quinta-feira, 8 de novembro de 2012

JOSÉ LÓPEZ PITEIRA - PRIMEIRO BEATO CUBANO



''O TRIUNFO DA FÉ''


Beato José López Piteira

MADRI, terça-feira, 6 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Apresentamos a seguir o santo do dia. Nossa colaboradora espanhola Isabel Orellana Vilches escolheu como vida exemplar a de um jovem cubano, mártir da fé na Espanha.
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Isabel Orellana Vilches
A divina providência quis que este jovem cubano viesse derramar o seu sangue em defesa da fé em Cristo na Espanha, a terra dos seus antepassados. Ele não é tão mundialmente conhecido como outros mártires, mas faz parte, por direito próprio, do grupo dos que souberam enfrentar com valentia aquele instante derradeiro que se impunha, e, generosamente, deram a vida, deixando um admirável legado de amor.
Sua humilde família, no começo do século XX, abandonou um dia a nobre terra natal para tentar ganhar a vida, como tantos compatriotas. Na bagagem, carregaram a fé herdada dos pais como um tesouro precioso, que ainda transmitiriam à sua numerosa prole.
José nasceu em Jatibonico em 2 de fevereiro de 1912 e voltou com os pais à Espanha aos cinco anos de idade. Era um menino normal, que cursava os estudos como aluno interno dos beneditinos de Santa Maria de San Clodio, em Leiro, Orense, dando assim os primeiros passos rumo à vida religiosa.
Seus pais, certamente, depositaram nele grandes esperanças. Terminados os estudos, José se uniu aos padres agostinianos de Leganés,em Madri. Professou os votos religiosos e prosseguiu a formação.
Seu futuro como vigário apostólico de Hai Phòng, no Vietnã, já estava decidido um ano antes de ser ordenado sacerdote, momento que ele aguardava com alegria. Os superiores tinham vislumbrado nele as qualidades e virtudes que já o configuravam como grande apóstolo. Foi definido como um homem de “caráter bondoso e afável, entusiasta e observante”. Mas nem chegou a partir. Seus sonhos foram truncados violentamente ao ser preso em 6 de agosto de 1936, junto com seus irmãos religiosos, no meio da fratricida guerra civil espanhola. 
O antigo colégio madrileno de San Antón, que tinha sido propriedade dos padres esculápios e no qual tantos alunos amadureceram e compartilharam a fé, encontrava-se então transformado em prisão. Foi este o cenário em que se desenrolaram os preâmbulos do calvário particular de José.
Quando as tratativas realizadas pelos seus atribulados familiares junto às autoridades cubanas finalmente deram resultado, José renunciou à oferta de libertação, num gesto de valentia e de coerência. Seu vigor apostólico, cheio de caridade, se manifestou na sua inquebrantável vontade de seguir até o final os mesmos passos dos seus irmãos em religião: “Prefiro seguir a sorte de todos e seja o que Deus quiser!”, determinou com firmeza, disposto a cumprir a vontade divina.
Os superiores e formadores o contemplavam comovidos. E foi com eles que José compartilhou numerosos sofrimentos durante cerca de quatro meses marcados por privações e angústias, até que entregou a alma a Deus em Paracuellos del Jarama, em Madri.
Foi executado em 30 de novembro de 1936, junto com outros cinquenta religiosos agostinianos, exclamando “Viva Cristo Rei!”, ao mesmo tempo em que renovava o supremo ato de perdão, aprendido do Mestre, àqueles que o privavam da vida, mas lhe abriam as portas do céu.
Foi beatificado em 28 de outubro de 2007.
(Trad.ZENIT)

Fonte: http://www.zenit.org/

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