sexta-feira, 22 de junho de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / SEXTA-FEIRA DA 11a. SEMANA DO TEMPO COMUM







Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. Demos graças ao Senhor, porque eterno é seu amor!.
Salmo 94(95)
ouvir:  

Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras

  introdução
ouvir: 
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Reinais no mundo inteiro,
Jesus, ó sol divino;
deixamos nossos leitos,
cantando este hino.

Da noite na quietude,
do sono levantamos:
mostrando as nossas chagas,
remédio suplicamos.

Oh! quanto mal fizemos,
por Lúcifer levados:
que a glória da manhã
apague esses pecados!

E assim o vosso povo,
por vós iluminado,
jamais venha a tombar
nos laços do Malvado.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também;
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 Cristo, em nossos corações
infundi a caridade.
Nossos olhos chorem lágrimas
de ternura e piedade.

Para vós, Jesus piedoso,
nossa ardente prece erguemos.
Perdoai-nos, compassivo,
todo o mal que cometemos.

Pelo vosso santo corpo,
pela cruz, vosso sinal,
vosso povo, em toda parte,
defendei de todo o mal.

A vós, Cristo, Rei clemente,
e a Deus Pai, eterno Bem,
com o vosso Santo Espírito
honra e glória sempre. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus.

Salmo 68(69),2-22.30-37

O zelo pela vossa casa me devora
Deram vinho misturado com fel para Jesus beber (Mt 27,34).

I
2 Salvai-me, ó meu Deus, porque as águas *
até o meu pescoço já chegaram!
3 Na lama do abismo eu me afundo *
e não encontro um apoio para os pés.
– Nestas águas muito fundas vim cair, *
e as ondas já começam a cobrir-me!

4 À força de gritar, estou cansado; *
minha garganta já ficou enrouquecida.
– Os meus olhos já perderam sua luz, *
de tanto esperar pelo meu Deus!

5 Mais numerosos que os cabelos da cabeça, *
são aqueles que me odeiam sem motivo;
– meus inimigos são mais fortes do que eu; *
contra mim eles se voltam com mentiras!

– Por acaso poderei restituir *
alguma coisa que de outros não roubei?
6 Ó Senhor, vós conheceis minhas loucuras, *
e minha falta não se esconde a vossos olhos.

7 Por minha causa não deixeis desiludidos *
os que esperam sempre em vós, Deus do universo!
– Que eu não seja a decepção e a vergonha *
dos que vos buscam, Senhor Deus de Israel!

8 Por vossa causa é que sofri tantos insultos, *
e o meu rosto se cobriu de confusão;
9 eu me tornei como um estranho a meus irmãos, *
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.

10 Pois meu zelo e meu amor por vossa casa *
me devoram como fogo abrasador;
– e os insultos de infiéis que vos ultrajam *
recaíram todos eles sobre mim!

11 Se aflijo a minha alma com jejuns, *
fazem disso uma razão para insultar-me;
12 se me visto com sinais de penitência, *
eles fazem zombaria e me escarnecem!
13 Falam de mim os que se assentam junto às portas, *
sou motivo de canções, até de bêbados!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus.

Ant. 2 Deram-me fel como se fosse um alimento,
em minha sede ofereceram-me vinagre.


II
14 Por isso elevo para vós minha oração, *
neste tempo favorável, Senhor Deus!
– Respondei-me pelo vosso imenso amor, *
pela vossa salvação que nunca falha!

=15 Retirai-me deste lodo, pois me afundo! †
Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, *
e salvai-me destas águas tão profundas!
=16 Que as águas turbulentas não me arrastem, †
não me devorem violentos turbilhões, *
nem a cova feche a boca sobre mim!

17 Senhor, ouvi-me pois suave é vossa graça, *
ponde os olhos sobre mim com grande amor!
18 Não oculteis a vossa face ao vosso servo! *
Como eu sofro! Respondei-me bem depressa!
19 Aproximai-vos de minh’alma e libertai-me, *
apesar da multidão dos inimigos!

=20 Vós conheceis minha vergonha e meu opróbrio, †
minhas injúrias, minha grande humilhação; *
os que me afligem estão todos ante vós!
21 O insulto me partiu o coração; *
não suportei, desfaleci de tanta dor!

= Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, †
mas foi em vão, pois a ninguém pude encontrar; *
procurei quem me aliviasse e não achei!
22 Deram-me fel como se fosse um alimento, *
em minha sede ofereceram-me vinagre!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Deram-me fel como se fosse um alimento,
em minha sede ofereceram-me vinagre.

Ant. 3 Procurai o Senhor continuamente,
e o vosso coração reviverá.

 III
30 Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! *
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
31 Cantando eu louvarei o vosso nome *
e agradecido exultarei de alegria!
32 Isto será mais agradável ao Senhor, *
que o sacrifício de novilhos e de touros.

=33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: †
o vosso coração reviverá, *
se procurardes o Senhor continuamente!

34 Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, *
e não despreza o clamor de seus cativos.
35 Que céus e terra glorifiquem o Senhor *
com o mar e todo ser que neles vive!

=36 Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, †
reconstruindo as cidades de Judá, *
onde os pobres morarão, sendo seus donos.
=37 A descendência de seus servos há de herdá-las, †
e os que amam o santo nome do Senhor *
dentro delas fixarão sua morada!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Procurai o Senhor continuamente,
e o vosso coração reviverá.

V. O Senhor há de ensinar-nos seus caminhos.
R. E trilharemos, todos nós, suas veredas.

Primeira leitura
Do Livro dos Juízes 13,1-25

Anúncio do nascimento de Sansão
Naqueles dias: 1Os filhos de Israel tornaram a fazer o mal na presença do Senhor e ele
entregou-os nas mãos dos filisteus, durante quarenta anos.
2Ora, havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era
estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste
filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem
licor, de não comeres coisa alguma impura, 5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua
cabeça não será tocada por navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o
ventre materno, e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”.

6A mulher foi dizer ao seu marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto
era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me
revelou o seu nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em
diante, toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro,
pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia da sua
morte’”.

8Então Manué orou ao Senhor, dizendo: “Peço-te, Senhor, que o homem de Deus que
enviaste venha de novo e nos diga o que fazer com o menino que vai nascer”. 9Deus
escutou a oração de Manué, e o anjo do Senhor veio de novo encontrar-se com a
mulher, que se achava no campo. Porém Manué, seu marido, não estava com ela. 10A
mulher correu, depressa, a avisar seu marido, dizendo: “O homem que se encontrou
comigo outro dia apareceu-me de novo”. 11Manué levantou-se e seguiu sua mulher.
Chegando junto do homem, perguntou-lhe: “És tu o homem que falou com esta
mulher?” Ele respondeu: “Sou eu mesmo”. 12Manué perguntou: “Quando a tua palavra
se cumprir, de que maneira havemos de criar esse menino e o que devemos fazer por
ele?” 13O anjo do Senhor respondeu a Manué: “Abstenha-se tua mulher de tudo o que
lhe disse, 14não coma nada do que nascer da videira, não beba vinho nem licor, não
coma nada de impuro, em suma, faça tudo o que lhe prescrevi”.

15Manué disse ao anjo do Senhor: “Peço-te, fica conosco enquanto te vamos preparar
um cabrito”. 16O anjo do Senhor respondeu a Manué: “Mesmo que me faças ficar, não
provarei da tua comida. Mas, se queres fazer um holocausto, oferece-o ao Senhor”. Sem saber que se tratava do anjo do Senhor, 17Manué perguntou-lhe: “Qual é o teu nome, para que, quando tua palavra se cumprir, possamos te honrar?” 18E o anjo do Senhor lhe disse: “Por que perguntas o meu nome? Ele é misterioso!” 19Manué tomou o cabrito e a oblação e ofereceu sobre a rocha um sacrifício ao Senhor que faz maravilhas. Manué e sua mulher ficaram observando. 20Enquanto as chamas se elevavam de cima do altar para o céu, com as chamas do altar subiu também o anjo do Senhor. À vista disso, Manué e sua mulher caíram com o rosto em terra, 21e o anjo do Senhor não lhes apareceu mais. Manué compreendeu logo que era o anjo do Senhor, 22e disse à mulher: “Certamente vamos morrer, porque vimos a Deus”. 23Mas sua mulher lhe disse: “Se o Senhor nos quisesse matar, não teria aceito de nossas mãos o holocausto e a oblação; não nos teria deixado ver tudo isso que acabamos de ver nem ouvir o que ouvimos”.

24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor o
abençoou. 25O espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã, entre Saraá e
Estaol.

Responsório Lc 1,13b.15b; Jz 13,3a.5

R. Disse o anjo a Zacarias:
Isabel, a tua esposa, dar-te-á à luz um filho,
ao qual tu chamarás com o nome de João;
não haverá de beber vinho nem bebida inebriante;
ele há de ser cheio do Espírito Santo,
desde o seio materno,
* Pois será nazareu do Senhor.
V. O anjo do Senhor apareceu
à esposa de Manué e lhe falou:
Conceberás e darás à luz um filho;
não tocará em sua cabeça a navalha. * Pois será.

Segunda leitura
Do Tratado sobre a Oração do Senhor, de São Cipriano, bispo e mártir

(Nn.23-24: CSEL 3,284-285)
(Séc. III)

Nós, filhos de Deus, permaneçamos na paz de Deus
Cristo acrescentou claramente uma lei que nos obriga a determinada condição: que
peçamos a remissão das dívidas, se nós mesmos perdoarmos aos nossos devedores,
sabendo que não podemos alcançar o perdão pedido a não ser que façamos o mesmo em
relação aos que nos ofendem. Por esta razão, diz em outro lugar: Com a mesma medida
com que medirdes, sereis medidos. E aquele servo que, perdoado de toda a dívida por
seu senhor, mas não quis perdoar o companheiro, foi lançado ao cárcere. Por não ter
querido ser indulgente com o companheiro, perdeu a indulgência com que fora tratado
por seu senhor.

Cristo propõe o perdão com preceito mais forte e censura ainda mais vigorosa: Quando
fordes orar, perdoai se tendes algo contra outro, para que vosso Pai, que está nos céus,
vos perdoe os pecados. Se, porém, não perdoardes, também vosso Pai, que está nos
céus, não vos perdoará os pecados. Não te restará a menor desculpa no dia do juízo,
quando serás julgado de acordo com tua própria sentença e o que tiveres feito, o mesmo sofrerás.

Deus ordenou que sejamos pacíficos, concordes e unânimes em sua casa. Mandou que
sejamos tais como nos tornou pelo segundo nascimento; assim também ele nos quer
renascidos e perseverantes. Deste modo nós, filhos de Deus, permaneçamos na paz de
Deus e os que possuem um só Espírito tenham uma só alma e um só coração.

Deus não aceita o sacrifício do que vive em discórdia e ordena deixar o altar e ir
primeiro reconciliar-se com o irmão, para que, com preces pacíficas, possa Deus ser
aplacado. Maior serviço para Deus é a nossa paz e concórdia fraterna e o povo que foi
feito uno pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Nos sacrifícios que Abel e Caim foram os primeiros a oferecer, Deus não olhava os
dons, mas os corações, de forma que lhe agradava pelo dom aquele que lhe agradava
pelo coração. Abel, pacífico e justo, sacrificando com inocência a Deus, ensinou os
outros a depositar seus dons no altar com temor de Deus, simplicidade de coração,
empenho de justiça e de concórdia. Aquele que assim procedeu no sacrifício de Deus
tornou-se merecidamente sacrifício para Deus. Sendo o primeiro a dar a conhecer o
martírio, iniciou pela glória de seu sangue a paixão do Senhor, por ter mantido a justiça
e a paz do Senhor. Esses serão, no fim, coroados pelo Senhor; esses, no dia do juízo,
triunfarão com o Senhor.

Quanto aos discordantes, aos dissidentes, aos que não mantêm a paz com os irmãos,
mesmo que sejam mortos pelo nome de Cristo, não poderão, conforme o testemunho do
santo Apóstolo e da Sagrada Escritura, escapar do crime de desunião fraterna, pois está escrito: Quem odeia seu irmão é homicida. Não chega ao reino dos céus nem vive com Deus um homicida. Não pode estar com Cristo quem preferiu a imitação de Judas à de Cristo.

Responsório Ef 4,1.3.4b; Rm 15,5b.6a

R. Exorto-vos, pois, no Senhor,
que vivais dignamente, irmãos,
na vocação a que fostes chamados.
Solícitos sede em guardar
a unidade que vem do Espírito,
pelo laço da paz que nos une.
* É uma somente a esperança
da vocação a que fostes chamados.
V. Deus vos conceda o mesmo sentir,
para que, de um só coração
e unidos em uma só voz
possais dar honra e glória ao Senhor. É uma.

Oração

Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e, como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


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