Pe. Zezinho, SCJ O principal catequista musical do Brasil |
PAIS PEDAGOGOS
Se se pode falar que Deus tem um sonho, Jesus o expressou: foi o sonho da unidade. “Que todos sejam um assim como nós.( Jo 17,11) Como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. (João 17 : 21)
E foi ele mesmo quem deixou os fundamentos da santa pedagogia da unidade, mistério que jamais entenderemos. Nunca seremos um, como Pai e Filho e Espírito Santo o são, mas poderemos ser uma família, uma comunidade, uma igreja em permanente busca de unidade.
A pedagogia do diálogo é uma das mais acendradas formas de santidade. Santo que é santo, dialoga, fala e deixa falar, como Jesus o fez. Santo que é santo inclui o outro! Abandone-se o diálogo e a família, a igreja, a sociedade implodem. Pratique-se e as chances de paz e de sucesso aumentarão. Se um dos membros se negar a dialogar o peso recairá sobre ele. Os demais crescerão.
CATEQUESE DO DIÁLOGO
Diálogo é a capacidade de ver as coisas também a partir o ponto e vista do outro. É buscar o “logos”, a essência com e através da busca do outro. Amor é diálogo: se não for, deixa de ser amor. Sexo é diálogo: se não for, perde o seu sentido fundamental. Família é diálogo: não o sendo, esfacela-se. O diálogo existe porque o outro existe. O outro deveria nascer do diálogo. Se não foi, encontre-se no perdão e em outros corações que o acolheram. Mas sem o “diá” e o “logos” perde-se o sentido de pessoa.
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Por isso uma das primeiras catequeses de uma família, ainda que não a única, é a catequese do diálogo. Entrei na vida de um outro, de uma outra, ornamo-nos um significativo “nós”, criamos outros e somos chamados a viver com os outros, pelos outros, nos outros: em diálogo.
Quero saber como ele vê a vida, como sente, quais são as suas relações e suas reações, até porque família é uma seqüência de laços e relações e de reações.
Educar para relações e reações é o começo da transmissão da fé. Deus fez e faz isso conosco. Relacionou-se, relaciona e vai ensinando, por sinais e pelos profetas, dois dos quais são o pai e a mãe, como devemos reagir às relações dele e do mundo.
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INDIVIDUALIDADE E INDIVIDUALISMO
Num mundo que exagera na cultura do indivíduo e do seu projeto pessoal, canoniza o monólogo, isto é: salienta seu desmesurado “eu” e fustiga o “nós”, porque o nós aparentemente seqüestra e frustra a as individualidades; num mundo que, no dizer de Jean Baudrillard torna tudo fractal, excrescente, fraccionado, sem a visão de conjunto e a mística do junto, neste mundo sua família pretende ser um dos desafios!
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Vocês acreditam na mística e na pedagogia do diálogo e da unidade, tanto que todos os dias se persignam em nome do Deus que é um só, mas é Pai, Filho e Espírito Santo. Começam e terminam tudo em nome do Deus que dialoga.
Vocês são uma família católica e, como tal, sabem que para vocês nem tudo que é permitido convém (1 Cor 6,12) e, pura e simplesmente, nem tudo lhes é permitido porque são católicos. A mim, nem tudo é permitido porque sou sacerdote católico. A vocês nem tudo é permitido porque são casados na Igreja.
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CATOLICISMO EXIGENTE
O mundo e outras religiões ou igrejas permitem conceitos e atitudes que a Igreja Católica não permite. Direito deles, direito nosso! A firme defesa da unidade, da indissolubilidade do vínculo contraído diante do altar, do direito à vida do feto nascido de um desses encontros de unidade, e outras posturas da Igreja têm levado muita gente para fora de nossos templos. Mudam de religião porque a nossa lhes proíbe o que outras permitem.
Mas tudo isso nasce da pedagogia da unidade. Católico que entendeu a catequese da sua igreja, por mais difícil que seja viver a dois, mergulha de cheio no “para sempre” do matrimônio. Impossível? Milhões conseguiram e conseguem, com a graça do céu e com a visão serena do EU e do TU!
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Faz quatro anos que tenho levado a estádios, vídeo, televisão o show “Melhores Filhos, Melhores Pais”. É meu jeito de lembrar aos católicos ou irmãos de outras igrejas que uma das funções precípuas de uma igreja cristã é aprimorar o amor em família. Não há antídoto mais eficaz contra um mundo besuntado de egocentrismo, sexo, violência e droga do que uma família-escola, pais-pedagogos, e filhos educados na disciplina e com liberdade.
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FAMíLIA SITUADA
Escrevi também um livro “Da família sitiada à família situada.” Não o cito como propaganda, mas para lembrar que há valores dos quais um católico não abre mão. Criou família sólida o casal que situou sua família e não permitiu que ela seja encurralada ou sitiada pelas ideologias ou correntes contrárias do mundo.
Nós temos um pensamento e nem sempre ele coincide com os pensamentos do mundo. O casal desafiado acha a saída na hora difícil e sabe quando dizer sim e quando dizer não a quem pretende um pedaço dela. Se for preciso, ele desafia o mundo com seus valores de católico.
Não receberemos aplauso por nossa defesa da vida, do feto, do vínculo, do ancião, do sexo dentro do contexto familiar, mas o mundo que não aceita que invadamos suas mídias e seus templos de liberdade, também não invadirá nosso púlpito. Pode até nos arranjar apelidos como conservadores, retrógrados, estáticos, desumanos, e posar e avançado e moderno, que manteremos nossa doutrina:
o amor conjugal é para a unidade e para a eternidade,
o sexo é para entrega plena em família e
filhos são para Deus e para viverem no mundo sem ceder ao mundo.
Não deixa de ser uma postura corajosa. O mundo está votando pela união matrimonial de gays, pelo aborto limpo e asséptico em hospitais do governo, pela liberdade dos pais decidirem se querem ou não querem o feto concebido, e por outras atitudes que não admitimos nem admitiremos.
Ousamos ir além do efêmero! Católico casa para sempre e gera fetos aos quais já chama de filhos a partir do primeiro anuncio da gravidez. Somos uma igreja que não distingue filho feto de filho nascido. Para nós a paternidade e a maternidade não começam no parto!
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ESSENCIALIZAR
Começa aí a nossa catequese. A família que transmite a vida e dela cuida não abre mão desse direito. Concomitantemente é a mesma família que transmite a fé.
Como falar de um Deus uno e trino e dar catequese numa família que não defende a maior de todas as catequeses que é o respeito pela vida, pela mulher, pelo homem e pela sua sexualidade que o torna santos, co-criadores e protetores da vida no planeta?
Todas as outras catequeses dependem desta. Amamos a vida e estamos dispostos a morrer por ela ou somos dos que a descartam em função de escolhas mais imediatas.É nós ou eles ou é nós com eles e por eles?Repito para enfatizar:É nós ou eles ou é nós com eles e por eles?
É nós ou eles ou é nós com eles e por eles?
CONCEITUAR
Nunca transmitiremos a fé cristã católica senão começarmos por estes conceitos. Ateus como Sygmunt Bauman na sua série sobre Vida Líquida e Amor Líquido, agnósticos como Jean Baudrillard em A Transparência do Mal e cristãos como Gilbert Keith Chesterton em Ortodoxia abordam com profundidade um mundo que jogou fora seu direito e dever de pensar, praticando o suicídio do pensamento, ou a fuga do conceito, para viver de preconceitos e palavras de ordem, de modismo em modismo.
Quem não põe sentido no que vive e não parte de conceitos acaba canonizando o acidental e o sem sentido e o preconceito. Bento XVI citando Romano Guardini fala em essencialização da via e da fé. (Livro: Dio e Il mondo)
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O que nós católicos queremos não é nem o modismo nem uma tintura de frases feitas sobre família, mas um conceito claro! Quem a forma? Deus a quer? Onde ela nasce? Como se forma? Para onde vai? A Igreja já respondeu a tudo isso. Pena que seus documentos nem sempre sejam lidos nem mesmo pelas famílias que são seu principal destinatário. A catequese da Igreja está no ceio da catequese familiar que é catequese do amor e da vida
Que o casal com seus filhos sejam um em Cristo e na Igreja
e a catequese familiar cresce no seio da catequese da Igreja que é a catequese da unidade
Que todos sejam um em Cristo.
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PROCESSO PEDAGÓGICO
Os que dizem admirar minha canção “Oração Pela Família”, se prestarem atenção na letra, verão ali, quase que frase por frase, a exortação Familaris consortio” de João Paulo II. União dos destinos, e das sortes da família…
É que ela, a canção, nasceu de um retiro que preguei em 1990 com o título “ Da família que temos , á família que sonhamos ter”. Enfoquei a família como um “processo pedagógico, sem grandes repentes, com começo, meio e final feliz porque com finalidade. Ofereci para 120 casais nada menos do que a exortação de João Paulo II. Na noite após o retiro escrevi a canção. Se deu certo aplaudamos João Paulo II porque a melodia é minha, mas as idéias são dele, reforçada pela Casti Connubii de Pio XII e pela Evangelium Vitae de Paulo VI.
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Passam de 500 os documentos e pronunciamentos da Igreja sobe a questão dos pais pedagogos e catequistas. Não houve século em que o tema não tenha sido abordado com solicitude pela Igreja. Se é verdade que para onde vai o mundo vai a família, também pode ser verdade que para onde vai a família vai o mundo!
MONTANHA DE DOCUMENTOS
A essas alturas, imagino que tenham em mãos o Léxicon da Família e que já tenham ouvido falar do Enchyrídion da Família. Nestes livros os encarregados de motivar a família católica acharão quase tudo o que a Igreja disse sobre o papel dos pais e dos filhos católicos nas sociedades em que vivem. Para mim funcionam como Vade Mecum, material de consulta permanente. Não há escrito meu ou canção que não me leve àquelas páginas, até porque toda e qualquer convivência humana, mais cedo ou mais tarde, antes ou depois tem a família como referência.
LARES PROFÉTICOS
Há uma profecia nas alianças que vocês levam no dedo. É como se dissessem: Estou nas mãos de um pedagogo; nas mãos de uma pedagoga. São sinais de que alguém que se entregou: a ele, a ela e aos filhos! São um lembrete de que aquela união não s baseia apenas em sexo e prazer: sendo aliança e também dever. -Juro cuidar de você e das nossas conseqüências, de você e do que de nós nascer!
Embora repousem no dedo anular não existem para anular ou nulificar homem ou mulher. A raiz não é o nulo, mas o anel. É aliança mas para somar, unificar e solidificar.
Escola de santidade, de ascese, de renúncias, de prazer sereno, de entregas, de afetos, de laços e de nós, de convivência, de decisões, de escolhas e de espiritualidade, o casamento é o ato de ir e estar juntos por isso gogos, pegadogos, escola de unir a sortes ; por isso cum-sortium, escola de funções e ofícios; por isso múnus, monium, matrimônio; por isso, conjugal, de cum e iungere: unir-se com. E é sacramento porque cai na esfera do sagrado: doar-se ao outro sem reservas por conta de um amor que vem do céu e da terra é algo sagrado que homem algum tem o direito de desfazer. Se foi Deus quem fez, os homens não separem, nem mesmo o egoísmo de um dos dois.
Aí a razão pela qual a igreja tanto luta pelos vínculos do matrimônio. Fere os filhos e a sociedade o egoísmo de um dos dois, ou de ambos, quando jogam fora a ascese do amor e cada qual busca seu prazer ou sua realização numa outra pessoa.
Vale dizer: comprometeu-se diante do altar com um alguém mas achou outro alguém mais prazeiroso e comprometeu-se com este outro alguém diante do altar do mundo. As exigências da fé tornaram-se insuportáveis. O mundo é bem mais compreensivo porque quando não á certo ele permite um segundo ou até um quinto enlace.
A FAMíLIA ENFRAQUECEU
Não deixa de ser um desafio para nossa Igreja, tão severa na questão do vínculo – e aqui o dizemos sem julgar nem condenar ninguém, porque só Deus sabe o que houve e o que há num matrimônio-, repito, não deixa de ser um desafio para uma das maiores nações cristãs do mundo que grande número de nossos dirigentes ou representantes políticos, industriais, empresários, artistas e pessoas que influenciam os outros estejam num segundo ou terceiro matrimônio. Conseguiram criar empresas, partidos e atingir considerável liderança, mas sua própria família não deu certo. Ali sua liderança não funcionou. Não foi mais possível um viver com o outro. Faz pensar! Talvez seja mais difícil dirigir um partido, um tribunal, um clube, um estado e um país do que uma família! É essa entrega cotidiana e sem reservas que pesa!
TOMAR POSSE
Quando até religiosos ensinam seus fiéis a tomarem posse do que desejam, porque Deus reservou para eles aquele posto e aquela vitória, fica difícil ensinar a “ kênosis” do entregar-se sem reservas e do perder para que todos ganhem… E a família só funciona dessa forma. Do contrário, acaba em opressão e divórcio. Terá eu demais.
Há poucos lugares no mundo em que a palavra meu precisa ser bem utilizada. Dos ensinamentos do sábio rabino Hilel cabe como luva na família a sua reflexão:meu-meu: teu-teu: meu-teu: teu-meu: meu-teu: teu-teu.
O casal que descobre este último conceito de posse, está mais perto da santidade. É o caso dos casais que descobriram a conjugação mais santa dos verbos ter e ser. Não tenho um marido: sou de um marido. Não tenho uma esposa: sou de uma esposa. Não temos filhos: somos pais de filhos.
O verbo ter sugere posse, o verbo “ser de” “ se para” sugere entrega. Só faz isso quem realmente ama. O outro dá apenas uma parte e um pedaço, mas não se doa. Talvez porque de fato não se possui. Paulo dizia sobre ele e Jesus: Já não sou eu a viver, mas é o Cristo a viver em mim (Gl 2,20) E Paulo lembra o Cristo crucificado. Paulo assume as cruzes e não apenas o sucesso e a glória do Cristo. O casal é convidado a dizer o mesmo.
Quando eu disse que me casaria entendi que a partir de então eu viveria nele (a) e ele(a) em mim. Já não seria apenas a minha vida, meus gostos, meus desejos, minha vontade.
Os católicos ensinam que não há como pensar Pai, Filho e Espírito Santo como pessoas separadas. São distintas uma da outra, mas não separadas, porque formam unidade absoluta.
Na sua infância você aprendeu que Deus é um só, mas é trindade e não há nada que o Filho e o Espírito operem sem o Pai, nada que o Pai opera sem o filho e Espírito que de ambos procede e nada que o Filho opere sem o Pai e o Espírito de ambos. Está claro no Novo Testamento.
Então é possível ser pessoa distinta, mas não separada e é possível unidade na trindade. A diferença é que na família esta unidade é limitada e em Deus é absoluta. Mas Deus é trino e é um só e a família cristã deve ser trina ou quíntupla porque de três ou cinco pessoas, mas uma só.
O Consórcio Familiar do qual fala João Paulo II- e que vocês tão bem analisam e articulizam em suas revistas- supõe esta união de sortes e fortunas e vivências e aspirações. Pessoas diferentes dentro de uma família inseparável.
Quando pais e filhos não se concebem um sem o outro e quando o casal não se imagina separado porque o viver dela são Cristo e ele, e o viver dele é Cristo e ela, estamos diante do matrimônio quase perfeito. Quase, porque os dois são humanos e, como avião com dois pilotos em vôo, precisam o tempo todo de correção de rota por conta dos ventos que sempre desestalibilizam o casal em vôo.
PEDAGOGOS
Disso vocês entendem. Vejo nas suas publicações e assembléias que para vocês vida e filhos, mais do que cama e sexo são razão do seu caminhar. Vejo que quando falam de vida e de sexualidade o contexto é sempre o da espiritualidade e da ascese da entrega. Num casal cristão não há sexo por sexo. Há o bolo da vida bem assado e bem partilhado do qual o sexo foi um fermento e hoje é um chantili. Nem sempre foi doce, nem sempre é doce, mas traz equilíbrio e sabor á massa do viver.
Vocês não conseguiriam andar juntos com suas crianças e seus adolescentes, por isso pedagogos, se primeiro não aprendessem a andar juntos marido e mulher.
Há um vazio na mulher que homem algum preencherá, a não ser que este homem seja seu marido, acompanhado da certeza que Deus existe, criou os dois e quer os dois de volta no seu colo. Há um vazio no homem que mulher alguma preenche, a não ser sua esposa acompanhada da profundidade de Deus que a quer de volta ao seu colo, mas acompanhada deste homem.
Não é essa a idéia do casamento católico? Duas luzes que já brilhavam, que um dia se encontraram e passaram a brilhar juntas, uma socorrendo a outra quando o sopro da dor ou da paixão o a põe em risco e ambas gerando pequenas luzes chamadas filho ou filhas!
Luzes que acendem o tempo todo as luzes dos filhos. E quando se apagam correm para o círio que é Jesus para reacender-se. Velas que vão se derretendo sem perder a luz e que só param de iluminar quando não há mais cera nem pavio!
Mas aí, já terão encontrado a grande luz do Grande Outro, ou do Totalmente Outro que, segundo Karl Barth é Deus. De tanto viverem no outro, pelo outro, com o outro, por Cristo, com Cristo e em Cristo, recebem o premio de conhecer, enfim, o Grande Outro, a Trindade que é um só Deus com clara visão e sem véu.
Lá descobrirão o que é ser uma família. Mas o ensaio aqui foi suficiente para merecerem ser família no céu!
MAIS QUE POESIA
Tudo isso pode ser idealismo e poesia. Alguns dizem que é utópico e impossível. Utópico, sim, mas impossível não, porque muitíssimas famílias conseguiram. Encontraram a santidade e descobriram a grandeza de Deus a partir do leito conjugal. Foram aquelas entregas no leito, no tanque, na pia, na cozinha, no escritório, na loja, na indústria, na rua, mas tudo por ela, por ele, por elas e por eles, os filhos, que os levaram prêmio da unidade em Cristo.
Santa pedagogia da unidade! Milhares de casais conseguiram. Muitos de vocês conseguiram. Oremos para que a maioria consiga! Então o sonho de Jesus terá se concretizado! Que eles sejam um como nós Pai, somos um! Falar em Igreja sem falar deste sonho é o mesmo que não falar! Una, santa, católica e apostólica. Mas primeiro, tente ser una! E isto não se consegue sem diálogo. E este diálogo se aprende desde criança, no colo de pai e de mãe.
O Senhor os abençoe e una! O Senhor nos abençoe e nos una!
Taubaté-Aparecida
Maio 2011
Fonte: Site Oficial do Pe. Zezinho (Artigos)
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