LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
QUARTA-FEIRA
II Semana do Saltério
Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
Autor dos seres, Redentor dos tempos,
Juiz temível, Cristo, Rei dos reis,
nosso louvor, o nosso canto e prece,
clemente, acolhei.
Juiz temível, Cristo, Rei dos reis,
nosso louvor, o nosso canto e prece,
clemente, acolhei.
Sobe até vós no transcorrer da noite,
como oferenda, um jovial louvor.
Por vós aceito, traga a nós conforto,
da luz, ó Autor.
A honestidade alegre os nossos dias,
não haja morte e treva em nossa vida.
Em nossos atos, sempre a vossa glória
seja refletida!
Queimai em nós o coração e os rins
com a divina chama, o vosso amor.
Velemos, tendo em mãos acesas lâmpadas,
pois vem o Senhor.
Ó Salvador, a vós louvor e glória,
e a vosso Pai, Deus vivo, Sumo Bem.
Ao Santo Espírito o céu entoe hosanas
para sempre. Amém.
II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
Luz verdadeira, amor, piedade,
e alegria sem medida;
da morte, ó Cristo, nos salvastes!
Por vosso sangue temos vida.
O vosso amor nos corações,
nós vos pedimos, derramai;
dai-lhes da fé a luz eterna
e em caridade os confirmai.
De nós se afaste Satanás,
por vossas forças esmagado.
E venha a nós o Santo Espírito
do vosso trono o Enviado.
Louvor a Deus, eterno Pai,
e a vós seu Filho, Sumo Bem,
reinando unidos pelo Espírito
hoje e nos séculos. Amém.
Salmodia
Ant. 1 Nós sofremos no mais íntimo de nós,
esperando a redenção de nosso corpo.
Salmo 38(39)
Prece de um enfermo
A criação ficou sujeita à vaidade. por sua dependência daquele que a sujeitou; esperando ser
libertada (Rm 8,20).
I
–2 Disse comigo: “Vigiarei minhas palavras, *
a fim de não pecar com minha língua;
– haverei de pôr um freio em minha boca *
enquanto o ímpio estiver em minha frente”.
=3 Eu fiquei silencioso como um mudo, †
mas de nada me valeu o meu silêncio, *
pois minha dor recrudesceu ainda mais.
=4 Meu coração se abrasou dentro de mim, †
um fogo se ateou ao pensar nisso, *
5 e minha língua então falou desabafando:
= “Revelai-me, ó Senhor, qual o meu fim, †
qual é o número e a medida dos meus dias, *
para que eu veja quanto é frágil minha vida!
–6 De poucos palmos vós fizestes os meus dias; *
perante vós a minha vida é quase nada.
–7 O homem, mesmo em pé, é como um sopro, *
ele passa como a sombra que se esvai;
– ele se agita e se preocupa inutilmente, *
junta riquezas sem saber quem vai usá-las”.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Nós sofremos no mais íntimo de nós,
esperando a redenção de nosso corpo.
Ant. 2 Ó Senhor, prestai ouvidos à minha prece,
não fiqueis surdo aos lamentos do meu pranto!
II
–8 E agora, meu Senhor, que mais espero? *
Só em vós eu coloquei minha esperança!
–9 De todo meu pecado libertai-me; *
não me entregueis às zombarias dos estultos!
–10 Eu me calei e já não abro mais a boca, *
porque vós mesmo, ó Senhor, assim agistes.
–11 Afastai longe de mim vossos flagelos; *
desfaleço ao rigor de vossa mão!
=12 Punis o homem, corrigindo as suas faltas; †
como a traça, destruís sua beleza: *
todo homem não é mais do que um sopro.
=13 Ó Senhor, prestai ouvido à minha prece, †
escutai-me quando grito por socorro, *
não fiqueis surdo aos lamentos do meu pranto!
– Sou um hóspede somente em vossa casa, *
um peregrino como todos os meus pais.
–14 Desviai o vosso olhar, que eu tome alento, *
antes que parta e que deixe de existir!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Ó Senhor, prestai ouvidos à minha prece,
não fiqueis surdo aos lamentos do meu pranto!
Ant. 3 Eu confio na clemência do Senhor
agora e para sempre.
Salmo 51(52)
Contra a maldade do caluniador
Quem se gloria, glorie-se no Senhor (1Cor 1,31).
–3 Por que é que te glorias da maldade, *
ó injusto prepotente?
=4 Tu planejas emboscadas todo dia, †
tua língua é qual navalha afiada, *
fabricante de mentiras!
–5 Tu amas mais o mal do que o bem, *
mais a mentira que a verdade!
–6 Só gostas das palavras que destroem, *
ó língua enganadora!
–7 Por isso Deus vai destruir-te para sempre *
e expulsar-te de sua tenda;
– vai extirpar-te e arrancar tuas raízes *
da terra dos viventes!
–8 Os justos hão de vê-lo e temerão, *
e rindo dele vão dizer:
–9 “Eis o homem que não pôs no Senhor Deus *
seu refúgio e sua força,
– mas confiou na multidão de suas riquezas, *
subiu na vida por seus crimes!”
–10 Eu, porém, como oliveira verdejante *
na casa do Senhor,
– confio na clemência do meu Deus *
agora e para sempre!
–11 Louvarei a vossa graça eternamente, *
porque vós assim agistes;
– espero em vosso nome, porque é bom, *
perante os vossos santos!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Eu confio na clemência do Senhor
agora e para sempre.
V. No Senhor ponho a minha esperança,
R. Espero em sua palavra.
Primeira leitura
Do Livro da Sabedoria 6,1-25
A sabedoria deve ser amada
1 Escutai, ó reis, e compreendei.
Instruí-vos, governadores dos confins da terra!
2 Prestai atenção, vós que dominais as multidões
e vos orgulhais do número de vossos súditos.
3 Pois o poder vos foi dado pelo Senhor
e a soberania, pelo Altíssimo.
É ele quem examinará as vossas obras
e sondará as vossas intenções;
4 apesar de estardes ao serviço do seu reino,
não julgastes com retidão, nem observastes a Lei,
nem procedestes conforme a vontade de Deus.
5 Por isso, ele cairá de repente sobre vós, de modo terrível,
porque um julgamento implacável
será feito sobre os poderosos.
6 O pequeno pode ser perdoado por misericórdia,
mas os poderosos serão examinados com poder.
7 O Senhor de todos não recuará diante de ninguém
nem se deixará impressionar pela grandeza,
porque o pequeno e o grande, foi ele quem os fez,
e a sua providência é a mesma para com todos;
8 mas para os poderosos, o julgamento será severo.
9 A vós, pois, governantes, dirigem-se as minhas palavras,
para que aprendais a Sabedoria e não venhais a tropeçar.
10 Os que observam fielmente as coisas santas
serão justificados;
e os que as aprenderem
vão encontrar sua defesa.
11 Portanto, desejai ardentemente minhas palavras,
amai-as e sereis instruídos.
12 A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa.
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam,
e é encontrada por aqueles que a procuram.
13 Ela até se antecipa,
dando-se a conhecer aos que a desejam.
14 Quem por ela madruga não se cansará,
pois a encontrará sentada à sua porta.
15 Meditar sobre ela é a perfeição da prudência;
e quem ficar acordado por causa dela
em breve há de viver despreocupado.
16 Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem,
cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas
e vai ao seu encontro em todos os seus projetos.
17 O princípio mais genuíno da Sabedoria
é o desejo da instrução;
a preocupação pela instrução é amá-la,
18 e amá-la é observar suas leis,
e observar suas leis é garantia de imortalidade,
19 e a imortalidade faz estar junto de Deus;
20 assim, o desejo da Sabedoria conduz à realeza.
21 Chefes dos povos, se vos agradam tronos e cetros,
honrai a Sabedoria e reinareis para sempre.
22 Vou dizer-vos o que é a Sabedoria e qual a sua origem,
sem vos esconder os mistérios de Deus;
investigarei desde o início da sua criação,
farei conhecê-la claramente,
sem me afastar da verdade.
23 Não me deixarei acompanhar pela inveja que devora,
pois ela nada tem em comum com a Sabedoria.
24 Uma multidão de sábios é a salvação do mundo,
e um rei sábio, para o povo, é prosperidade.
25 Recebei, pois, a instrução por minhas palavras
e nelas encontrareis proveito.
Responsório Sb 7,13a.14a; 3,11a; 7,28
R. Estudei sabedoria e a aprendi com lealdade
e a reparto sem inveja.
* Porque ela é para os homens um tesouro inesgotável.
V. Infeliz é quem recusa a disciplina e o saber;
Deus não ama a quem não mora junto com a sabedoria.
* Porque ela.
Segunda leitura
Da Carta aos coríntios, de São Clemente I, papa
(Cap.30,3-4;34,2-35,5: Funk 1,99.103-105) (Séc.I)
Sigamos o caminho da verdade
Revistamo-nos de concórdia; e humildes e moderados, rejeitemos para longe toda murmuração e maledicência, justificando-nos não por palavras, mas por obras. Pois se disse: Quem fala muito, ouvirá por sua vez; ou acaso se julga justo o homem falador? (cf. Jó 11,2).
Cumpre-nos, portanto, estar prontos a fazer o bem; de Deus tudo procede. Pois ele nos predisse: Eis o Senhor, e sua recompensa está diante dele para dar a cada um segundo suas obras (cf. Ap 22,12). Por isso exorta-nos a nós que nele cremos de todo o coração, a não sermos preguiçosos e indolentes em toda obra boa. Nele nos gloriemos, nele confiemos. Submetamo-nos à sua vontade e, atentos, observemos a multidão dos anjos, como a seu redor cumprem sua vontade. A Escritura conta: Miríades de miríades assistiam-no e milhares de milhares o serviam e clamavam: Santo, santo, santo, Senhor dos exércitos; toda a criação está cheia de sua glória (Dn 7,10;Is 6,3).
Por conseguinte também nós, em consciência, congregados como um só na concórdia, com uma só voz clamemos sem descanso para nos tornarmos participantes de suas excelentes e gloriosas promessas: Os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, nem suspeitou o coração dos homens, quão grandes coisas preparou para os que o aguardam (cf. 1Cor 2,9).
Que preciosos e maravilhosos são, caríssimos, os dons de Deus! Vida na imortalidade, esplendor na justiça, verdade na liberdade, fé na confiança, temperança na santidade; e tudo isto nossa inteligência concebe. O que não será então o que se prepara para aqueles que o aguardam? O Santíssimo Artífice e Pai dos séculos é o único a conhecer a quantidade imensa e a beleza de tudo isso.
Assim, pois, a fim de participarmos dos dons prometidos, empreguemos todo o empenho em sermos contados no número dos que o esperam. E como se fará isto, diletos? Far-se-á, se pela fé nosso pensamento se estabilizar em Deus, se procurarmos com diligência aquilo que lhe é agradável e aceito, se fizermos tudo quanto se relaciona com sua vontade irrepreensível e seguirmos a via da verdade, rejeitando para longe de nós toda injustiça.
Responsório Sl 24(25),4-5.16
R. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
* Porque sois o Deus da minha salvação;
em vós espero, ó Senhor, todos os dias.
V. Voltai-vos para mim, tende piedade,
porque sou pobre, estou sozinho e infeliz.
* Porque sois.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
Fonte: http://liturgiadashoras.org/
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