sexta-feira, 25 de maio de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 25/05/12

 
Sexta-Feira, 25 de Maio de 2012

7a. Semana de Páscoa
Santa Maria Madalena de Pazzi

Leituras do Dia

1a. Leitura: Atos dos Apóstolos (At) 25,13b-21
Salmo responsorial (Sl) 102/103
Evangelho: João (Jo) 21,15-19


VII SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Cristo nos amou e nos lavou dos pecados com seu sangue, e fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai, aleluia! (Ap 1,5s)

Oração do dia
Ó Deus, pela glorificação de Cristo e pela iluminação do Espírito Santo, abristes para nós as portas da vida eterna. Fazei que, participando de tão grandes bens, nos tornemos mais dedicados ao vosso serviço e cresçamos constantemente na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 25,13-21)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Alguns dias depois, 25 13 o rei Agripa e Berenice desceram a Cesaréia para saudar Festo. 
14 Como se demorassem ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo: "Félix deixou preso aqui um certo homem. 
15 Quando estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus vieram queixar-se dele comigo pedindo a sua condenação. 
16 Respondi-lhes que não era costume dos romanos condenar homem algum, antes de ter confrontado o acusado com os seus acusadores e antes de se lhes dar a liberdade de defender-se dos crimes que lhes são imputados. 
17 Compareceram aqui. E eu, sem demora, logo no dia seguinte, dei audiência e ordenei que conduzissem esse homem. 
18 Apresentaram-se os seus acusadores, mas não o acusaram de nenhum dos crimes de que eu suspeitava. 
19 Eram só desavenças entre eles a respeito da sua religião, e uma discussão a respeito de um tal Jesus, já morto, e que Paulo afirma estar vivo. 
20 Vi-me perplexo quanto ao modo de inquirir essas questões e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém e ser ali julgado. 
21 Mas, como Paulo apelou para o julgamento do imperador, mandei que fique detido até que o remeta a César".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo responsorial 102/103

O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores!

Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; / quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes.

O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, / e abrange o mundo inteiro seu reinado. / Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, / valorosos que cumpris as suas ordens.


Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, o paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado (Jo 14,26).

EVANGELHO (João 21,15-19)

— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Joâo.
— Glória a vós, Senhor!

21 15 Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros". 
16 Perguntou-lhe outra vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Respondeu-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros". 
17 Perguntou-lhe pela terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: "Amas-me?", e respondeu-lhe: "Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas. 
18 Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres". 
19 Por estas palavras, ele indicava o gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter falado, acrescentou: Segue-me!
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

"O amor que apascenta..."

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

____São Pedro, desculpe a ousadia, mas nesse diálogo parece que Jesus não estava botando muita fé na sua pessoa, não é?

Pedro ____(sorrindo) Não na minha pessoa, mas na missão que me foi confiada, e acontece que o recado não era para mim, mas para as comunidades do final do primeiro século, que estavam perdidas e não sabiam o que era essencial no cristianismo...

____Ah é ? Mas é o Senhor que aparece, nessa conversa com Jesus, que João transmitiu em seu evangelho. Ele falou aqui que o Senhor ficou meio triste com a insistência de Jesus na mesma pergunta "Pedro tu me amas?".

Pedro ____Sim, o texto fala a verdade, não só eu como todos os demais apóstolos passamos por essa crise de identidade que as comunidades também passaram. E acho que hoje vocês cristãos do terceiro milênio também passam...

____Como assim São Pedro? Que crise é essa da qual o Senhor está falando?

Pedro____Vocês cristãos de 2012, amam de fato Jesus Cristo?

____Nossa São Pedro, que pergunta sem propósito, claro que nós cristãos amamos a Jesus Cristo...

Pedro ____Está vendo? Só perguntei uma vez e você se indignou, a gente sempre acha que, dizer sempre que se ama a Jesus é suficiente para nos sentirmos cristãos, entretanto, naquilo que somos para as pessoas, e naquilo que fazemos na comunidade, aí é que provamos o nosso amor por Jesus.

____Mas São Pedro, apascentar é uma ação própria de um pastor, a conversa é com os dirigentes da Igreja e não com o Povo de Deus...

São Pedro ____De modo algum, a palavra apascentar significa pastorear, ser pastor na vida do outro, conduzi-lo pelo melhor caminho, leva-lo as melhores pastagens e saciar a sua sede nas águas tranquilas e refrescantes. Seria assim esse "Cuidar" do outro, preocupar-se com o outro, doar-se ao outro, em todos os sentidos...

____Xi São Pedro, então quando a gente leva o outro para um atalho ou beco sem saída, a um pasto seco, e oferece a ele uma água salobra, não dando a mínima para o outro que caminha com a gente na comunidade...

São Pedro____Isso mesmo, uma relação ríspida, superficial, descomprometida, sem nenhuma responsabilidade pela vida do outro, ou pior, aproveitar-se do outro para ter algum ganho, sendo o contrário do pastor um Lobo voraz... Gente assim até diz que ama a Jesus Cristo, mas não passa de uma mentira deslavada; o testemunho incondicional do amor que SERVE, é essencial na prática cristã e prova autêntica de que de fato amamos o Senhor...

Sobre as oferendas
Ó Deus, considerai compassivo as oferendas do vosso povo e, para que elas possas agradar-vos, purificai os nossos corações com a vinda do Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Quando vier o Espírito da verdade, ele vos ensinará toda a verdade, diz o Senhor, aleluia! (Jo 16,13)

Depois da comunhão
Ó Deus, que nos purificais e alimentais com os vossos sacramentos, fazei que encontremos a vida eterna na refeição que nos concedestes. Por Cristo, nosso Senhor.

MEMÓRIA FACULTATIVA - SÃO BEDA 
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que iluminais a vossa Igreja com a erudição do vosso presbítero são Beda, o Venerável, concedei-nos sempre a luz da sua sabedoria e o apoio de seus méritos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Sobre as oferendas: Sejam aceitos por vós, ó Deus, os frutos do nosso trabalho que trazemos ao vosso altar em honra de são Beda, e concedei que, livres da avidez dos bens terrenos, tenhamos em vós a única riqueza. Por Cristo, nosso Senhor.

Depois da comunhão: Ó Deus, pela força deste sacramento, conduzi-nos constantemente no vosso amor, a exemplo de são Beda, e completai, até a vinda do Cristo, a obra que começastes em nós. Por Cristo, nosso Senhor.

Santos do Dia / Comemoração:
 São Gregório VII | Santa Maria Madalena de Pazzi | São Beda

São Gregório VII

Hildebrando nasceu numa família pobre na cidade de Soana, na Toscana, Itália, em 1020. Desde jovem o atraía a solidão, por isso foi para o mosteiro de Cluny e se tornou monge beneditino. Depois estudou em Laterano, onde se destacou pela inteligência e a firmeza na fé. Galgou a hierarquia eclesiástica e foi consagrado cardeal.

Tornou-se o auxiliar direto dos papas Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio cardinalício. Assim, quando faleceu o papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado papa pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta incansável para implantar a reforma, importantíssima para a Igreja, conhecida como "gregoriana".

Há tempos que a decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no clero. Príncipes e reis movidos por interesses políticos nomeavam bispos, vigários e abades de forma arbitrária.

Desse modo, acabavam designando pessoas despreparadas e muitas vezes indignas de ocupar tais cargos. Reinavam as incompetências, os escândalos morais e o esbanjamento dos bens da Igreja.

Apoiado por Pedro Damião, depois santo e doutor da Igreja, o papa Gregório VII colocou-se firme e energicamente contra a situação. Claro que provocou choques e represálias dos poderosos, principalmente do arrogante imperador Henrique IV, o qual continuou a conferir benefícios eclesiásticos a candidatos indesejáveis.

O papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão sobre Henrique IV, que o tirano teve de humilhar-se e pedir perdão, em 1077, para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou conhecido como "o episódio de Canossa".

Mas o pedido de clemência era uma bem elaborada jogada política. Pouco tempo depois, o imperador saboreou sua vingança, depondo o papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III. Mesmo assim o papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos.

Passou para a história como o papa da independência da Igreja contra a interferência dos poderosos políticos. Sua última frase, à beira da morte, sem dúvida retrata a síntese de sua existência: "Amei a justiça, odiei a iniqüidade e, por isso, morro no exílio".

Muitos milagres foram atribuídos à intercessão de papa Gregório VII, que teve seu culto autorizado pelo papa Paulo V em 1606.

Santa Maria Madalena de Pazzi

Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 2 de abril de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte da Itália. Tinha a origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governavam o ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades que a nobreza proporcionava.

Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e, contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas descalças. Ali, por causa de uma grave doença, teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.

A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões.

Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da comunidade eclesiástica.

Durante cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que, no dia de Pentecostes do ano 1690, a luz do êxtase voltou para a provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus.

Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde foi canonizada pelo papa Clemente IX. O corpo incorrupto de santa Maria Madalena de Pazzi repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no dia de seu trânsito.

São Beda

Todas as informações que temos sobre o extraordinário Beda foram escritas por ele mesmo no livro "História da Inglaterra", um dos mais raros e completos registros da formação do povo inglês antes do século VIII, narradas assim: "Eu, Beda, servo de Cristo e sacerdote, e monge do mosteiro de São Pedro e São Paulo, da Inglaterra, nasci neste país. Aos sete anos, fui levado ao mosteiro para ser educado pelos monges.

Desde então, passei toda a minha vida no mosteiro, e me dediquei sobretudo ao estudo da Sagrada Escritura. Além de cantar e rezar na Igreja, minha maior alegria foi poder dedicar-me a aprender, a ensinar e a escrever. Aos dezenove anos, recebi o diaconato e aos trinta, o sacerdócio. Todos os momentos livres eu os dediquei a buscar explicações da Sagrada Escritura, especialmente extraídas dos escritos dos santos Padres".

Além desses dados, podemos acrescentar ainda, com segurança, que Beda nasceu no ano 672, tendo sido educado e orientado espiritualmente pelo próprio são Bento Biscop, abade do mosteiro, que, impressionado com seus dons e inteligência, o tratava como próprio filho, na cidade de Wearmouth.

Cedo, Beda percebeu que um sermão podia ser ouvido por apenas algumas pessoas, mas podia ser lido por milhares delas e por muitos séculos. Por isso ele desejou escrever, e escreveu muito, sem se cansar, com cuidado e esmero no conteúdo e estilo, resultando em livros agradáveis de ler, verdadeiras obras literárias, sobre os mais variados temas, indo do teológico ao intelectual.

Ao todo, foram sessenta obras sobre teologia, filosofia, cronologia, aritmética, gramática, astronomia, música e até medicina. Beda gostava de aprender, por isso pesquisava e estudava; e também de ensinar, por isso escrevia e dava aulas. Ajudou a formar várias gerações de monges, que, atraídos pela linguagem simples, encantadora e acessível, eram dirigidos, por meio dessas matérias, para os ensinamentos de Deus.

O papa Gregório II chamou-o a Roma, para tê-lo como seu auxiliar, mas Beda implorou para permanecer na solidão do mosteiro, onde ficou até seus últimos momentos de vida. Só saiu por poucos dias para estabelecer as bases da Escola de York, na qual, depois, estudou e se formou o famoso mestre Alcuíno, fundador da primeira universidade de Paris.

Ainda em vida, era chamado de "venerável Beda", ou "Beda, o Venerável". Morreu com sessenta e três anos, na paz do seu mosteiro, em Jarrow, Inglaterra, no dia 25 de maio de 735. Muitos séculos depois, pelo imensurável serviço prestado à Igreja, o papa Leão XIII, em 1899, proclamou-o santo e doutor da Igreja. São Beda, único santo inglês que possui o título de doutor da Igreja, é celebrado no dia 25 de maio.


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