Notre Dame presente em Moçambique
O ardor missionário da Congregação das Irmãs de Notre Dame, com sede em Passo Fundo - RS extrapolou as terras do Brasil e foi fixar-se em Moçambique. Nove missionárias estão, naquela país, dedicando sua vidas pelos adolescentes e crianças.
O pedido feito por Dom Francisco Silota para assumir uma Missão em sua Diocese, em Chimoio, no ano de 1993, foi aceito com muito carinho. Hoje passados 18 anos, o resultado é muito positivo, pois Notre Dame deu uma pequena parcela de sua contribuição para a expansão do Reino. Vivemos na província de Manica, que fica no centro do País, distante 17 horas de viagem da Capital de Moçambique. A população de Moçambique é, aproximadamente de 22.000.000.
O povo Moçambicano é muito acolhedor, alegre, delicado , sensível, respeitoso entre eles e com os missionários. Reina entre eles grande entreajuda e solidariedade, no sofrimento, na dor, na doença e na morte. É um povo sofrido com a pobreza, fome, doenças e mortes prematuras. O fim da guerra ainda é muito recente, fins do ano 1992.
É de malária e HIV possitivo que o povo mais sofre. A Unesco estima 700 novos casos de infecção HIV/SIDA por dia, na zonas de fronteiras, onde vivemos.
Nossas maiores alegrias
Nos sentimos felizes porque escolhemos estar aqui e viemos livremente, por opção nossa; Deus nos privilegiou com o dom Missionário. Sentimo-nos chamadas para o trabalho missionário e o mesmo é muito bom, desafiador e questionador. Atendemos ao apelo da Igreja, Congregação e do povo. Damos de nós mesmas, nosso tempo, dons e bens. Atendemos e concretizamos o mandato de Jesus:”Ide por todo mundo e anunciai o Evangelho”. Somos acolhidas pelos colegas Missionários e acolhidas e amadas por este povo. Podemos estar a serviço do povo mais pobre e contribuir com o seu desenvolvimento e responder às suas esperanças. Conhecemos e inteiramo-nos em outras culturas.
Temos seguidoras ND em Moçambique. Nossa alegria está quando encontramos meninas que
passaram por nosso Lar e hoje estão com um bom emprego. E quando ouvimos as famílias dizer que as meninas aprenderam muito no lar.
Nossos desafios
As irmãs enumeraram algumas dificuldades, como a aprendizagem da língua local, quando são 45 línguas tribais faladas; a questão do tribalismo também é um fator que pesa muito e reflete-se nas relações sociais, religiosas e políticas de maneira acentuada e difícil de ser trabalhada; a pobreza, roubos, drogas, corrupção e violência aumentam assustadouramente; doenças como HIV-SIDA , malária, tuberculose, hanseníase e várias infecções estão sendo causa de muitas mortes. Às vezes, familias inteiras são dizimadas; a educação deixa muito a desejar; Há falta de vagas nas escolas muito analfabetismo.
Existem ainda outros problemas como trabalho na gratuidade e contando com ajuda de projetos e com base de sustentação da província; dificuldade de conseguir entrar no trabalho em órgão público- do Governo, por exemplo: Educação e Saúde e falta de material e recursos financeiros para os trabalhos de pastorais.
Fonte: Jornal PARCEIROS DAS MISSÕES das POM (Pontifícias Obras Missionárias) - Brasília - Novembro 2012 - Ano I - N° 9 (Enviado por e-mail).
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