terça-feira, 10 de julho de 2012

LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / TERÇA-FEIRA DA XIV SEMANA DO TEMPO COMUM








II Semana do Saltério
Invitatório
 ___________________________________________________ 

Ofício das Leituras

 ouvir: 
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino 
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Despertados no meio da noite,
meditando, em vigília e louvor,
entoemos com todas as forças
nosso canto vibrante ao Senhor,

para que celebrando em conjunto
deste Rei glorioso os louvores,
mereçamos viver, com seus santos,
vida plena nos seus esplendores.

Esse dom nos conceda a Trindade,
Pai e Filho e Amor, Sumo Bem,
cuja glória ressoa na terra
e no céu pelos séculos. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 Deus bondoso, inclinai o vosso ouvido,
por piedade, acolhei a nossa prece.
Escutai a oração dos vossos servos,
como Pai que dos seus filhos não se esquece.

Para nós volvei, sereno, a vossa face,
pois a vós nos confiamos sem reserva;
conservai as nossas lâmpadas acesas,
afastai do coração todas as trevas.

Compassivo, absolvei os nossos crimes,
libertai-nos, e as algemas nos quebrai;
os que jazem abatidos sobre a terra
com a vossa mão direita levantai.

Glória a Deus, fonte e raiz de todo ser,
glória a vós, do Pai nascido, Sumo Bem,
sempre unidos pelo Amor do mesmo Espírito,
Deus que reina pelos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Confia ao Senhor o teu destino;
confia nele e com certeza ele agirá.

Salmo 36(37)

O destino dos maus e dos bons
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra (Mt 5,5).

I
1 Não te irrites com as obras dos malvados *
nem invejes as pessoas desonestas;
2 eles murcham tão depressa como a grama, *
como a erva verdejante secarão.

3 Confia no Senhor e faze o bem, *
e sobre a terra habitarás em segurança.
4 Coloca no Senhor tua alegria, *
e ele dará o que pedir teu coração.

5 Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; *
confia nele, e com certeza ele agirá.
6 Fará brilhar tua inocência como a luz, *
e o teu direito, como o sol do meio-dia. 

7 Repousa no Senhor e espera nele! *
Não cobices a fortuna desonesta,
– nem invejes quem vai bem na sua vida *
mas oprime os pequeninos e os humildes.

8 Acalma a ira e depõe o teu furor!*
Não te irrites, pois seria um mal a mais!
9 Porque serão exterminados os perversos, *
e os que esperam no Senhor terão a terra.

10 Mais um pouco e já os ímpios não existem; *
se procuras seu lugar, não o acharás.
11 Mas os mansos herdarão a nova terra, *
e nela gozarão de imensa paz.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Confia ao Senhor o teu destino;
confia nele e com certeza ele agirá.

Ant. 2 Afasta-te do mal e faze o bem,
pois a força do homem justo é o Senhor.

II
12 O pecador arma ciladas contra o justo *
e, ameaçando, range os dentes contra ele;
13 mas o Senhor zomba do ímpio e ri-se dele, *
porque sabe que o seu dia vai chegar.

14 Os ímpios já retesam os seus arcos *
e tiram sua espada da bainha,
– para abater os infelizes e os pequenos *
e matar os que estão no bom caminho;
15 mas sua espada há de ferir seus corações, *
e os seus arcos hão de ser despedaçados.

16 Os poucos bens do homem justo valem mais *
do que a fortuna fabulosa dos iníquos.
17 Pois os braços dos malvados vão quebrar-se, *
mas aos justos é o Senhor que os sustenta. 

18 O Senhor cuida da vida dos honestos, *
e sua herança permanece eternamente.
19 Não serão envergonhados nos maus dias, *
mas nos tempos de penúria, saciados.

20 Mas os ímpios com certeza morrerão, *
perecerão os inimigos do Senhor;
– como as flores das campinas secarão, *
e sumirão como a fumaça pelos ares.

21 O ímpio pede emprestado e não devolve, *
mas o justo é generoso e dá esmola.
22 Os que Deus abençoar, terão a terra; *
os que amaldiçoar, se perderão.

23 É o Senhor quem firma os passos dos mortais *
e dirige o caminhar dos que lhe agradam;
24 mesmo se caem, não irão ficar prostrados, *
pois é o Senhor quem os sustenta pela mão.

=25 Já fui jovem e sou hoje um ancião, †
mas nunca vi um homem justo abandonado, *
nem seus filhos mendigando o próprio pão.
26 Pode sempre emprestar e ter piedade; *
seus descendentes hão de ser abençoados.

27 Afasta-te do mal e faze o bem, *
e terás tua morada para sempre.
28 Porque o Senhor Deus ama a justiça, *
e jamais ele abandona os seus amigos.

– Os malfeitores hão de ser exterminados, *
e a descendência dos malvados destruída;
29 mas os justos herdarão a nova terra *
e nela habitarão eternamente.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Afasta-te do mal e faze o bem,
pois a força do homem justo é o Senhor.

Ant. 3 Confia em Deus e segue sempre seus caminhos!

III
 –30 O justo tem nos lábios o que é sábio, *
sua língua tem palavras de justiça;
31 traz a Aliança do seu Deus no coração, *
e seus passos não vacilam no caminho.

32 O ímpio fica à espreita do homem justo, *
estudando de que modo o matará;
33 mas o Senhor não o entrega em suas mãos, *
nem o condena quando vai a julgamento.

34 Confia em Deus e segue sempre seus caminhos; *
ele haverá de te exaltar e engrandecer;
– possuirás a nova terra por herança, *
e assistirás à perdição dos malfeitores.

35 Eu vi o ímpio levantar-se com soberba, *
elevar-se como um cedro exuberante;
36 depois passei por lá e já não era, *
procurei o seu lugar e não o achei.

37 Observa bem o homem justo e o honesto: *
quem ama a paz terá bendita descendência.
38 Mas os ímpios serão todos destruídos, *
e a sua descendência exterminada.

39 A salvação dos piedosos vem de Deus; *
ele os protege nos momentos de aflição.
=40 O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, †
defende-os e protege-os contra os ímpios, *
e os guarda porque nele confiaram. 
 – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * 
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Confia em Deus e segue sempre seus caminhos!

V. Dai-me bom senso, retidão, sabedoria,
R. Pois tenho fé nos vossos santos mandamentos.

Primeira leitura
Do Segundo Livro de Samuel 18,6-17.24―19,5

Morte de Absalão e luto de Davi
Naqueles dias: 18,6 O povo saiu a campo contra Israel, e a batalha travou-se na floresta de Efraim. 7Ali o povo de Israel foi derrotado pelo exército de Davi, e naquele dia houve uma grande mortandade de vinte mil homens. 8O combate estendeu-se por toda a região, e a floresta devorou mais homens dentre o povo do que a espada devorou naquele dia.

9Absalão encontrou-se por acaso na presença dos homens de Davi. Ia montado numa
mula e esta meteu-se sob a folhagem espessa de um grande carvalho. A cabeça de
Absalão ficou presa nos galhos da árvore, de modo que ele ficou suspenso entre o céu e
a terra, enquanto que a mula em que ia montado passou adiante. 10Alguém viu isto e
informou Joab, dizendo: “Vi Absalão suspenso num carvalho”.

11Joab respondeu ao homem que lhe deu a notícia: “Se o viste, porque não o abateste no
mesmo lugar? Eu te daria dez ciclos de prata e um cinto”. 12O homem respondeu:
“Ainda que me pusessem nas mãos mil ciclos de prata, eu não levantaria a mão contra o
filho do rei. Pois nós ouvimos com nossos ouvidos que o rei deu esta ordem a ti, a
Abisai e a Etai: ‘Poupai, quem quer que sejais, o meu filho Absalão!’ 13E se eu tivesse
cometido esse atentado contra a vida do jovem, nada se ocultaria ao rei, e tu mesmo te
porias contra mim”. 14Joab disse-lhe: “Não vou perder tempo contigo!” Tomou então
três dardos e cravou-os no peito de Absalão. E como ainda palpitasse com vida,
suspenso no carvalho, 15acorreram dez jovens escudeiros de Joab e deram-lhe os últimos golpes.

16Joab tocou então a trombeta e o exército deixou de perseguir Israel, porque Joab
conteve o povo. 17TomaramAbsalão e colocaram-no numa grande fossa, no interior da
floresta, erguendo em seguida sobre ele um enorme monte de pedras. Entretanto, todo o Israel fugira, cada um para sua tenda.
24Davi estava sentado entre duas portas da cidade. A sentinela que tinha subido ao
terraço da porta, sobre a muralha, levantou os olhos e divisou um homem que vinha
correndo, sozinho. 25Pôs-se a gritar e avisou o rei, que disse: “Se ele vem só, traz
alguma boa-nova”. À medida que o homem se aproximava, 26a sentinela viu então outro
homem que corria e gritou para o porteiro: “Vejo um outro homem que vem correndo
sozinho”. O rei disse: “Também esse traz alguma boa-nova”. 27A sentinela acrescentou:
“Pela maneira de correr, o primeiro só pode ser Aquimaás, filho de Sadoc”. “É um
Homem de bem”, disse o rei, “traz certamente boas notícias”.

28Aquimaás chegou e gritou para o rei: “Paz!” E, prostrando-se com o rosto em terra,
acrescentou: “Bendito seja o Senhor, teu Deus, que te entregou os que se sublevaram
contra o rei, meu senhor!” 29O rei perguntou: “Vai tudo bem para o jovem Absalão?”
Aquimaás respondeu: “Vi um grande tumulto no momento em que Joab enviou ao rei o
teu servo, mas ignoro o que se passou”. 30O rei disse-lhe: “Passa e espera aqui”. Tendo
ele passado e estando no seu lugar, 31apareceu o etíope e disse: “Trago-te,senhor meu
rei, a boa-nova: O Senhor te fez justiça contra todos os que se tinham revoltado contra
ti”. 32O rei perguntou ao etíope: “Vai tudo bem para o jovem Absalão?” E o etíope
dise: “Tenham a sorte deste jovem os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se
levantam contra ti para te fazer mal!”

19,1 Então o rei estremeceu, subiu para a sala que está acima da porta e caiu em pranto.
Dizia entre soluços: “Meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Por que não
morri eu em teu lugar? Absalão, meu filho, meu filho!”

2Anunciaram a Joab que o rei estava chorando e lamentando-se por causa do filho.
3Assim, a vitória converteu-se em luto, naquele dia, para todo o povo, porque o povo
soubera que o rei estava acabrunhado de dor por causa de seu filho. 4Por isso, as tropas entraram furtivamente na cidade, como um exército coberto de vergonha, por ter fugido da batalha. 5O rei tinha velado o rosto e continuava a gritar em alta voz: “Meu filho Absalão! Absalão, meu filho, meu filho!”

Responsório Sl 54(55),13a.14a.15a;
cf. Sl 40(41),10b; 2Sm 19,1

R. Se o inimigo viesse insultar-me,
poderia aceitar certamente;
* Mas és tu, companheiro e amigo
com quem tive agradável convívio,
que ergueste teu pé contra mim.
V. O rei, desolado, subiu
ao quarto que está sobre a porta
e chorou repetindo e andando:
Meu filho Absalão, ó meu filho! * Mas és tu.

Segunda leitura
Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo

(Ps.32,29:CCL38,272-273)
(Séc.V)

Aqueles que estão de fora, queiram ou não,
são nossos irmãos
Irmãos, exortamos-vos instantemente à caridade, não apenas entre vós, mas também em relação aos que estão de fora, quer sejam os ainda pagãos e descrentes, quer se tenham separado de nós, e de modo que, professando conosco a Cabeça, separaram-se do corpo. Sintamos pesar por eles, irmãos, porque eles continuam sendo nossos irmãos. Quer queiram, quer não queiram, são nossos irmãos. De fato, só deixariam de ser nossos irmãos se deixassem de dizer: Pai nosso.

Assim o Profeta falou de alguns: Àqueles que vos dizem: Não sois irmãos nossos,
respondei: Sois nossos irmãos. Observai de quem se poderia dizer isto, será que dos
pagãos? Não, pois nem os chamamos de nossos irmãos segundo as Escrituras e o modo
de tratar da Igreja. Será que dos judeus que não creram em Cristo?

Lede o Apóstolo e notai que quando fala de “irmãos” sem mais, somente se refere aos
cristãos: Tu, porém, por que julgas teu irmão, ou tu, por que desprezas teu irmão? E em
outro trecho: Vós cometeis a iniqüidade e a fraude e isto fazeis contra irmãos.

Por conseguinte, aqueles que dizem: “Não sois nossos irmãos”, estão nos chamando de
pagãos. Por isso eles querem batizar-nos de novo, declarando que não possuímos o que
dão. Por conseguinte, seu erro consiste em negar que somos seus irmãos. Mas então por
que nos disse o Profeta: Quanto a vós, respondei-lhes: Sois nossos irmãos; a não ser
porque reconhecemos neles aquele batismo que não repetimos? Não aceitando nosso
batismo, eles negam que somos seus irmãos. Nós, porém, não repetindo o deles, mas
reconhecendo-o como nosso, dizemos: Sois nossos irmãos.

Se eles disserem: “Por que nos procurais? Que quereis de nós?” respondamos: Sois
nossos irmãos. Mesmo que nos digam: “Podeis ir embora, nada temos convosco!” Pelo
contrário, nós temos muito convosco! Nós confessamos um mesmo Cristo, e assim
devemos estar em um só Corpo, sob uma só Cabeça.

Portanto, nós vos suplicamos, irmãos, por aquelas mesmas entranhas da caridade, cujo
leite nos alimenta, cujo pão nos fortalece, isto é,por Cristo, nosso Senhor. Com efeito, é
agora a ocasião de termos para com eles grande caridade, muita misericórdia, rogando a Deus por eles, a fim de que lhes conceda sobriedade de pensamento para caírem em si e enxergarem, porque nada absolutamente têm a dizer contra a verdade. De fato, apenas lhes resta a fraqueza da animosidade, tanto mais enferma quanto mais julga possuir maior força. Assim, pela mansidão de Cristo, nós vos conjuramos suplicando em favor dos fracos, dos sábios segundo a carne, dos puramente humanos e carnais, mas ainda nossos irmãos, que freqüentam os mesmos sacramentos, embora não conosco, mas os mesmos. Eles respondem um só Amém, embora não conosco, mas o mesmo. Portanto,
derramai diante de Deus por eles o âmago de vossa caridade.

Responsório Ef 4,1.3.4

R. Exorto-vos, pois, no Senhor,
que vivais dignamente, irmãos,
na vocação a que fostes chamados:
* Solícitos sede em guardar
a unidade que vem do Espírito,
pelo laço da paz que nos une.
V. Há um corpo somente e um Espírito,
é uma somente a esperança
da vocação a que fostes chamados. * Solícitos.

Oração

Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.



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