sábado, 14 de janeiro de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 15/01/12


Domingo, 15 de janeiro de 2012

2o. Domingo do Tempo Comum

Leituras do Dia

1a. Leitura: (1 Sm) 1º Samuel 3,3b-10.19
Salmo Responsorial (Sl) 39
2a. Leitura: (1 Cor) 1º Coríntios 6,13c-15a.17-20
Evangelho: (Jo) João 1,35-42

Antífona da entrada: Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4).

Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1 Samuel 3,3-10.19)

Naqueles dias, 3bSamuel estava dormindo no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. 
4Então o Senhor chamou: “Samuel, Samuel!” Ele respondeu: “Estou aqui”.
5E correu para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli respondeu: “Eu não te chamei. Volta a dormir!” E ele foi deitar-se. 
6O Senhor chamou de novo: “Samuel, Samuel!” E Samuel levantou-se, foi ter com Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Ele respondeu: “Não te chamei, meu filho. Volta a dormir!”
7Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois, até então, a palavra do Senhor não se lhe tinha manifestado. 
8O Senhor chamou pela terceira vez: “Samuel, Samuel!” Ele levantou-se, foi para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli compreendeu que era o Senhor que estava chamando o menino. 9Então disse a Samuel: “Volta a deitar-te e, se alguém te chamar, responderás: ‘Senhor, fala, que teu servo escuta!’” E Samuel voltou ao seu lugar para dormir. 
10O Senhor veio, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: “Samuel, Samuel!” E ele respondeu: “Fala, que teu servo escuta”. 
19Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras.

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.

Salmo responsorial 39/40

Eu disse: “Eis que venho, Senhor!”/ Com prazer faço a vossa vontade.

1. Esperando, esperei no Senhor,/ e, inclinando-se, ouviu meu clamor./ Canto novo ele pôs em meus lábios,/ um poema em louvor ao Senhor. 

2. Sacrifício e oblação não quisestes,/ mas abristes, Senhor, meus ouvidos;/ não pedistes ofertas nem vítimas,/ holocaustos por nossos pecados. 

3.  E então eu vos disse: “Eis que venho!”/ Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade,/ guardo em meu coração vossa lei!”

4. Boas-novas de vossa justiça/ anunciarei numa grande assembleia;/ vós sabeis: não fechei os meus lábios! 

Segunda Leitura (1 Coríntios 6,13-15.17-20)

Irmãos: 13cO corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo; 14e Deus, que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também a nós, pelo seu poder. 15aPorventura ignorais que vossos corpos são membros de Cristo? 
17Quem adere ao Senhor torna-se com ele um só espírito. 
18Fugi da imoralidade. Em geral, qualquer pecado que uma pessoa venha a cometer fica fora do seu corpo. Mas o fornicador peca contra seu próprio corpo. 19Ou ignorais que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que mora em vós e que vos é dado por Deus? E, portanto, ignorais também que vós não pertenceis a vós mesmos? 
20De fato, fostes comprados, e por preço muito alto. Então, glorificai a Deus com o vosso corpo.

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.

Aclamação do Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia. 
Encontramos o Messias, Jesus Cristo, de graça e verdade ele é pleno; de sua imensa riqueza graças, sem fim, recebemos (Jo 1,41.17).

EVANGELHO (João 1,35-42)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 35João estava de novo com dois de seus discípulos 36e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!”
37Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. 
38Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “O que estais procurando?” Eles disseram: “Rabi (o que quer dizer: Mestre), onde moras?”
Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde.
40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram a palavra de João e seguiram Jesus. 41Ele foi encontrar primeiro seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias” (que quer dizer: Cristo). 
42Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra).

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Meditação Diária

Homilia do Padre Françoá Costa – II Domingo do Tempo Comum – Ano B



Domingo: permanecer com o Senhor!
André e João “foram e ficaram com ele aquele dia” (Jo 1,39). Também a nós foi dado um dia para que permaneçamos com Jesus, o domingo. Nós, os cristãos, precisamos redescobrir o domingo como o kyriaké, Dies Domini, Dia do Senhor. Não deixa de chamar a atenção como às vezes a Missa dominical é vista mais como um preceito do que como um encontro necessário à vida de um filho de Deus. O preceito de fato existe, pois a Igreja quis garantir um mínimo vital para o cristão: participar da Missa aos domingos e dias santos. A razão da lei da Igreja não é o preceito em si, mas esse mínimo vital do qual falávamos antes. Os primeiros cristãos compreendiam bem essa realidade quando, por exemplo, quarenta e nove cristãos da cidade de Abitene (na atual Tunísia) foram surpreendidos numa celebração dominical, apesar das ordens contrárias do imperador. Perguntados por que tinham desobedecido às ordens imperais, Emérito, um dos participantes daquela eucaristia, deu a seguinte resposta: sine domínico non possumus, ou seja, nós, os cristãos, não podemos ser, nem existir, nem viver sem a celebração da Eucaristia dominical.

É-nos necessário o domingo! Esse foi o dia feito por Deus para que fiquemos bem perto dele. Como canta o Salmista: “Esse é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade” (Sl 117,24). Antes, durante a antiga a aliança, foi o sábado; depois da Ressurreição de Jesus, os cristãos seguem o domingo. O sábado, celebração da criação e do repouso de Deus, era figura da realidade que o domingo significa: a nova criação e o repouso eterno iniciados com a ressurreição do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo deixou bem claro que os cristãos já não devem sentir-se vinculados ao sábado: “ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que devia vir. A realidade é Cristo” (Cl 2,16-17). Santo Inácio de Antioquia (+110 d.C.) explicou aos cristãos de Magnésia a passagem do sábado para o domingo da seguinte maneira: “aqueles que viviam na antiga ordem das coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte” (Aos Magn., 9,1). Obviamente, tais afirmações não resultam um desprezo para com as prescrições do Antigo Testamento, de fato o Catecismo diz o seguinte: “o culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar cada semana o Criador e o Redentor de seu povo” (Cat. 2176). O Antigo Testamento cumpriu a sua missão de preparação em relação ao Novo e, diria mais, continua cumprindo; mas quando chegou a realidade, Cristo, já não tem sentido continuar insistindo nas figuras antigas.

O domingo é o dia para que também nós façamos como João e André: permanecer com o Senhor! Como? Em primeiro lugar, participando da Missa dominical em comunhão com os nossos irmãos. É na Eucaristia que nós encontramos o acontecimento fundacional do dia do Senhor, ou seja, o Mistério Pascal da Paixão, Morte e Glorificação de Jesus Cristo. Este também é o acontecimento fundacional da nossa nova vida em Cristo. Podemos entrar em contato com a grande Páscoa de Cristo na páscoa dominical. Daí que nós não podemos dizer: “ah, eu rezo em casa, não vou à igreja”. É na celebração eucarística que se atualiza de maneira misteriosa o acontecimento que nos deu nova vida e é no domingo que nós celebramos o triunfo de Cristo sobre o demônio, o pecado e a morte. São João Crisóstomo explicava aos cristãos do seu tempo: “não podes rezar em casa como na Igreja, onde se encontra o povo reunido, onde o grito é lançado a Deus de um só coração. Há ali algo mais, a união dos espíritos, a harmonia das almas, o vinculo da caridade, as orações dos presbíteros” (Incomprehens. 3,6).

Em segundo lugar, podemos permanecer com o Senhor encontrando-o nos nossos semelhantes. O domingo é o dia da caridade, do serviço generoso e do descanso que também faz descansar os outros. “Durante o domingo e os outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão de se entregar aos trabalhos ou atividades que impedem o culto devido a Deus, a alegria própria ao dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia e o descanso conveniente do espírito e do corpo” (Cat. 2185). Tudo isso, porque “Esse é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade” (Sl 117,24).

Pe. Françoá Costa


Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão: Preparais à minha frente uma mesa, o meu cálice transborda (Sl 22,5).

Depois da comunhão
Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor.

TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Vd - 1 Sm 15,16-23; Sl 49(50); Mc 2,18-22
3ª Br - 1 Sm 16,1-13; Sl 88(89); Mc 2,23-28
4ª Vd - 1Sm 17,32-33.37.40-51; Sl 143(144); Mc 3,1-6
5ª Vd - 1Sm 18,6-9;19,1-7; Sl 55(56); Mc 3,7-12
6ª Vd - 1Sm 24,3-21; Sl 56(57); Mc 3,13-19
Sb Vm - 2Sm 1,1-4.11-12.19.23-27; Sl 79(80); Mc 3,20-21


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