I Semana do Saltério
Ofício das Leituras
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V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
Cantemos todos este dia,
no qual o mundo começou,
no qual o Cristo ressurgido
da morte eterna nos salvou.
Já o profeta aconselhava
buscar de noite o Deus da luz.
Deixando pois o nosso sono,
vimos em busca de Jesus.
Que ele ouça agora a nossa prece,
tome a ovelhinha em sua mão,
leve o rebanho pela estrada
que nos conduz à salvação.
Eis que o esperamos vigilantes,
cantando à noite o seu louvor:
vem de repente como esposo,
como o ladrão, como o senhor.
Ao Pai eterno demos glória,
ao Unigênito também;
a mesma honra eternamente
ao seu Espírito convém.
II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
Santo entre todos, já fulgura
o dia oitavo, resplendente,
que consagrais em vós, ó Cristo,
vós, o primeiro dos viventes.
Às nossas almas, por primeiro,
vinde trazer ressurreição,
e da segunda morte livres,
os nossos corpos surgirão.
Ao vosso encontro, sobre as nuvens,
em breve, ó Cristo, nós iremos.
Ressurreição e vida nova,
convosco sempre viveremos.
Dai-nos, à luz da vossa face,
participar da divindade,
vos conhecendo como sois,
Luz, verdadeira suavidade.
Por vós entregues a Deus Pai,
que seu Espírito nos dá,
à perfeição da caridade
o Trino Deus nos levará.
Salmodia
Ant. 1 A árvore da vida, ó Senhor, é a vossa cruz.
Salmo 1
Os dois caminhos do homem
Felizes aqueles que, pondo toda a sua esperança na Cruz,
desceram até a água do batismo (Autor do séc. I).
–1 Feliz é todo aquele que não anda *
conforme os conselhos dos perversos;
– que não entra no caminho dos malvados, *
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
–2 mas encontra seu prazer na lei de Deus *
e a medita, dia e noite, sem cessar.
–3 Eis que ele é semelhante a uma árvore *
que à beira da torrente está plantada;
= ela sempre dá seus frutos a seu tempo, †
e jamais as suas folhas vão murchar. *
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar,
=4 mas bem outra é a sorte dos perversos. †
Ao contrário, são iguais à palha seca *
espalhada e dispersada pelo vento.
–5 Por isso os ímpios não resistem no juízo *
nem os perversos, na assembléia dos fiéis.
–6 Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, *
mas a estrada dos malvados leva à morte.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. A árvore da vida, ó Senhor, é a vossa cruz.
Ant. 2 Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei.
Salmo 2
O Messias, rei e vencedor
Uniram-se contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste (At 4,27).
–1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vãos?
=2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, †
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?
–3 “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu domínio!”
–4 Ri-se deles o que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
–5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:
–6 “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
=7 O decreto do Senhor promulgarei, †
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!
=8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei †
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
–9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!”
–10 E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta lição:
–11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com respeito!
–12 Se o irritais, perecereis pelo caminho, *
pois depressa se acende a sua ira!
– Felizes hão de ser todos aqueles *
que põem sua esperança no Senhor!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei.
Ant. 3 Sois vós o meu escudo protetor,
a minha glória que levanta minha cabeça.
Salmo 3
O Senhor é o meu protetor
Jesus adormeceu e ergueu-se do sono da morte, porque o Senhor era o seu protetor (Sto.
Irineu).
–2 Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam; *
quanta gente se levanta contra mim!
–3 Muitos dizem, comentando a meu respeito: *
“Ele não acha a salvação junto de Deus!”
–4 Mas sois vós o meu escudo protetor, *
a minha glória que levanta minha cabeça!
–5 Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, *
do Monte santo ele me ouviu e respondeu.
–6 Eu me deito e adormeço bem tranqüilo; *
acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento.
–7 Não terei medo de milhares que me cerquem *
e furiosos se levantem contra mim.
= Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me! †
8 Vós que feristes em seu rosto os que me atacam, *
e quebrastes aos malvados os seus dentes.
–9 Em vós, Senhor, nós encontramos salvação; *
e repouse a vossa bênção sobre o povo!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Sois vós o meu escudo protetor,
a minha glória que levanta minha cabeça.
V. A palavra do Senhor plenamente habite em vós.
R. Exortai-vos uns aos outros com total sabedoria.
Primeira leitura
Início do Livro de Ester 1,1-3.9-13.15-16.19;
2,5-10.16-17
Repúdio de Vasti e escolha de Ester
1,1 Eis o que aconteceu no tempo de Assuero, que reinou desde a Índia até à Etiópia sobre cento e vinte e sete províncias. 2Quando o rei Assuero ocupava o trono real, na cidadela de Susa, 3no terceiro ano do seu reinado, deu um grande banquete a todos os seus cortesãos e servos, reunindo na sua presença os chefes dos exércitos dos persas e dos medos, os príncipes e os governantes das províncias.
9 Também a rainha Vasti ofereceu um banquete para as mulheres do palácio real do rei Assuero.
10 No sétimo dia, estando já alegre o coração do rei por causa do vinho, ele ordenou a Maumã, Bazata, Harbona, Bagata, Abgata, Zetar e Carcas, os sete eunucos que serviam diante do rei Assuero, 11que trouxessem à sua presença a rainha Vasti, com o diadema real,
para mostrar a todos os povos e aos príncipes a sua beleza, pois era muito formosa. 12 Mas a rainha Vasti recusou-se a cumprir a ordem do rei transmitida pelos eunucos. O rei
enfureceu-se e a sua cólera se inflamou. 13E ele consultou os sábios versados na ciência dos tempos, pois toda a questão real devia ser apresentada aos especialistas da lei e do direito. 15E o rei perguntou-lhes: “Segundo a lei, o que se deve fazer com a rainha Vasti por não ter cumprido a ordem do rei Assuero transmitida pelos eunucos?”
16 Diante do rei e dos príncipes, Mamucã respondeu: “A rainha Vasti não só ofendeu o rei,
mas também a todos os príncipes e povos das províncias do rei Assuero. 19Se o rei achar bem, publique-se em seu nome um decreto real, que será inscrito nas leis da Pérsia e da Média e não poderá ser revogado: Que Vasti não compareça mais diante do rei Assuero, e o rei dê o título de rainha a outra melhor do que ela”.
2,5 Havia na cidadela de Susa um Judeu chamado Mardoqueu, filho de Jair, filho de Semei, filho de Cis, da tribo de Benjamim, 6que tinha sido deportado de Jerusalém entre os cativos levados com Jeconias, rei de Judá, por Nabucodonosor, rei da Babilônia. 7Ele criara Edisa, isto é, Ester, filha de seu tio, órfã de pai e mãe. Era uma jovem de belo porte e rosto muito gracioso, e, depois que perdeu pai e mãe, Mardoqueu adotara-a como filha.
8 Logo que foi proclamado o decreto do rei, e segundo sua ordem, numerosas jovens foram reunidas em Susa, sob os cuidados de Egeu. Também Ester foi levada à casa do rei e confiada a Egeu, guardião das mulheres. 9A jovem agradou-lhe e achou graça a seus olhos. Ele apressou-se em dar-lhe o necessário para os adornos e a subsistência, e sete jovens belíssimas da casa do rei; depois, transferiu-a, com as companheiras, para o melhor aposento da casa das mulheres. 10Ester não tinha revelado sua raça nem sua família, porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que nada dissesse sobre isso. 16Ester foi conduzida ao aposento do rei Assuero, no décimo mês, que é Tebet, no sétimo ano do seu reinado. 17O rei amou-a mais que a todas as outras mulheres, e ela conquistou sua simpatia e seu favor mais que nenhuma outra donzela. E ele colocou sobre a sua cabeça o diadema real, e a fez rainha no lugar de Vasti.
Responsório Sl 112(113),5-8a; Lc 1,51b-52
R. Quem pode comparar-se ao nosso Deus,
ao Senhor que no alto céu tem o seu trono
e se inclina para olhar o céu e a terra?
* Levanta da poeira o indigente
e do lixo ele retira o pobrezinho,
para fazê-lo assentar-se entre os nobres.
V. Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos;
derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou. * Levanta.
Segunda leitura
Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo
(Ep.130,8.15.17-9,18: CSEL 44,56-57.59-60)
(Séc.V)
Na oração exercita-se a nossa vontade
Por que nos dispersamos entre muitas coisas e, temendo rezar de modo pouco conveniente, indagamos o que pedir, em vez de dizer com o salmo: Uma só coisa pedi ao Senhor, a ela busco: habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para contemplar as delícias
do Senhor e visitar seu templo? (Sl 26,4). Pois ali os dias não vêm e vão, o fim de um não é
o princípio de outro. Todos ao mesmo tempo não têm fim, ali onde nem a própria vida, a que pertencem estes dias, tem fim.
Para alcançarmos esta vida feliz, a verdadeira Vida nos ensinou a orar. Não com multiplicidade de palavras, como se quanto mais loquazes fôssemos, mais nos atenderia. Mas rogamos àquele que conhece, conforme suas mesmas palavras, aquilo que nos é necessário, antes mesmo de lhe pedirmos (cf. Mt 6,7-8).
Pode alguém estranhar por que motivo assim dispôs quem já de antemão conhece nossa necessidade. Temos de entender que o intuito de nosso Senhor e Deus não é ser informado sobre nossa vontade, que não pode ignorar. Mas despertar pelas orações nosso desejo, o que nos tornará capazes de conter aquilo que se prepara para nos dar. Iso é imensamente grande, mas nós somos pequenos e estreitos demais para recebê-lo. Por isto, nos é dito: Dilatai-vos; não aceiteis levar o jugo com os infiéis (2Cor 6,13-14).
Isso é tão imensamente grande que os olhos não o viram, porque não é cor; nem os ouvidos ouviram, porque não é som; nem subiu ao coração do homem (cf. 1Cor 2,9), já que o coração do homem deve subir para lá. Iso nós o recebemos com tanto maior capacidade quanto mais fielmente cremos, com mais firmeza esperamos, mais ardentemente desejamos.
Por conseguinte, nesta fé, esperança e caridade, sempre oramos pelo desejo incessante. Contudo, em certas horas e tempos também rezamos a Deus com palavras, para nos exortar a nós mesmos, mediante seus símbolos, e avaliar nosso progresso neste desejo e a nos estimular com maior veemência a aumentá-lo. Pois tanto mais digno resultará o efeito, quanto mais fervoroso preceder o afeto.
É também por isso que diz o Apóstolo: Orai sem cessar! (1Ts 5,17). O que isso pode significar a não ser: desejai sem cessar a vida feliz, a eterna, e nenhuma outra, recebida daquele que é o único que a pode dar?
Responsório Jr 29,13.12b.11b
R. Vós me procurareis e me achareis,
se de todo o coração me procurardes.
* A mim invocareis e atenderei.
V. Meus pensamentos são de paz, não de aflição,
para dar-vos um futuro de esperança. * A mim.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
Fonte: http://liturgiadashoras.org/
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