LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS
QUARTA - FEIRA
QUARTA - FEIRA
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Invitatório
V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.
R. Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria!.
servi ao Senhor com alegria!.
Salmo 94(95)
--escolher outro--
--escolher outro--
Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).
–1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
–2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)
–3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
–4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
–5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)
–6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)
=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)
=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)
(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.
(R.)
Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
Autor dos seres, Redentor dos tempos,
Juiz temível, Cristo, Rei dos reis,
nosso louvor, o nosso canto e prece,
clemente, acolhei.
Sobe até vós no transcorrer da noite,
como oferenda, um jovial louvor.
Por vós aceito, traga a nós conforto,
da luz, ó Autor.
A honestidade alegre os nossos dias,
não haja morte e treva em nossa vida.
Em nossos atos, sempre a vossa glória
seja refletida!
Queimai em nós o coração e os rins
com a divina chama, o vosso amor.
Velemos, tendo em mãos acesas lâmpadas,
pois vem o Senhor.
Ó Salvador, a vós louvor e glória,
e a vosso Pai, Deus vivo, Sumo Bem.
Ao Santo Espírito o céu entoe hosanas
para sempre. Amém.
II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
Luz verdadeira, amor, piedade,
e alegria sem medida;
da morte, ó Cristo, nos salvastes!
Por vosso sangue temos vida.
O vosso amor nos corações,
nós vos pedimos, derramai;
dai-lhes da fé a luz eterna
e em caridade os confirmai.
De nós se afaste Satanás,
por vossas forças esmagado.
E venha a nós o Santo Espírito
do vosso trono o Enviado.
Louvor a Deus, eterno Pai,
e a vós seu Filho, Sumo Bem,
reinando unidos pelo Espírito
hoje e nos séculos. Amém.
Salmodia
Ant. 1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
Salmo 102(103)
Hino à misericórdia do Senhor
Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos veio visitar (cf.
Lc 1,78).
I
–1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
–2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores!
–3 Pois ele te perdoa toda culpa, *
e cura toda a tua enfermidade;
–4 da sepultura ele salva a tua vida *
e te cerca de carinho e compaixão;
–5 de bens ele sacia tua vida, *
e te tornas sempre jovem como a águia!
–6 O Senhor realiza obras de justiça *
e garante o direito aos oprimidos;
–7 revelou os seus caminhos a Moisés, *
e aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
Ant. 2 Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
II
–8 O Senhor é indulgente, é favorável, *
é paciente, é bondoso e compassivo.
–9 Não fica sempre repetindo as suas queixas, *
nem guarda eternamente o seu rancor.
–10 Não nos trata como exigem nossas faltas, *
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
–11 Quanto os céus por sobre a terra se elevam, *
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
–12 quanto dista o nascente do poente, *
tanto afasta para longe nossos crimes.
–13 Como um pai se compadece de seus filhos, *
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
–14 Porque sabe de que barro somos feitos, *
e se lembra que apenas somos pó.
–15 Os dias do homem se parecem com a erva, *
ela floresce como a flor dos verdes campos;
–16 mas apenas sopra o vento ela se esvai, *
já nem sabemos onde era o seu lugar.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
Ant. 3 Obras todas do Senhor, glorificai-o!
III
–17 Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme *
é de sempre e perdura para sempre;
– e também sua justiça se estende *
por gerações até os filhos de seus filhos,
–18 aos que guardam fielmente sua Aliança *
e se lembram de cumprir os seus preceitos.
–19 O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, *
e abrange o mundo inteiro seu reinado.
=20 Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, †
valorosos que cumpris as suas ordens, *
sempre prontos para ouvir a sua voz!
–21 Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, *
seus ministros, que fazeis sua vontade!
=22 Bendizei-o, obras todas do Senhor †
em toda parte onde se estende o seu reinado! *
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Obras todas do Senhor, glorificai-o!
V. Fazei-me conhecer vossos caminhos.
R. E então meditarei vossos prodígios!
Primeira leitura
Do Livro de Jó 7,1-21
O tédio da vida leva Jó a recorrer a Deus
Em resposta, disse Jó: 1“Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? 2Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, 3asim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. 4Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. 5Meu corpo cobre-se de vermes e crostas, a pele rompe-se e supura. 6Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. 7Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade! 8Os olhos de quem me via, já não me verão; teus olhos pousarão sobre mim e deixarei de existir. 9Como a nuvem passa e desaparece, assim quem desce à mansão dos mortos jamais subirá daí, 10não voltará à sua casa, sua morada não mais o verá. 11Por isso, não vou controlar minha língua; vou falar com espírito angustiado e queixar-me com a alma amargurada. 12Por acaso, eu sou monstro marinho ou dragão, para que me cerques com guardas? 13Se eu disser: Meu leito me consolará e minha cama suportará comigo o sofrimento, 14então me assustas com sonhos, e me aterrorizas com pesadelos.
15Preferiria morrer sufocado. Antes a morte que meus tormentos. 16Basta! Não quero viver eternamente; deixa-me, pois meus dias são apenas um sopro! 17Que é o homem, para que faças tanto caso dele, lhe dês tanta atenção, 18o vigies cada manhã e o proves a cada momento? 19Há quanto tempo já não afastas de mim o olhar e não me deixas nem engolir a saliva? 20Se pequei, que mal te fiz com isso, sentinela dos homens? Por que me tomas por alvo, e cheguei a ser um peso para mim? 21Por que não perdoas a minha falta
e não absolves a minha culpa? Eu vou deitar-me no pó; tu me procurarás e eu já não existirei.”
Responsório Jó 7,5.7a.6
R. Podridão e poeira cobriram minha carne,
minha pele secou, rachou e enrugou.
* Lembrai-vos, Senhor, minha vida é um sopro.
V. Meus dias se passam
com mais rapidez do que a lançadeira;
se vão desfazendo sem uma esperança.
* Lembrai-vos.
Segunda leitura
Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo
(Lib. 10,26.37–29,40; CCL 27,174-176)
(Séc.V)
Em tua imensa misericórdia, toda a minha esperança
Onde te encontrei, Senhor, para te conhecer? Não estavas certamente em minha memória antes que eu te conhecesse.
Onde então te encontrei para te conhecer, a não ser em ti, acima de mim? Não é propriamente um lugar. Afastamo-nos, aproximamo-nos e não é um lugar. Em toda parte, ó Verdade, presides a todos que vêm com diferentes consultas.
Com clareza respondes, porém, nem todos ouvem com clareza. Todos perguntam o que querem e nem sempre ouvem o que querem. Ótimo servo teu é quem não espera ouvir de ti o que desejaria, mas antes quer aquilo que de ti ouve.
Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Estavas dentro e eu fora te procurava. Precipitava-me eu disforme, sobre as coisas formosas que fizeste. Estavas comigo, contigo eu não estava. As criaturas retinham-me longe de ti, aquelas que não existiriam se não estivessem em ti. Chamaste e gritaste e rompeste a minha surdez. Cintilaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume, aspirei-o e anseio por ti. Provei, tenho fome e tenho sede. Tocaste-me e abrasei-me no desejo de tua paz.
Quando me uno a ti com todo o meu ser, não há em mim dor nem fadiga. Viva será minha vida, toda repleta de ti. Agora ergues o que de ti está repleto. Como ainda não estou pleno de ti, sou um peso para mim. Lutam minhas lamentáveis alegrias com as tristezas deleitáveis. De que lado estará a vitória, não sei.
Ai de mim, Senhor! tem piedade de mim. Lutam minhas más tristezas com as boas alegrias e não sei quem vencerá. Ai de mim, Senhor! Tem piedade de mim! Ai de mim! Bem vês que não escondo minhas chagas. És o médico; eu, o doente. És misericordioso; eu, o miserável.
Não é verdade que a vida humana na terra é uma tentação? Quem deseja pesares e dificuldades? Ordenas tolerá-los, não amá-los. Ninguém ama aquilo que tolera, mesmo se gosta de tolerar. Embora alegre-se por tolerar, prefere não ter que tolerá-lo. Na adversidade desejo a felicidade; na felicidade temo a adversidade. Que meio termo haverá onde a vida humana não seja uma tentação? Ai da felicidade do mundo, uma e duas vezes, pelo temor da adversidade e pela caducidade da alegria! Ai das adversidades do mundo, pelo desejo da felicidade! A adversidade é dura e faz naufragar a tolerância. Não é verdade que é uma tentação a vida humana sobre a terra? Em tua imensa misericórdia ponho toda a minha esperança.
Responsório Lc 19,10
R. Muito tarde vos amei, ó Beleza sempre antiga,
ó Beleza sempre nova, muito tarde vos amei!
* Vós chamastes e gritastes e rompestes-me a surdez.
V. Veio o Filho do Homem buscar
e salvar o que estava perdido. * Vós chamastes.
Oração
Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e
vossa Igreja vos possa servir, alegre e tranqüila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
Fonte: http://liturgiadashoras.org/
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