quinta-feira, 21 de junho de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 21/06/12


Quinta-Feira, 21 de Junho de 2012

11a. Semana do Tempo Comum
São Luiz Gonzaga, Religioso

Leituras do Dia

1a. Leitura: Eclesiástico (Eclo) 48,1-15
Salmo responsorial (Sl) 96 (97)
Evangelho: Mateus (Mt) 6,7-15


Antífona da entrada: O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário (Sl 23,4.3).
Oração do dia
Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por seus méritos e preces, imita-lo na penitência, se não o seguimos na inocência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Eclesiástico 48,1-15)
Leitura do livro do Eclesiástico.

48 1 Suas palavras queimavam como uma tocha ardente. Elias, o profeta, levantou-se em breve como um fogo. 
2 Ele fez vir a fome sobre o povo (de Israel): foram reduzidos a um punhado por tê-lo irritado com sua inveja, pois não podiam suportar os preceitos do Senhor. 
3 Com a palavra do Senhor ele fechou o céu, e dele fez cair fogo por três vezes. 
4 Quão glorioso te tornaste, Elias, por teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu? 
5 Tu que fizeste sair um morto do seio da morte, e o arrancaste da região dos mortos pela palavra do Senhor; 
6 tu que lançaste os reis na ruína, que desfizeste sem dificuldade o seu poder, que fizeste cair de seu leito homens gloriosos. 
7 Tu que ouviste no Sinai o julgamento do Senhor, e no monte Horeb os decretos de sua vingança. 
8 Tu que sagraste reis para a penitência, e estabeleceste profetas para te sucederem. 
9 Tu que foste arrebatado num tubilhão de fogo, num carro puxado por cavalos ardentes. 
10 Tu que foste escolhido pelos decretos dos tempos para amenizar a cólera do Senhor, reconciliar os corações dos pais com os filhos, e restabelecer as tribos de Jacó. 
11 Bem-aventurados os que te conheceram, e foram honrados com a tua amizade! 
12 Pois, quanto a nós, só vivemos durante esta vida, e depois da morte, nem mesmo nosso nome nos sobreviverá. 
13 Elias foi então arrebatado em um turbilhão, mas seu espírito permaneceu em Eliseu. Nunca em sua vida teve Eliseu medo de um príncipe; ninguém o dominou pelo poder. 
14 Nada houve que o pudesse vencer: seu corpo, mesmo depois da morte, fez profecias. 
15 Durante a vaida fez prodígios, depois da morte fez milagres. 

Palavra do Senhor.


Salmo responsorial 96/97
Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Deus é rei! Exulte a terra de alegria,
e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu trono,
que se apóia na justiça e no direito.

Vai um fogo caminhando à sua frente
e devora ao redor seus inimigos.
Seus relâmpagos clareiam toda a terra;
toda a terra, ao contempla-los, estremece.

As montanhas se derretem como cera
ante a face do Senhor de toda a terra;
e assim proclama o céu sua justiça,
todos os povos podem ver a sua glória.

“Os que adoram as estátuas se envergonham
e os que põem a sua glória nos seus ídolos;
aos pés de Deus vêm se prostrar todos os deuses!”
Evangelho (Mateus 6,7-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

6 7 Disse Jesus: “Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. 
8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais. 
9 Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; 
10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 
11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 
12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; 
13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. 
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 
15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. 

Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
Como rezar
Jesus ensinou aos discípulos como rezar de maneira conveniente. E mostrou ser inútil querer convencer a Deus com um dilúvio de palavras e argumentações, no intuito de fazê-lo atender os pedidos a ele dirigidos. Este expediente esconde uma falsa concepção de Deus, reduzido ao tamanho dos seres humanos. A esses, sim, é possível convencer à custa de palavras. A Deus, não! O discípulo do Reino não pode cultivar esta imagem pagã da divindade. Ela não corresponde ao Pai de Jesus.


O discípulo foi ensinado a rezar, referindo ao Pai somente o essencial. Sua oração centra-se em torno do Reino. O discípulo pede que o senhorio do Pai se concretize na história humana em três níveis: o nome do Pai sendo santificado por todos, de forma a abolir toda espécie de idolatria; seu Reino e sua vontade permeando todas as relações humanas, ou seja, sua Lei se constituindo em princípio norteador de tudo. Além disso, o discípulo implora ao Pai para fazer o Reino acontecer na sua vida quotidiana. Como? Não faltando a ninguém o alimento necessário para a sobrevivência. Estabelecendo-se um clima de perdão e reconciliação entre todos, de modo a formarem uma verdadeira família. E não se deixando levar pelas solicitações do mal, ou seja, não perdendo de vista que só o Pai e seu Reino devem polarizar suas vidas. Não é preciso pedir mais.


Oração Senhor Jesus, ponha em minha boca as palavras verdadeiras com as quais devo me dirigir ao Pai e não me deixe cair num palavreado inútil.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a exemplo de são Luís Gonzaga, trazer sempre a veste nupcial ao tomar parte no vosso banquete, para que, participando deste sacramento, nos enriqueçamos com a vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Senhor deu ao seu povo o alimento do céu, e o homem se nutriu com o pão dos anjos (Sl 77,24s).
Depois da comunhão
Ó Deus, tendo-nos alimentado com o pão dos anjos, fazei que vos sirvamos por uma vida pura e dai-nos, à semelhança de são Luís Gonzaga, que hoje celebramos, permanecer continuamente em ação de graças. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO LUIZ GONZAGA)
Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia. 


Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja. 



Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes. 



Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado. 



Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade. 



Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo. 



O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.


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