sexta-feira, 19 de outubro de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / SEXTA-FEIRA DA XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM



LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
SEXTA-FEIRA





IV Semana do Saltério

Invitatório
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Ao som da voz do galo,
já foge a noite escura.
Ó Deus, ó luz da aurora,
nossa alma vos procura.

Enquanto as coisas dormem,
guardai-nos vigilantes,
brilhai aos nossos olhos
qual chama cintilante.

Do sono já despertos,
por graça imerecida,
de novo contemplamos
a luz, irmã da vida.

Ao Pai e ao Filho glória,
ao seu Amor também,
Deus Trino e Uno, luz
e vida eterna. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Criador do Universo
do Pai luz e resplendor,
revelai-nos vossa face
e livrai-nos do pavor.

Pelo Espírito repletos,
templos vivos do Senhor,
não se rendam nossas almas
aos ardis do tentador,

para que, durante a vida,
nas ações de cada dia,
pratiquemos vossa lei
com amor e alegria.

Glória a Cristo, Rei clemente,
e a Deus Pai, Eterno Bem,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos. Amém.
Salmodia

Ant. 1 Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Salmo 54(55),2-15.17-24

Oração depois da traição de um amigo
Jesus começou a sentir medo e angústia (Mc 14,33)

I
2 Ó meu Deus, escutai minha prece, *
não fujais desta minha oração!
 –3 Dignai-vos me ouvir, respondei-me: *
a angústia me faz delirar!

4 Ao clamor do inimigo estremeço, *
e ao grito dos ímpios eu tremo.
– Sobre mim muitos males derramam, *
contra mim furiosos investem.

5 Meu coração dentro em mim se angustia, *
e os terrores da morte me abatem;
 –6 o temor e o tremor me penetram, *
o pavor me envolve e deprime!

=7 É por isso que eu digo na angústia: †
 Quem me dera ter asas de pomba *
e voar para achar um descanso!
 –8 Fugiria, então, para longe, *
e me iria esconder no deserto.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Ant. 2 O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

II
– 9 Acharia depressa um refúgio *
contra o vento, a procela, o tufão.
 =10 Ó Senhor, confundi as más línguas; †
dispersai-as, porque na cidade *
só se vê violência e discórdia!

=11 Dia e noite circundam seus muros, †
 12 dentro dela há maldades e crimes, *
a injustiça, a opressão moram nela!
– Violência, imposturas e fraudes *
já não deixam suas ruas e praças.

13 Se o inimigo viesse insultar-me, *
poderia aceitar certamente;
– se contra mim investisse o inimigo, *
poderia, talvez, esconder-me.

14 Mas és tu, companheiro e amigo, *
tu, meu íntimo e meu familiar,
 –15 com quem tive agradável convívio *
com o povo, indo à casa de Deus!

Ant. O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 3 Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

III
17 Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto, *
e o Senhor me haverá de salvar!
18 Desde a tarde, à manhã, ao meio-dia, *
faço ouvir meu lamento e gemido.

19 O Senhor há de ouvir minha voz, *
libertando a minh’alma na paz,
 – derrotando os meus agressores, *
porque muitos estão contra mim!

20 Deus me ouve e haverá de humilhá-los, *
porque é Rei e Senhor desde sempre.
– Para os ímpios não há conversão, *
pois não temem a Deus, o Senhor.

21 Erguem a mão contra os próprios amigos, *
violando os seus compromissos;
22 sua boca está cheia de unção, *
mas o seu coração traz a guerra;
 – suas palavras mais brandas que o óleo, *
na verdade, porém, são punhais.

23 Lança sobre o Senhor teus cuidados, *
porque ele há de ser teu sustento,
 – e jamais ele irá permitir *
que o justo para sempre vacile!

24 Vós, porém, ó Senhor, os lançais *
no abismo e na cova da morte.
– Assassinos e homens de fraude *
não verão a metade da vida.
– Quanto a mim, ó Senhor, ao contrário: *
ponho em vós toda a minha esperança!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

V. Ó meu filho, fica atento ao meu saber,
R. Presta ouvidos à minha inteligência!

Primeira leitura
Início do Livro do Profeta Malaquias 1,1-14; 2,13-16

Profecia sobre os sacerdotes negligentes
e sobre o repúdio

1,1 Palavra do Senhor a Israel, por meio de Malaquias.

2 “Amei-vos, diz o Senhor, e dissestes: ‘De que modo nos amaste?’ Não era Jacó irmão de
Esaú? – diz o Senhor. 3Amei a Jacó e odiei a Esaú, transformei seus montes em solidão e
dei sua herança às feras do deserto. 4Se Edom disser: ‘Fomos destruídos,mas voltaremos, e
edificaremos o que foi destruído’, assim fala o Senhor dos exércitos: Eles edificarão e eu
destruirei; serão chamados ‘país da impiedade’ e ‘povo com quem o Senhor estará irado
para sempre’. 5E vossos olhos hão de ver, e vós haveis de dizer: ‘Deus é glorificado além
das fronteiras de Israel’.

O filho honra o pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é
devida? E, se eu sou senhor, onde está o temor devido? – diz o Senhor dos exércitos a vós,
sacerdotes, que desrespeitais o meu nome e ainda dizeis: ‘Em que desrespeitamos nós o teu
nome?’ 7Ofereceissobre o meu altar alimento impuro e ainda dizeis: ‘Em que te estamos
ofendendo com isso?’ E afirmais também: ‘A mesa do Senhor não tem importância. 8Se
ofereceis à imolação um animal cego, isto não é mau? E, se ofereceis um animal coxo,
doente, isto não é mau? Ofereça-o alguém a seu chefe. Irá ele ficar contente ou receber-te com favor? – diz o Senhor dos exércitos. 9Mas agora, suplicai diante de Deus, para que ele se compadeça de vós! Sendo isto iniciativa de vossa parte, não irá ele acolher-vos com
benevolência? – diz o Senhor dos exércitos. 10Quem é dentre vós, que fechará as portas
para não ter de acender sem necessidade o fogo do meu altar? Não tenho desejo de ficar
convosco, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferendas de vossas mãos. 11Desde o
nascer do sol até ao poente, grande é meu nome entre as nações, em todo lugar se oferece
um sacrifício e uma oblação pura ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as
nações, diz o Senhor dos exércitos. 12Vós, porém, o profanais no ato de dizerdes: ‘A mesa
do Senhor está contaminada, e sua comida não serve’. 13Dizeis: ‘Quanto trabalho para ela!’,
e assim vós a desprezais, diz o Senhor dos exércitos. Trazeis um animal roubado, manco e
doente, e o dais a mim de presente. Acaso vou aceitá-lo de vossas mãos? –diz o Senhor.
14Maldito o homem falso; possuindo no rebanho um animal perfeito, ele imola em voto ao
Senhor um defeituoso. Pois eu sou o grande Rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome
é temível entre as nações.

2,13 E fazeis mais ainda: cobris o altar do Senhor com lágrimas, pranto e gemidos, enquanto que eu já não olho mais para o vosso sacrifício nem recebo de vossas mãos nada que me aplaque; 14e vós dizeis: ‘Por qual motivo?’ Porque o Senhor é testemunha do que existe entre ti e tua esposa jovem, a quem foste infiel, tua companheira e esposa, por juramento. 15Não fez Deus uma união entre carne e espírito? A que visa a união, senão obter de Deus a semente? Respeitai, portanto, o vosso espírito;e tu não sejas infiel à tua esposa jovem. 16Se alguém, por ódio, a repudiar, diz o Senhor, Deus de Israel, terá suas vestes cobertas de iniqüidade, diz o Senhor dos exércitos. Respeitai o vosso espírito e não sejais infiéis”.

Responsório Ml 2,5.6a; Sl 109(110),4

R. A Aliança que eu fiz com Levi
foi um pacto de vida e de paz;
para que ele a mim respeitasse
e, de fato, temeu o meu nome.
* Houve a lei da verdade em sua boca,
a injustiça não houve em seus lábios.
V. Jurou o Senhor e manterá sua palavra:
Tu és sacerdote eternamente,
segundo a ordem do rei Melquisedec. * Houve a lei.

Segunda leitura
Dos livros sobre a Cidade de Deus, de Santo Agostinho, bispo

(Lib. 10,6: CCL 47,278-279)      (Séc.V)

Em toda parte se sacrifica e se oferece a meu nome uma oblação pura

Toda obra que realizamos em vista de aderir a Deus em santa sociedade, isto é, relacionada com a finalidade do bem pelo qual poderemos ser verdadeiramente felizes, é verdadeiro sacrifício. Donde se segue que a própria misericórdia, que vai em auxílio de outrem, caso não se faça por causa de Deus, não é sacrifício. Pois embora feito ou oferecido por homens, o sacrifício é uma realidade divina, nome que até mesmo os antigos latinos lhe davam. Por isto o homem de Deus, o próprio homem consagrado em nome de Deus e a Deus dedicado, enquanto morre para o mundo, a fim de viver para Deus, é um sacrifício. Com efeito, também isto é uma forma de misericórdia, exercida para com a própria pessoa. Por esta razão se escreveu: Tem compaixão de tua alma, fazendo por agradar a Deus (Eclo 30,24 Vulg.).

São verdadeiros sacrifícios as obras de misericórdia para conosco mesmos ou com o
próximo feitas por causa de Deus. E a finalidade das obras de misericórdia está em sermos libertos da miséria e com isso felizes. O que não acontece a não ser por aquele bem de que se fala: Para mim o bem é aderir a Deus (Sl 72,28). Disto claramente se segue que a inteira cidade redimida, isto é, a sociedade dos santos, se oferece a Deus como um sacrifício universal, por mãos do magno sacerdote. Aquele mesmo que se ofereceu a si mesmo por nós na paixão, segundo a forma de servo, a fim de sermos membros desta preciosa cabeça. Esta paixão ele a ofereceu, nela foi oferecido porque por ela é mediador, nela, sacerdote, nela é sacrifício.

O Apóstolo, com efeito, nos exorta a entregar nossos corpos como hóstia viva, santa,
agradável a Deus, com obediência inteligente (cf. Rm 12,1) e a não sermos conformes a
este mundo, mas transformados pela renovação de nosso espírito. E a experimentar qual
seja a vontade de Deus, o que é bom, aceitável e perfeito. Todo este sacrifício somos nós.
Assim diz: Pela graça de Deus que me foi dada digo a todos vós: não vos estimeis acima
do que convém, mas estimai-vos na justa medida, consoante a fé que Deus vos deu. Porque
assim como em um só corpo temos muitos membros, porém, nem todos os membros têm a
mesma função, assim também, muitos, somos um só corpo em Cristo. Sendo cada um por
sua parte membros uns dos outros, possuidores de dons diferentes, segundo a graça que
nos foi dada (Rm 12,3-6).

É este o sacrifício dos cristãos: embora muitos, somos um só corpo em Cristo (1Cor 10,17).
É o que a Igreja celebra pelo sacramento do altar, manifestado aos fiéis. Aí se demonstra
que, naquilo mesmo que oferece, ela própria se oferece.

Responsório Mq 6,6a.8; Dt 10,14.12a

R. Qual será a oferta digna que ao Senhor posso levar?
Ó homem, vou mostrar-te o que é que te convém,
o que Deus pede de ti:
* Que pratiques a justiça, diante do teu Deus.
V. Pertencem ao Senhor a terra e o céu
e tudo o que há neles;
e agora, ó Israel, o que te pede o Senhor Deus?
* Que pratiques.

Oração

Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
 V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Fonte: http://liturgiadashoras.org/

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