terça-feira, 1 de janeiro de 2013

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 01/01/13



Terça, 01 de Janeiro de 2013

Santa Maria, Mãe de Deus

Leituras do Dia
1a. Leitura: Números (Nm) 6,22-27
Salmo Responsorial (Sl) 66 (67)
2a. Leitura: Gálatas (Gl) 4,4-7
Evangelho: Lucas (Lc) 2,16-21


DIA 1º DE JANEIRO - TERÇA-FEIRA

MARIA, MÃE DE DEUS
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DE MARIA – OFÍCIO DA SOLENIDADE)

Antífona da entrada: Salve, ó santa mãe de Deus, vós destes à luz o rei que governa o céu e a terra pelos séculos eternos (Sedúlio).
Oração do dia
Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Números 6,22-27)
Leitura do livro dos Números. 

6 22 O Senhor disse a Moisés: 
23 “Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: 
24 O Senhor te abençoe e te guarde! 
25 O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! 
26 O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! 
27 E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei”. 

Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 66/67
Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.
Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,
e sua face resplandeça sobre nós!
Que na terra se conheça o seu caminho
e a sua salvação por entre os povos.

Exulte de alegria a terra inteira,
pois julgais o universo com justiça;
os povos governais com retidão
e guiais, em toda a terra, as nações.

Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem!
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,
e o respeitem os confins de toda a terra!
Leitura (Gálatas 4,4-7)
Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas. 

4 4 Irmãos, quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, 
5 a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. 
6 A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 
7 Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus. 

Palavra do Senhor.
Evangelho (Lucas 2,16-21)
Aleluia, aleluia, aleluia.

De muitos modos, Deus outrora nos falou pelos profetas; 
nestes tempos derradeiros, nos falou pelo seu Filho (Hb 1,1s). 



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 
2 16 Os pastores foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. 17 Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. 
18 Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores. 
19 Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. 
20 Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito. 
21 Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno. 
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
GUARDAVA TUDO NO CORAÇÃO
Os fatos ocorridos em torno do nascimento de Jesus exigiram de Maria muita atenção. A acolhida do projeto divino – “Faça-se em mim segundo a tua palavra” – de modo algum proporcionou-lhe um conhecimento preciso e exaustivo do que estava para acontecer. O “sim” de disponibilidade exigiu dela jogar-se toda nas mãos de Deus e adaptar-se aos  contínuos imprevistos preparados pelo mistério divino. 
As palavras dos pastores a respeito de Jesus pegaram-na de surpresa. Eles falavam das coisas maravilhosas comunicadas pelos anjos: o recém-nascido era o Salvador da humanidade, o Messias Senhor, motivo de grande alegria para todo o povo.
Maria “observava tudo, guardando no coração o que ouvia”. Ela registrava na memória os fatos presenciados, buscando seu sentido profundo, para além das aparências. Com a ajuda do Espírito, esforçava-se para interpretar tudo quanto dizia respeito a seu filho, cuja missão salvífica começava a se esboçar, desde o seu nascimento.
Portanto, a fé da Mãe de Deus foi pouco a pouco se consolidando. Embora “cheia de graça”, não deixou de se esforçar para captar cada pequeno sinal do desígnio de Deus para si e para seu filho. Não foi agraciada com conhecimentos excepcionais que lhe proporcionassem tranqüilidade em relação ao mistério que a envolvia. A sua foi uma exigente vida de fé.


Oração
Pai, dá-me a luz do teu Espírito, para que, como Maria, eu possa compreender o desígnio de amor que tens para mim, e ser-lhe fiel.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que levais à perfeição os vossos dons, concedei aos vossos filhos, na festa da Mãe de Deus, que, alegrando-se com as primícias da vossa graça, possam alcançar a sua plenitude. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Jesus Cristo ontem e hoje e por toda a eternidade (Hb 13,8).
Depois da comunhão
Ó Deus de bondade, cheios de júbilo, recebemos os sacramentos celestes; concedei que eles nos conduzam à vida eterna, a nós que proclamamos a virgem Maria mãe de Deus e mãe da Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (MARIA, MÃE DE DEUS)
Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe! 


Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido. 



Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém. 



Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores. 



O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos. 



Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal. 



A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.


Fonte: http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php

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