Ele é bom, compassivo e clemente!

Primeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5,1-21

Esperança da morada celeste. Ministério da reconciliação
Irmãos: 1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna. 2Aliás, é por isso que nós gememos, suspirando por ser revestidos com a nossa habitação celeste; 3revestidos, digo, se, naturalmente, formos encontrados ainda vestidos e não despidos. 4Sim, nós que moramos na tenda do corpo estamos oprimidos e
gememos, porque, na verdade, não queremos ser despojados, mas queremos ser
revestidos, de modo que o que é mortal, em nós, seja absorvido pela vida. 5E aquele que
nos fez para esse fim é Deus, que nos deu o Espírito como penhor.
6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no
corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara.
8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele,
quer estejamos no corpo,quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós
temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a
devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida
corporal.

11Tendo então o temor do Senhor, procuramos convencer as pessoas e levamos uma
vida transparente diante de Deus. Espero que também vós nos conheçais perfeitamente. 12Não estamos de novo a recomendar-nos, mas somente vos damos uma ocasião de vos gloriardes a nosso respeito, para, assim, terdes o que responder àqueles que dão valor só ao que aparece e não ao que está no coração. 13De fato, se estivemos fora de nós, foi para Deus; e se procedemos com bom senso, é para vós.

14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que,
logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim,
doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez
conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se
alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. 
Tudo agora é novo.

18E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o
ministério da reconciliação. 19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo
consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da
reconciliação. 20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta
através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com
Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que
nele nós nos tornemos justiça de Deus.

Responsório 2Cor 5,18b; Rm 8,32a

R. Deus nos reconciliou consigo mesmo
por meio de seu Filho Jesus Cristo.
* Foi ele que também nos confiou
o ministério da reconciliação.
V. Deus não poupou seu próprio Filho,
mas o entregou por todos nós. * Foi ele.

Segunda leitura
Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo

(Lib. 10,43.68-70:CCL 27,192-193)
(Séc.V)

Cristo morreu por todos
Aquele que em tua secreta misericórdia revelaste aos humildes e lhes enviaste para que
nos ensinas e a humildade, o verdadeiro mediador, esse mediador entre Deus e os
homens, o homem Cristo Jesus, apareceu entre os pecadores mortais como justo mortal: mortal com os homens, justo com Deus. Sendo a recompensa da justiça a vida e a paz, pela justiça unida a Deus, ele destruiu a morte dos ímpios justificados, através dessa morte que desejou igual à deles. Quanto nos amaste, Pai bom, que não poupaste teu Filho único, mas por nós, ímpios, o entregaste! Como nos amaste, quando por nós ele
não julgou rapina ser igual a ti, fez-se obediente até à morte da cruz, ele, o único livre
entre os mortos, com poder de entregar sua vida e o poder de retomá-la! Tudo ele fez
por nós, diante de ti vitorioso e vítima, vitorioso porque vítima. Por nós, diante de ti
sacerdote e sacrifício, sacerdote porque sacrifício. Fazendo de nós, servos, filhos para ti, nascendo de ti, a nós servindo.

Com muita razão minha grande esperança está nele, porque curarás todas as minhas
fraquezas, por aquele que se assenta à tua direita e intercede por nós. De outro modo,
desesperaria. Pois são muitas e grandes estas minhas fraquezas. São muitas e enormes.
Porém muito maior é teu remédio. Teríamos podido pensar que teu Verbo estava longe
de unir-se aos homens e entregarmo-nos ao desespero, se ele não se tivesse feito carne e habitado entre nós. Apavorado com meus pecados e como peso de minha miséria, eu revolvia no espírito e pensava em fugir para o deserto. Mas me impediste e me fortaleceste dizendo-me: Para isto Cristo morreu por todos, para que os que vivem não mais vivam para si, mas para aquele que por eles morreu.

Agora, Senhor, lanço em ti meus cuidados para viver e considerarei as maravilhas de
tua lei. Tu conheces minha ignorância e fragilidade: ensina-me, cura-me! O teu Único,
em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência, me remiu por
seu sangue. Não me caluniem os soberbos, porque reflito no preço dado por mim.
Como, bebo, distribuo e, pobre, desejo saturar-me dele entre aqueles que dele comem e são saciados. Com efeito, louvarão o Senhor aqueles que o procuram.

Responsório 2Cor 5,14.15b; Rm 8,32a

R. O amor de Cristo nos impele
ao pensarmos que um só por todos se entregou.
* Para que aqueles que vivem, não vivam mais para si,
mas vivam, sim, para aquele que por eles morreu
e ressurgiu dentre os mortos.
V. Deus não poupou seu próprio Filho,
mas o entregou por todos nós. * Para que.

Oração

Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons
da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


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