quarta-feira, 24 de outubro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / QUARTA-FEIRA DA XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
QUARTA-FEIRA




I Semana do Saltério

Invitatório
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino 
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Criastes céu e terra,
a vós tudo obedece;
livrai a nossa mente
do sono que entorpece.

As culpas perdoai,
Senhor, vos suplicamos;
de pé, para louvar-vos,
o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas
erguemos para o templo:
mandou-nos o Profeta,
deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis
e até as que ocultamos;
a todas perdoai,
ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

A vós, honra e glória,
Senhor do saber,
que vedes o íntimo
profundo do ser,
e em fontes de graça
nos dais de beber.

As boas ovelhas
guardando, pastor,
buscais a perdida
nos montes da dor,
unindo-as nos prados
floridos do amor.

A ira do Rei
no dia final
não junte aos cabritos
o pobre mortal.
Juntai-o às ovelhas
no prado eternal.

A vós, Redentor,
Senhor, Sumo Bem,
louvores, vitória
e glória convém,
porque reinais sempre
nos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Eu vos amo, ó Senhor!Sois minha força! 

Salmo 17(18),2-30

Ação de graças pela salvação e pela vitória
Na mesma hora aconteceu um grande terremoto (Ap 11,13).

I

2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3 minha rocha, meu refúgio e Salvador!
= Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, †
Minha força e poderosa salvação, *
sois meu escudo e proteção: em vós espero!

4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *
e dos meus perseguidores serei salvo!
5 Ondas da morte me envolveram totalmente, *
e as torrentes da maldade me aterraram;
6 os laços do abismo me amararam *
e a própria morte me prendeu em suas redes.

7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia *
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
– de seu Templo ele escutou a minha voz, *
e chegou a seus ouvidos o meu grito.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força!

Ant. 2 O Senhor me libertou, porque me ama.

II

=8 A terra toda estremeceu e se abalou, †
os fundamentos das montanhas vacilaram *
e se agitaram, porque Deus estava irado.
=9 De seu nariz, fumaça em nuvens se elevou, †
da boca saiu fogo abrasador, *

dos seus lábios, carvões incandescentes.

10 Os céus ele abaixou e então desceu *
pousando em nuvens pretas os seus pés.
11 Um querubim o conduzia no seu vôo, *
sobre as asas do vento ele pairava. 

12 Das trevas fez um véu para envolver-se, *
escondeu-se em densas nuvens e água escura.
13 No clarão que procedia de seu rosto, *
carvões incandescentes se acendiam.

14 Trovejou dos altos céus o Senhor Deus, *
o Altíssimo fez ouvir a sua voz;
15 e, lançando as suas flechas, dissipou-os, *
dispersou-os com seus raios fulgurantes.

16 Até o fundo do oceano apareceu, *
e os fundamentos do universo foram vistos,
– ante as vossas ameaças, ó Senhor,*
e ao sopro abrasador de vossa ira.

17 Lá do alto ele estendeu a sua mão *
e das águas mais profundas retirou-me;
18 libertou-me do inimigo poderoso *
e de rivais muito mais fortes do que eu.

19 Assaltaram-me no dia da aflição, *
mas o Senhor foi para mim um protetor;
20 colocou-me num lugar bem espaçoso: *
o Senhor me libertou, porque me ama.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. 3 Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

III

21 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos,
22 pois nos caminhos do Senhor eu caminhei, *
e de meu Deus não me afastei por minhas culpas.

23 Tive sempre à minha frente os seus preceitos, *
e de mim não afastei sua justiça.
24 Diante dele tenho sido sempre reto *
e conservei-me bem distante do pecado.
25 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos.

26 Ó Senhor, vós sois fiel com o fiel, *
sois correto com o homem que é coreto;
27 sois sincero com aquele que é sincero, *
mas arguto com o homem astucioso.
28 Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde, *
mas os olhos dos soberbos humilhais.

29 Ó Senhor, fazeis brilhar a minha lâmpada; *
ó meu Deus, iluminais as minhas trevas.
30 Junto convosco eu enfrento os inimigos, *
com vossa ajuda eu transponho altas muralhas.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

V. E todos se admiravam das palavras
R. Cheias de graça que saíam de seus lábios.

Primeira leitura
Do Livro de Ester 4,17m-17kk

Oração da rainha Ester
Naqueles dias: 17mAnte a morte iminente, todo o Israel gritava a Deus com todas as suas forças.

17n A rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. 17oAbandonou as vestes suntuosas e vestiu-se com roupas de aflição e luto. Em vez de perfumes refinados, cobriu a cabeça com cinza e humilhou o seu corpo com inúmeros jejuns. 17pProstrou-se por terra desde a manhã até ao anoitecer, juntamente com suas servas, e disse:

17q “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor, 17r pois eu mesma me expus ao perigo. 17s Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que salvaste Noé das águas do dilúvio. 17t Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que entregaste nove reis a Abraão 17x Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que arrebataste Daniel da cova dos leões. 17y Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tiveste misericórdia de Ezequias, rei dos Judeus, quando, condenado a morrer, te implorou pela vida e lhe concedeste mais quinze anos de vida. 17z Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que concedeste um filho a Ana que o pedia com ardente desejo. 17a Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tu libertas, Senhor, até ao fim, todos os que te são caros. 17b Agora, pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha e não tenho mais ninguém senão a ti, Senhor meu Deus. 17c Tu sabes que tua serva detestou o leito dos incircuncisos,
17d que não comi à mesa das abominações nem bebi o vinho de suas libações. 17e Tu sabes que, desde a minha deportação, não tive alegria, Senhor, a não ser em ti. 17f Tu sabes, ó Deus, por que trago esta vestimenta sobre a minha cabeça, e que a abomino como um trapo imundo com apenas trezentos e dezoito homens. 17u Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que libertaste Jonas do ventre da baleia. 17v Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que livraste Ananias, Azarias e Misael da fornalha ardente. e não a trago nos meus dias de tranqüilidade. 17g Vem, pois, em auxílio de minha orfandade. Põe em meus lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. 17h E livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar. 17i Aos que querem apossar-se de tua herança, ó Deus, entrega-os à ruína. 17k Mostra-te, Senhor; ó Senhor, manifesta-te!”

Responsório Cf. Est 14,12.13.9(Vg); Jó 24,23(Vg)

R. Dai-me força, Rei dos deuses,
que o poder tendes na mão!
* Colocai na minha boca a palavra apropriada,
a palavra eloqüente.
V. Ó Senhor, dai-nos o tempo para a nossa conversão,
e os lábios não fecheis dos que cantam vossa glória.
* Colocai.

Segunda leitura
Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo

(Ep.130,12,22-13,24:CSEL44,65-68)         (Séc.V)

Nada encontrarás que não esteja contido
na oração do Senhor
Quem diz, por exemplo: Sê glorificado em todos os povos, assim como foste glorificado em
nós (Eclo 36,3) e: Sejam reconhecidos fiéis os teus profetas (Eclo 36,15), o que diz senão:
Santificado seja o teu nome?

Quem diz: Deus dos exércitos, converte-nos e mostra tua face e seremos salvos (Sl 79,4),  o que diz senão: Venha o teu reino?

Quem diz: Orienta meus caminhos segundo tua palavra e nenhuma iniqüidade me dominará (Sl 118,133), o que diz senão: Seja feita tua vontade assim na terra como no céu?

Quem diz: Não me dês indigência nem riquezas (Pr 30,8) o que diz senão: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje?

Quem diz: Lembra-te, Senhor, de Davi e de sua mansidão (Sl 131,1) ou Senhor, se assim agi, se há iniqüidade em minhas mãos, se paguei o bem com o mal (cf. Sl 7,14), o que diz senão: Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos a nossos devedores?

Quem diz: Arrebata-me de meus inimigos, ó Deus, e dos que se levantam contra mim liberta-me (Sl 58,2), o que diz senão: Livra-nos do mal?

E se percorreres todas as palavras das santas preces, em meu parecer, nada encontrarás  que não esteja contido nesta oração dominical ou que ela não encere. Por isto cada qual ao orar é livre de dizer estas ou aquelas palavras, mas não pode sentir-se livre de dizer coisa diferente.

Sem a menor dúvida, é isso que devemos pedir na oração, por nós, pelos nossos, pelos estranhos e até pelos inimigos; uma coisa para este,outra para aquele, conforme o parentesco mais próximo ou mais afastado, segundo brote ou inspire o sentimento no coração do orante.

Sabes, agora, assim penso, não apenas como rezar, mas o que rezar; não fui eu o mestre, mas aquele que se dignou ensinar-nos a todos nós.

A vida feliz, a ela temos de tender, temos de pedi-la ao Senhor Deus. O que seja ser feliz tem sido muito e por muitos discutido. Nós, porém, para que irmos atrás de muitos e de muitas coisas? Na Escritura de Deus, com toda a verdade e concisão, se diz: Feliz o povo que tem por Senhor o próprio Deus (Sl 143,15). Para sermos deste povo, chegar a contemplar a Deus e com ele viver sem fim, a meta do preceito é a caridade com um coração puro, consciência boa e fé sem hipocrisia (cf. 1Tm 1,5).

 Nestes três objetivos, a esperança corresponde à boa consciência. Portanto a fé, a  esperança e a caridade levam a Deus o orante, aquele que crê, que espera, que deseja e que presta atenção ao que pede ao Senhor na oração dominical.

Responsório Sl 101(102),2, cf. 18; 129(130),2b

R. Ouvi, Senhor e escutai minha oração
e chegue até vós o meu clamor.
* Ouvireis a oração dos oprimidos
e não desprezareis a sua prece.
V. Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece, ó Senhor.
* Ouvireis.

Oração

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

Fonte: http://liturgiadashoras.org/

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