sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FORMAÇÃO - FESTA DA DEDICAÇÃO DAS BASÍLICAS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO



FESTA DA DEDICAÇÃO DAS BASÍLICAS DE
SÃO PEDRO E SÃO PAULO




Contexto histórico

Em 323 o imperador Constantino começou a construir a basílica de São Pedro, atendendo a apelos de sua mãe, Santa Helena. Ela foi construida no local onde São Pedro foi sepultado. Durante dois séculos foi preservada sua concepção original. Depois a construção foi se deteriorando.

As grandes basilicas foram construidas no periodo que vai de Constantino a Justiniano. A Basílica de São Paulo extra-muros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fora dos muros, extra-muro.

A dedicação da basilica de São Pedro foi feita pelo papa Silvestre, cujo pontificado ocorreu de 314 a 335. A basilica de São Paulo foi dedicada pelo papa Siricio, que pontificou de 384 a 399.

A Festa


Hoje celebramos a Dedicação dessas duas basílicas.

A atual Basilica de São Pedro em Roma foi consagrada pelo Papa Urbano VIII em 18 de novembro de 1626, aniversário da consagração da Basílica antiga. Sua construção durou 170 anos, sob a direção de 20 Papas. Está construida na colina do Vaticano sobre o túmulo de São Pedro, que neste monte fooi martirizado, cruxificado de cabeça para baixo e ali mesmo sepultado. O Imperador Constantino contruiu ali a primeira basílica em 323. Essa Igreja permaneceu sem modificação durante séculos. Junto a ela foram sendo construidos os edificios que pertenciam aos Sumos Pontifices, que a foram embelezando.

Logo depois do desterro em que os Papas foram mantidos em Avignon, o Papa começou a viver junto à Basílica de São Pedro (até então viveram no Palácio junto à Basílica de Latrão). Desde esse tempo tornou-se a Basílica mais conhecida em todo o mundo. Não há outro templo no mundo que se iguale a ele em extensão.Sua beleza é impressionante. Nela trabalharam artistas como Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini

Hoje recordamos também a Consagração da Basílica de São Paulo, que está do outro lado de Roma, a 11 km de São Pedro, num local chamado “as três fontes”, porque a tradição conta que ali foi cortada a cabeça de São Paulo, que ao cair, bateu três vezes no solo, brotando em cada um desses lugares uma fonte (e ali estão as três fontes).

A antiga Basílica de São Paulo foi construida pelo Papa São Leão Magno e pelo Imperador Teodosio. Em 1823 foi destruida por um incendio. Com esmolas de todo o mundo foi construida a nova, sobre o modelo da antiga, maior e mais bela, que foi consagrada pelo Papa Pio IX em 1854. Nos trabalhos de reconstrução encontrou-se um sepulcro muito antigo (anterior ao sec. IV), com esta inscrição: “Paulo, Apóstolo e Mártir”.

Estas Basílicas nos recordam como foram generosos os católicos de todos os tempos para que nossas igrejas fossem as mais belas. E o zelo que devemos ter pela casa de Deus.

BASÍLICA DE SÃO PEDRO


A Basílica de São Pedro (em latim Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano, tratando-se da maior das igrejas do cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados. Cobre um área de 23000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 340 estátuas de santos, mártires e anjos. Situada na Praça de São Pedro, sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.

Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste local. Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edifício sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período artístico.

A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as outras a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais são realizadas na Basílica de São Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a localização privilegiada no Vaticano.

O Túmulo de São Pedro

Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro “Petrus” em latim e “Petros”, em grego, decorrente de “Petra”, que significa “pedra” ou “rocha” em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.

Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao longo deste sítio.

A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de grafites com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa “Pedro está aqui”.

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.

Praça de São Pedro


Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o Obelisco do Vaticano, como é chamado atualmente, anteriormente situado no Circo de Nero e de 40 metros de altura. Fontana planejou a colocação do obelisco sob as ordens do Papa Sisto V. O episódio da colocação teve lugar em 28 de setembro de 1586 e quase terminou em tragédia devido ao peso do obelisco.

BASÍLICA DE SÃO PAULO EXTRAMUROS


A Basílica de São Paulo Extramuros, (it.: Basilica di San Paolo fuori le mura) ou Basílica de São Paulo Fora de Muros é, em dimensões, a segunda maior basílica católica de Roma, só superada pela Basílica de São Pedro na Cidade do Vaticano. É uma das quatro basílicas patriarcais.

O Arcebispo Francesco Monterisi, Núncio Apostólico Emérito da Itália, é o atual Arcipreste da basílica, nomeado em 2009, pelo Papa Bento XVI.

A Basílica de São Paulo Extramuros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le mura (fora do muros, extra-muro).

No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do santo se encontra debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa.

A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino.

A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana mas são propriedades da Santa Sé.

Túmulo de São Paulo

Desde 2002 foram efectuadas escavações arqueológicas na basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica.

O túmulo – que já em 390 se acreditava ser de São Paulo – tem inscrita a frase “PAULO APOSTOLO MART” (Paulo, apóstolo mártir), apresenta uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um sobre o outro.

A sepultura do apóstolo deverá ser exposta na Basílica. O Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.

O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que “isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos restos mortais do Apóstolo Paulo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário