terça-feira, 22 de maio de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 22/05/12


Terça-Feira, 22 de Maio de 2012

7a. Semana de Páscoa
Santa Rita de Cássia

Leituras do Dia

1a. Leitura: Atos dos Apóstolos (At) 20,17-27
Salmo responsorial (Sl) 67/68
Evangelho: João (Jo) 17,1-11



VII SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive morto e eis que estou vivo para sempre, aleluia! (Ap 1,17s)

Oração do dia
Ó Deus de poder e misericórdia, fazei que o Espírito Santo, vindo habitar em nossos corações, nos torne um templo da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 20,17-27)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

20 17 Mas de Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja. 
18 Quando chegaram, e estando todos reunidos, disse-lhes: "Vós sabeis de que modo sempre me tenho comportado para convosco, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia. 
19 Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus. 
20 Vós sabeis como não tenho negligenciado, como não tenho ocultado coisa alguma que vos podia ser útil. Preguei e vos instruí publicamente e dentro de vossas casas. 
21 Preguei aos judeus e aos gentios a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. 
22 Agora, constrangido pelo Espírito, vou a Jerusalém, ignorando a que ali me espera. 
23 Só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me assegura que me esperam em Jerusalém cadeias e perseguições. 
24 Mas nada disso temo, nem faço caso da minha vida, contanto que termine a minha carreira e o ministério da palavra que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho ao Evangelho da graça de Deus. 
25 Sei agora que não tornareis a ver a minha face, todos vós, por entre os quais andei pregando o Reino de Deus. 
26 Portanto, hoje eu protesto diante de vós que sou inocente do sangue de todos, 
27 porque nada omiti no anúncio que vos fiz dos desígnios de Deus". 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo responsorial 67/68

Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Derramastes lá do alto uma chuva generosa, / e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; / e ali vosso rebanho encontrou sua morada; / com carinho preparastes essa terra para o pobre.

Bendito seja Deus, bendito seja cada dia / o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! / Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; / o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!


Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia. 
Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).

Evangelho (João 17,1-11)

— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 17 1 Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: "Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; 
2 e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. 
3 Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. 
4 Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. 
5 Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado. 
6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. 
7 Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. 
8 Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste. 
9 Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 
10 Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. 
11 Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós". 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

"A Vida Eterna já nos foi dada..."

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se pudéssemos fazer um gráfico comparativo entre os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que nos sinóticos, na medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a linha do gráfico vai decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora o Messianismo de Jesus parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar no zero.

No evangelho Joanino tudo é diferente, e na medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a linha do gráfico vai subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto, o cume do messianismo: Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra "Glorificação" é importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia de vezes... Mas essa glorificação deve ser bem entendida, senão fica parecendo, na nossa linguagem humana, uma rasgação de elogio e jogação de confete entre o Pai e o Filho, quando na verdade o que está em jogo é a vida e o destino de toda humanidade.

A glorificação de Jesus significa a total restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem para o paraíso, ele o coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da Divindade Trinitária, o homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á luz da Graça de Deus, ou seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a humanidade e a sua glória se irradia em cada ser humano.

Por isso que a glorificação de Jesus têm continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai formavam uma unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar dessa unidade. A obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi refeito, e a Vida de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada essa distância que havia entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida Eterna já foi dada a cada ser humano.

Precisamente esta Vida Eterna presente em nós na Graça Santificante e Operante, é que dá um novo significado á nossa existência naquilo que somos e fazemos, no que falamos e pensamos, em tudo isso resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são glorificados.

A oração de Jesus, chamada nesse capítulo 17, de Oração sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo que se propõe a fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que o Pai deu a ele, se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá dar o precioso dom da sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto preço para nossa renovação e total restauração.

A oração de Jesus é no sentido de que esse novo homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do "mundo" do mal como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o homem novo, pressionado pelas forças do mal, quando estava no mundo, as derrotou com a morte na cruz, agora a pressão do mal será sobre os discípulos, que tem em Jesus essa mesma força, capaz de superar todo o mal e assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a definitiva.

Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as nossas preces com as oferendas que apresentamos, para que esta liturgia, celebrada com mor, nos faça passar à glória celeste. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas; e vos lembrará tudo o que vos tenho dito, diz o Senhor, aleluia! (Jo 14,26)

Depois da comunhão
Tendo participado do sacramento do Corpo e do Sangue do vosso Filho, nós vos suplicamos, ó Deus, que nos faça crescer em caridade a eucaristia que ele nos mandou realizar em sua memória. Por Cristo, nosso Senhor.

MEMÓRIA FACULTATIVA - SANTA RITA DE CÁSSIA 
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, grandeza dos humildes, que fizestes santa Rita de Cássia distinguir-se pela caridade e paciência, dai-nos, por suas preces e méritos, a graça de amar-vos sempre, carregando a cruz de cada dia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Sobre as oferendas: Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo, e sirva para a nossa salvação o sacrifício que devotamente celebramos em honra de vossos santos. Por Cristo, nosso Senhor.

Depois da comunhão: Na festividade de santa Rita de Cássia fomos saciados, ó Pai, com os vossos dons; fazei que sua força nos purifique e seu auxílio nos sustente. Por Cristo, nosso Senhor.

Santo do Dia / Comemoração (SANTA RITA DE CÁSSIA):

Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita.

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.



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