Domingo, 08 de Julho de 2012
XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Leituras do Dia
1a. Leitura: Ezequiel (Ez) 2,2-5
Salmo responsorial (Sl) 122 (123)
2a. Leitura: 2 Coríntios (2 Cor) 12,7-10
Evangelho: Marcos (Mc) 6,1-6
XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)
Antífona da entrada: Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 2,2-5)
Leitura da profecia de Ezequiel.
2 2 Enquanto ela me falava, entrou o espírito em mim, e me fez ficar de pé; então ouvi aquele que me falava.
3 "Filho do homem, dizia-me, envio-te aos israelitas, a essa nação de rebeldes, revoltada contra mim, a qual, do mesmo modo que seus pais, vem pecando contra mim até este dia.
4 É a esses filhos de testa dura e de coração insensível que te envio, para lhes dizer: oráculo do Senhor Javé.
5 Quer te ouçam ou não (pois é uma raça indomável), hão de ficar sabendo que há um profeta no meio deles!"
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 122/123
Os nossos olhos estão fitos no Senhor:
tende piedade, ó Senhor, tende piedade!
Eu levanto os meus olhos para vós,
que habitais nos altos céus.
Como os olhos dos escravos estão fitos
nas mãos do seu senhor.
Como os olhos das escravas estão fitos
nas mãos de sua senhora,
assim os nossos olhos, no Senhor,
até de nós ter piedade.
Tende piedade, ó Senhor, tende piedade;
já é demais esse desprezo!
Estamos fartos do escárnio dos ricaços
e do desprezo dos soberbos!
tende piedade, ó Senhor, tende piedade!
Eu levanto os meus olhos para vós,
que habitais nos altos céus.
Como os olhos dos escravos estão fitos
nas mãos do seu senhor.
Como os olhos das escravas estão fitos
nas mãos de sua senhora,
assim os nossos olhos, no Senhor,
até de nós ter piedade.
Tende piedade, ó Senhor, tende piedade;
já é demais esse desprezo!
Estamos fartos do escárnio dos ricaços
e do desprezo dos soberbos!
Leitura (2 Coríntios 12,7-10)
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.
12 7 Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade.
8 Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim.
9 Mas ele me disse: "Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força". Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.
10 Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Marcos 6,1-6)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção; enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação (Lc 4,18).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
6 1 Depois, ele partiu dali e foi para a sua pátria, seguido de seus discípulos. 2 Quando chegou o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada, e como se operam por suas mãos tão grandes milagres?
3 Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?” E ficaram perplexos a seu respeito.
4 Mas Jesus disse-lhes: “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa”.
5 Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6 Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas. Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O evangelista Marcos narra que Jesus foi para "sua própria terra", isto é, para sua cidade de origem, a cidade de sua família, Nazaré. O fato de os seus discípulos o acompanharem indica que não é apenas uma visita familiar, mas também uma visita já em vista do anúncio de sua Boa-Nova. Neste Evangelho, esta é a terceira e última vez que Jesus aparece no espaço simbólico da sinagoga, e todas as ocasiões em clima de contestação e conflito com os chefes religiosos e sua doutrina. Jesus, exercendo seu ministério na Galiléia e nos territórios gentílicos vizinhos, abandona a sinagoga e tem a "casa" como centro de irradiação da missão. Os que ouviam Jesus "maravilhavam-se"
com o que dizia, mas o rejeitaram. E Jesus "espantava-se" com a incredulidade deles. "Não é ele o carpinteiro?" diziam, com desprezo. Faltava-lhes a fé. A sentença "Um profeta só não é valorizado na sua própria terra" é um patrimônio da cultura antiga, sendo citada em documentos do Antigo Egito. Como palavra de Jesus, exprime sua rejeição pelos freqüentadores da sinagoga e por seus familiares. A mensagem central deste episódio é o distanciamento de Jesus em relação às tradicionais estruturas sociorreligiosas de culto e parentesco do judaísmo. Este se afirmava como povo divinamente eleito a partir dos vínculos carnais de consangüinidade, provados por genealogias, com a ascendência abraâmica, e na obediência à Lei de Moisés. Afastando-se das sinagogas, Jesus exerce seu ministério percorrendo os povoados da Galiléia e regiões vizinhas, ensinando. Com ele, o espaço do encontro com Deus é a casa, onde se reúne a comunidade; e a família fica caracterizada pela união em torno do cumprimento da vontade do Pai. Percebe-se bem como os Evangelhos deixam transparecer a dificuldade que aqueles que conviveram com Jesus tiveram em compreender sua identidade. Quem é Jesus? Durante cerca de trinta anos ele viveu com a família, na Galiléia, sem nada excepcional que chamasse a atenção sobre sua pessoa. É o Filho de Deus presente no mundo, em comunicação com todos, certamente de maneira humilde, digna e com amor. É a condição humana, na simplicidade do dia-a-dia, que é valorizada pelo Pai e que, em tudo o que nela há de bom, justo e verdadeiro, a assume no seu amor e na sua vida eterna.
(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Sl 33,9)
Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.
Fonte: http://www.domtotal.com/
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