quarta-feira, 4 de julho de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / QUARTA-FEIRA DA XIII SEMANA DO TEMPO COMUM







I Semana do Saltério
Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. Caminhemos com louvores ao encontro do Senhor..
Salmo 94(95)
ouvir:  

Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)
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Ofício das Leituras

  introdução
ouvir: 
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino 
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Criastes céu e terra,
a vós tudo obedece;
livrai a nossa mente
do sono que entorpece.

As culpas perdoai,
Senhor, vos suplicamos;
de pé, para louvar-vos,
o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas
erguemos para o templo:
mandou-nos o Profeta,
deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis
e até as que ocultamos;
a todas perdoai,
ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 A vós, honra e glória,
Senhor do saber,
que vedes o íntimo
profundo do ser,
e em fontes de graça
nos dais de beber.

As boas ovelhas
guardando, pastor,
buscais a perdida
nos montes da dor,
unindo-as nos prados
floridos do amor.

A ira do Rei
no dia final
não junte aos cabritos
o pobre mortal.
Juntai-o às ovelhas
no prado eternal.

A vós, Redentor,
Senhor, Sumo Bem,
louvores, vitória
e glória convém,
porque reinais sempre
nos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Eu vos amo, ó Senhor!Sois minha força! 

Salmo 17(18),2-30

Ação de graças pela salvação e pela vitória
Na mesma hora aconteceu um grande terremoto (Ap 11,13).

I
 2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3 minha rocha, meu refúgio e Salvador!
= Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, †
Minha força e poderosa salvação, *
sois meu escudo e proteção: em vós espero!

4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *
e dos meus perseguidores serei salvo!
5 Ondas da morte me envolveram totalmente, *
e as torrentes da maldade me aterraram;
6 os laços do abismo me amararam *
e a própria morte me prendeu em suas redes.

7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia *
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
– de seu Templo ele escutou a minha voz, *
e chegou a seus ouvidos o meu grito.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força!

Ant. 2 O Senhor me libertou, porque me ama.

II
 =8 A terra toda estremeceu e se abalou, †
os fundamentos das montanhas vacilaram *
e se agitaram, porque Deus estava irado.
=9 De seu nariz, fumaça em nuvens se elevou, †
da boca saiu fogo abrasador, *

dos seus lábios, carvões incandescentes.

10 Os céus ele abaixou e então desceu *
pousando em nuvens pretas os seus pés.
11 Um querubim o conduzia no seu vôo, *
sobre as asas do vento ele pairava. 

12 Das trevas fez um véu para envolver-se, *
escondeu-se em densas nuvens e água escura.
13 No clarão que procedia de seu rosto, *
carvões incandescentes se acendiam.

14 Trovejou dos altos céus o Senhor Deus, *
o Altíssimo fez ouvir a sua voz;
15 e, lançando as suas flechas, dissipou-os, *
dispersou-os com seus raios fulgurantes.

16 Até o fundo do oceano apareceu, *
e os fundamentos do universo foram vistos,
– ante as vossas ameaças, ó Senhor,*
e ao sopro abrasador de vossa ira.

17 Lá do alto ele estendeu a sua mão *
e das águas mais profundas retirou-me;
18 libertou-me do inimigo poderoso *
e de rivais muito mais fortes do que eu.

19 Assaltaram-me no dia da aflição, *
mas o Senhor foi para mim um protetor;
20 colocou-me num lugar bem espaçoso: *
o Senhor me libertou, porque me ama.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. 3 Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

III
21 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos,
22 pois nos caminhos do Senhor eu caminhei, *
e de meu Deus não me afastei por minhas culpas.

23 Tive sempre à minha frente os seus preceitos, *
e de mim não afastei sua justiça.
24 Diante dele tenho sido sempre reto *
e conservei-me bem distante do pecado.
25 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos.

26 Ó Senhor, vós sois fiel com o fiel, *
sois correto com o homem que é coreto;
27 sois sincero com aquele que é sincero, *
mas arguto com o homem astucioso.
28 Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde, *
mas os olhos dos soberbos humilhais.

29 Ó Senhor, fazeis brilhar a minha lâmpada; *
ó meu Deus, iluminais as minhas trevas.
30 Junto convosco eu enfrento os inimigos, *
com vossa ajuda eu transponho altas muralhas.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

V. E todos se admiravam das palavras
R. Cheias de graça que saíam de seus lábios.

Primeira leitura
Do Segundo Livro de Samuel 4,2―5,7

Davi reina sobre Israel. Conquista de Jerusalém
Naqueles dias: 4,2 Isbaal tinha ao seu serviço dois chefes de guerrilha: um chamava-se Baana e o outro Recab, filhos de Remon, de Berot, da tribo de Benjamin. Berot pertencia também a Benjamin, 3embora seus habitantes se tivessem refugiado em Getaim e residido ali como forasteiros até hoje.

4Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos dois pés. Ele tinha cinco anos quando chegou de Jezrael a notícia da morte de Saul e de Jônatas. Sua ama fugiu com ele, mas na precipitação da fuga o menino caiu e ficou manco. O seu nome era Meribaal.

5Os filhos de Remon de Berot, Recab e Baana, puseram-se a caminho e chegaram à casa de Isbaal na hora mais quente do dia, quando ele estava dormindo a sesta; 6e a porteira da casa adormecera limpando o trigo. Então Recab e seu irmão Baana entraram no interior da casa e o feriram na virilha e fugiram. 7Tendo penetrado na casa, onde Isbaal
repousava no seu leito, feriram-no de morte e cortaram-lhe a cabeça. Tomaram-na consigo e andaram toda a noite pelo caminho da Arabá.

8E levaram a cabeça de Isbaal a Davi, em Hebron, dizendo-lhe: “Aqui tens a cabeça de Isbaal, filho de Saul, teu inimigo, que te queria matar. O Senhor vingou hoje o rei, meu senhor, de Saul e de sua descendência”.9Mas Davi respondeu a Recab e a seu irmão Baana, filhos de Remon, de Berot: “Pela vida do Senhor que me livrou de toda a angústia! 10Ao homem que me veio anunciar a morte de Saul, pensando dar-me uma boa notícia, eu o prendi e o matei em Siceleg, e dei-lhe assim a recompensa por sua boa-nova. 11Quanto mais agora, que homens malvados mataram um homem inocente dentro de sua casa, no seu leito, não vingarei eu o seu sangue derramado pelas vossas mãos e não vos exterminarei da terra?” 12Em seguida, Davi deu ordens aos seus homens, e eles os mataram. E, cortando-lhes as mãos e os pés, penduraram-nos perto da piscina de Hebron. Quanto à cabeça de Isbaal, sepultaram-na no túmulo de Abner, em Hebron.

5,1 Todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempo atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe”. 3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel. 4Davi tinha trinta anos quando começou a reinar, e reinou quarenta anos: 5sete anos e seis meses sobre Judá, em Hebron, e trinta e três anos em
Jerusalém,sobre todo o Israel e Judá.

6Davi marchou então com seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam aquela terra. Estes disseram a Davi: “Não entrarás aqui, pois serás repelido por cegos e coxos”. Com isso queriam dizer que Davi não conseguiria entrar lá. 7Davi, porém, tomou a fortaleza de Sião, que é a cidade de Davi.

Responsório Sl 2,2.6.1

R. Por que os reis de toda a terra se reúnem
e conspiram os governos todos juntos
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?
* Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei.
V. Por que os povos agitados se revoltam,
por que tramam as nações projetos vãos?
* Fui eu mesmo.


Segunda leitura
Do livro O Caminho da Perfeição, de Santa Teresa, virgem

(Cap. 30,1-5: Oeuvres complètes. Desclée de Brouwer, Paris, 1964, 467-468)
(Séc.XVI)

Venha a nós o vosso reino
Quem haverá, por mais irrefletido que seja, que, desejando fazer um pedido a uma pessoa importante, não discuta consigo mesmo como lhe falará, de forma a lhe agradar  e não o aborrecer? Pensará também no que lhe irá pedir e para que fim, sobretudo  quando se trata de coisa tão importante, como a que nosso bom Jesus nos ensina a pedir. Na minha opinião, é isso o mais fundamental.

Não poderíeis, Senhor meu, englobar tudo numa palavra e dizer: “Dai-nos, ó Pai, o que for conveniente e adequado?” Assim nada mais seria preciso dizer a quem tudo conhece
com perfeição.

Isto na verdade, ó eterna Sabedoria, seria suficiente entre vós e vosso Pai, e foi assim que orastes no Horto de Getsêmani. Vós lhe manifestastes vossa vontade e temor, mas vos conformastes totalmente à sua vontade. Quanto a nós, Senhor meu, sabeis não  sermos tão conformados assim, como o fostes à vontade do Pai. Por esta razão, cumpre pedir coisa por coisa. Deste modo, refletiremos antes se nos convém o que pedimos. Em
caso contrário, deixemos de pedi-lo. De fato, somos assim: se não nos for concedido o que pedimos, este nosso livre-arbítrio não aceitará o que o Senhor nos der. Porque, embora seja o melhor quanto o Senhor nos der, se não vemos logo o dinheiro na mão, nunca pensamos ser ricos. Por isso Jesus nos ensina a dizer as palavras com que pedimos a vinda de seu reino: Santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino. Admirai, minhas filhas, a profunda sabedoria de nosso Mestre! Considero eu aqui – e para nós é bom entender – o que pedimos com este reino. A majestade de Deus via que não podíamos santificar ou glorificar como seria bom este santo nome do Pai eterno, de acordo como pouquinho que podemos, a menos que sua Majestade não providenciasse, dando-nos aqui o seu reino. Por isso o bom Jesus pôs um pedido ao lado do outro. Para entendermos o que pedimos e quanto interessa pedirmos, importuna e ardentemente, e, além disso, fazer tudo que estiver a nosso alcance para satisfazer àquele que no-lo dará, quero expor-vos aqui o que sobre isso compreendo.

O supremo bem que me parece existir no reino dos céus é que já não se dá valor às coisas da terra. Sendo assim, há um alegrar-se da alegria de todos, uma paz perpétua, uma satisfação imensa em si mesmos por ver que todos engrandecem ao Senhor e bendizem seu nome, sem ninguém mais o ofender com seus pecados. Todos o amam e em seu coração não anseiam nada mais do que amá-lo, nem podem deixar de amá-lo, porque o conhecem. É assim que o deveríamos amar também aqui, embora não o possamos com toda esta perfeição e em sua essência. Pelo menos, nós o amaríamos muito mais do que o amamos, se melhor o conhecêssemos.

Responsório Cf. Mt 7,7-8

R. Aquele que aos filhos dá o que é bom,
nos incita a pedir e a procurar
e a bater à sua porta sem cessar.
* Quanto mais fielmente nós crermos,
esperarmos com mais decisão
e com ardor mais intenso quisermos,
tanto mais nós seremos capazes
de receber o que é bom do Senhor.
V. Na questão referida se trata
mais de gemidos do que de discursos,
mais de lágrimas do que de palavras.
* Quanto mais.

Oração

Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos
envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

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