LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
DEPOIS DA EPIFANIA
QUINTA
FREI GONÇALO DO AMARANTE
Dia 10 de janeiro
II Semana do Saltério
QUINTA-FEIRA APÓS A EPIFANIA DO SENHOR
II Semana do Saltério
II Semana do Saltério
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Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
Vendo os Magos a Criança,
vão abrindo seus tesouros
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.
e lhe fazem oferendas
de incenso, mirra e ouro.
Ó Menino, nos presentes,
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.
pelo Pai determinados,
reconheces sinais claros
do poder do teu Reinado.
Para o Rei é dado o ouro,
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.
para Deus, o incenso puro.
Mas a mirra prenuncia
do sepulcro o pó escuro.
Ó Belém, cidade única
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!
entre todas as nações,
tu geraste, feito homem,
o Autor da salvação!
Como provam os profetas,
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.
Deus, o Pai que nos criou,
enviou Jesus ao mundo,
Juiz e Rei o consagrou.
O seu reino abrange tudo:
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.
Oriente e Ocidente,
dia e noite, terra e mares,
fundo abismo e céu fulgente.
Glória a vós, ó Jesus Cristo,
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.
que às nações vos revelais,
com o Pai e o Santo Espírito
pelos séculos eternais.
Salmodia
Ant. 1 Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.
Salmo 43(44)
Calamidades do povo
Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!
(Rm 8,37).
I
–2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram, *
e contaram para nós, os nossos pais,
– as obras que operastes em seus dias, *
em seus dias e nos tempos de outrora:
=3 Expulsastes as nações com vossa mão, †
e plantastes nossos pais em seu lugar; *
para aumentá-los, abatestes outros povos.
–4 Não conquistaram essa terra pela espada, *
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;
– foi, porém, a vossa mão e vosso braço *
e o esplendor de vossa face e o vosso amor.
–5 Sois vós, o meu Senhor e o meu Rei, *
que destes as vitórias a Jacó;
–6 com vossa ajuda é que vencemos o inimigo, *
por vosso nome é que pisamos o agressor.
–7 Eu não pus a confiança no meu arco, *
a minha espada não me pôde libertar;
–8 mas fostes vós que nos livrastes do inimigo, *
e cobristes de vergonha o opressor.
–9 Em vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia, *
celebrando o vosso nome sem cessar.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.
Ant. 2 Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!
II
–10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes, *
já não saís com nossas tropas para a guerra!
–11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, *
os adversários nos pilharam à vontade.
–12 Como ovelhas nos levastes para o corte, *
e no meio das nações nos dispersastes.
–13 Vendestes vosso povo a preço baixo, *
e não lucrastes muita coisa com a venda!
–14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, *
zombaria e gozação dos que nos cercam;
–15 para os pagãos somos motivo de anedotas, *
zombam de nós a sacudir sua cabeça.
–16 À minha frente trago sempre esta desonra, *
e a vergonha se espalha no meu rosto,
–17 ante os gritos de insultos e blasfêmias *
do inimigo sequioso de vingança.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!
Ant. 3 Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!
II
–18 E tudo isso, sem vos termos esquecido *
e sem termos violado a Aliança;
–19 sem que o nosso coração voltasse atrás, *
nem se afastassem nossos pés de vossa estrada!
–20 Mas à cova dos chacais nos entregastes *
e com trevas pavorosas nos cobristes!
–21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus *
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
–22 Deus não teria, por acaso, percebido, *
ele que vê o interior dos corações?
–23 Por vossa causa nos massacram cada dia *
e nos levam como ovelha ao matadouro!
–24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? *
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
–25 Por que nos escondeis a vossa face *
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?
–26 Pois arrasada até o pó está noss’alma *
e ao chão está colado o nosso ventre.
– Levantai-vos, vinde logo em nosso auxílio, *
libertai-nos pela vossa compaixão!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!
V. Veio o Filho de Deus e nos deu o saber,
R. Para nós conhecermos o Deus verdadeiro.
Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 63,19–64,11
A salvação divina é implorada 63,19
Ah! se rompesses os céus e descesses! As montanhas se derreteriam diante de ti.
64,1 Como o fogo queima os gravetos e faz
ferver a água, assim faças conhecer teu nome aos teus inimigos: os
povos tremeriam diante de ti, 2 vendo-te operar maravilhas que não são
esperadas. Desceste, pois, e as montanhas se derreteram diante de ti. 3
Nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, jamais olhos
viram que um Deus, exceto tu, tenha feito tanto pelos que nele esperam. 4
Vens ao encontro de quem pratica a justiça com alegria, de quem se
lembra de ti em teus caminhos. Tu te irritaste porque nós pecamos;
é nos caminhos de outrora que seremos salvos. 5 Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento. 6 Não há quem invoque o teu nome, quem se levante para encontrar-se contigo, escondeste de nós tua face e nos entregaste à mercê da nossa maldade. 7 Assim mesmo, Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, nós todos, obra de tuas mãos. 8 Não te ires tanto, Senhor, não continues lembrando nossos pecados; eis-nos aqui: olha, o teu povo somos nós. 9 As cidades que santificaste tornaram-se um deserto, Sião ficou deserta, Jerusalém ficou devastada. 10 A casa de nossa santificação e honra, onde nossos pais te louvaram, foi consumida pelo fogo, tudo o que nos era tão caro converteu-se em ruínas. 11 Acaso ficas insensível a esses males? Não te manifestas, e nos castigarás assim tanto?
é nos caminhos de outrora que seremos salvos. 5 Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento. 6 Não há quem invoque o teu nome, quem se levante para encontrar-se contigo, escondeste de nós tua face e nos entregaste à mercê da nossa maldade. 7 Assim mesmo, Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, nós todos, obra de tuas mãos. 8 Não te ires tanto, Senhor, não continues lembrando nossos pecados; eis-nos aqui: olha, o teu povo somos nós. 9 As cidades que santificaste tornaram-se um deserto, Sião ficou deserta, Jerusalém ficou devastada. 10 A casa de nossa santificação e honra, onde nossos pais te louvaram, foi consumida pelo fogo, tudo o que nos era tão caro converteu-se em ruínas. 11 Acaso ficas insensível a esses males? Não te manifestas, e nos castigarás assim tanto?
Responsório Cf. Is 56,1; Mq 4,9; Is 43,3
R. Jerusalém, cidade santa, logo virá tua salvação;
por que te gastas em lamentos?
Pereceu teu conselheiro?
Por que a dor assim te aflige?
* Eu hei de te salvar e libertar: Não tenhas medo!
V. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, sou o Santo de Israel,
eu sou teu Redentor! * Eu hei.
por que te gastas em lamentos?
Pereceu teu conselheiro?
Por que a dor assim te aflige?
* Eu hei de te salvar e libertar: Não tenhas medo!
V. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, sou o Santo de Israel,
eu sou teu Redentor! * Eu hei.
Segunda leitura
Do Comentário sobre o Evangelho de São João, de São Cirilo de Alexandria, bispo
(Lib. 5, cap. 2: PG 73, 751-754)
(Séc. V)
(Séc. V)
A efusão do Espírito Santo sobre todos os homens
Tendo o Criador do universo decidido restaurar todas as coisas em Cristo, dentro da mais admirável e perfeita ordem, e restituir à natureza humana sua condição original, prometeu, junto com os outros dons que daria copiosamente, conceder o Espírito Santo. Pois, de outro modo o homem não poderia ser reintegrado na posse tranqüila e permanente desses dons.
Tendo o Criador do universo decidido restaurar todas as coisas em Cristo, dentro da mais admirável e perfeita ordem, e restituir à natureza humana sua condição original, prometeu, junto com os outros dons que daria copiosamente, conceder o Espírito Santo. Pois, de outro modo o homem não poderia ser reintegrado na posse tranqüila e permanente desses dons.
Determinou, portanto, o tempo em que o
Espírito Santo desceria sobre nós, isto é, o da vinda de Cristo,
prometendo com estas palavras: Naqueles dias, a saber, nos dias do
Salvador, derramarei meu Espírito sobre todo ser humano (Jl 3,1).
Quando esse tempo de imensa e
gratuita liberalidade trouxe ao mundo o Filho Unigênito encarnado, isto
é, como homem nascido de mulher, segundo a Sagrada Escritura, novamente
Deus Pai nos concedeu o seu Espírito, sendo Cristo o primeiro a
recebê-lo como primícias da natureza renovada. João Batista o
testemunhou dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu, e permanecer sobre
ele (Jo 1,32).
Afirma-se que Cristo recebeu o
Espírito enquanto homem e enquanto convinha ao homem recebê-lo; embora
seja Filho de Deus Pai e gerado de sua substância, mesmo antes da
encarnação, e mais ainda, antes de todos os séculos, não se ofende ao
ouvir Deus Pai declarar-lhe, depois que se fez homem: Tu és meu Filho, e
eu hoje te gerei (Sl 2,7).
O Pai diz que foi gerado hoje aquele
que antes dos séculos era Deus, gerado por ele, para receber-nos em
Cristo como filhos adotivos. Com efeito, toda a natureza humana se
encontra em Cristo enquanto homem. Assim o Pai dá ao Filho seu próprio
Espírito, a fim de que em Cristo também nós o recebamos. Por esse
motivo, Cristo veio em auxílio da descendência de Abraão, como está
escrito, e tornou-se em tudo semelhante a seus irmãos.
O Unigênito de Deus não recebeu o
Espírito Santo para si mesmo; com efeito, esse Espírito que é seu, nos é
dado nele e por ele, como já dissemos antes, pois, tendo-se feito
homem, tinha em si a totalidade da natureza humana, a fim de restaurá-la
toda e restituir-lhe a integridade original. Podemos ver assim – se
quisermos aplicar um reto raciocínio e os testemunhos da Escritura – que
Cristo não recebeu o Espírito Santo para si mesmo, mas para que o
recebêssemos nele; pois é também por ele que recebemos todos os bens.
Responsório Ez 37,27-28; Hb 8,8
R. Eu serei o seu Deus, serão eles meu povo:
* Quando o meu santuário estiver entre eles
e ficar para sempre,
saberão as nações que eu, o Senhor,
santifico Israel.
V. Eu hei de fazer uma nova Aliança com Judá e Israel. *Quando.
* Quando o meu santuário estiver entre eles
e ficar para sempre,
saberão as nações que eu, o Senhor,
santifico Israel.
V. Eu hei de fazer uma nova Aliança com Judá e Israel. *Quando.
Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a
aurora do vosso dia eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao
vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu Redentor e por ele
chegar à luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Demos graças a Deus.
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