sábado, 28 de julho de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 28/07/12





Sábado, 28 de Julho de 2012

XIV Semana do Tempo Comum
São Celestino

Leituras do Dia

1a. Leitura: Jeremias (Jr) 7,1-11
Salmo responsorial (Sl) 83 (84) 
Evangelho: Mateus (Mt) 13,24-30

XVI SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 7,1-11.)
Leitura do livro do profeta Jeremias. 

7 1 A palavra do Senhor foi nestes termos dirigida a Jeremias: 

2 "Vai à porta do templo do Senhor; lá pronunciarás este discurso: escutai a palavra do Senhor, vós todos, povos de Judá, que entrais por estas portas para vos prosternar diante dele. 
3 Eis o que diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: reformai vosso procedimento e a maneira de agir, e eu vos deixarei morar neste lugar. 
4 Não vos fieis em palavras enganadoras, semelhantes a estas: ´Templo do Senhor, templo do Senhor, aqui está o templo do Senhor´. 
5 Se reformardes vossos costumes e modos de proceder, se verdadeiramente praticardes a justiça; 
6 se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão, a viúva; se não espalhardes neste lugar o sangue inocente e não correrdes, para vossa desgraça, atrás dos deuses alheios, 
7 então permitirei que permaneçais neste lugar, nesta terra que dei a vossos pais por todos os séculos. 
8 Vós, contudo, vos fiais em fórmulas enganadoras que de nada vos servirão. 
9 Roubais, matais, cometeis adultérios, prestais juramentos falsos; ofereceis incenso a Baal e procurais deuses que vos são desconhecidos; 
10 E depois, vindes apresentar-vos diante de mim, nesta casa em que foi invocado meu nome, e exclamais: ´Estamos salvos!´ para, em seguida, recomeçar a cometer todas essas abominações. 
11 É, por acaso, a vossos olhos uma caverna de bandidos esta casa em que meu nome foi invocado? Também eu o vejo" - oráculo do Senhor. 

Palavra do Senhor. 

Salmo responsorial 83/84
Quão amável, ó Senhor, é vossa casa! 
Minha alma desfalece de saudades
e anseia pelos átrios do Senhor!
Meu coração e minha carne rejubilam
e exultam de alegria no Deus vivo!

Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa,
e a andorinha ali prepara o seu ninho,
para nele seus filhotes colocar:
vossos altares, ó Senhor Deus do universo!
Vossos altares, ó meu rei e meu Senhor!

Felizes os que habitam vossa casa;
para sempre haverão de vos louvar!
Felizes os que em vós têm sua força,
caminharão com um ardor sempre crescente.

Na verdade, um só dia em vosso templo
vale mais do que milhares fora dele!
Prefiro estar no limiar de vossa casa
a hospedar-me na mansão dos pecadores! 
Evangelho (Mateus 13,24-30)
Aleluia, aleluia, aleluia. 

Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. 
13 24 Jesus propôs outra parábola: “O Reino dos céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo. 
25 Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu. 
26 O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio. 
27 Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: “Senhor, não semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio?" 
28 Disse-lhes ele: "Foi um inimigo que fez isto!" Replicaram-lhe: "Queres que vamos e o arranquemos?" 
29 "Não", disse ele; "arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo. 
30 Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro". 
Palavra da Salvação. 
Comentário ao Evangelho
SUPORTANDO A CONTRADIÇÃO 
A parábola do joio e do trigo mostra como devemos, na vida, suportar a coexistência do bem e do mal. É impossível realizar uma clara separação entre eles. A ação concomitante do senhor do campo, semeando a boa semente, e a do seu inimigo, semeando a erva daninha, é inevitável. É preciso contar com esta eventualidade! 
Os discípulos foram alertados quanto à tentação de querer arrancar a erva daninha, deixando crescer somente o trigo. Seria arriscado, pois juntamente com a erva má, arrancar-se-ia também a boa. O prejuízo desaconselha uma tal providência. 
Diante desta situação, a atitude correta consiste em ter paciência, misericórdia e esperança. Paciência, porque, no final das contas, ficará patente a identidade do bem e do mal, embora, num determinado momento, parecessem semelhantes. Além disto, fica sempre aberta a possibilidade de conversão do pecado para a graça, pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso entendimento. Misericórdia, porque o discípulo do Reino é chamado a acolher os pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem pretender excluí-los dos benefícios do Reino. Trata-se de uma luta constante para libertá-los da escravidão à qual foram reduzidos pelo pecado. Sem misericórdia, este processo de aproximação será inviável. Esperança, porque o mal está fadado a ser derrotado. Pela força de Deus, o bem terá a última palavra na história humana. 


Oração 

Espírito de esperança, encha o meu coração de paciência e de misericórdia que me permitam viver as contradições da história, confiante na vitória do bem. 



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e perfeito, levastes á plenitude os sacrifícios da antiga aliança, santificai, como o de Abel, o nosso sacrifício, para que os dons que cada um trouxe em vossa honra possam servir para a salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. Ele dá o alimento aos que o temem (Sl 110,4s).
Depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que iniciastes nos sacramentos do vosso reino, para que, despojando-nos do velho homem, passemos a uma vida nova. Por Cristo, nosso Senhor.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS - 27/07/12


Sexta-Feira, 27 de Julho de 2012

XIV Semana do Tempo Comum
São Pantaleão

Leituras do Dia

1a. Leitura: Jeremias (Jr) 3,14-17
Salmo responsorial (Sl) Jeremias (Jr) 31 
Evangelho: Mateus (Mt) 13,18,23

XVI SEMANA DO TEMPO COMUM 

(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Jeremias 3,14-17)
Leitura do livro do profeta Jeremias.
3 14 "Voltai, filhos rebeldes - oráculo do Senhor -, pois que sou vosso Senhor. Eu vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada família e vos reconduzirei a Sião.
15 Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com inteligência e sabedoria.
16 Quando vos multiplicardes e numerosos vos tornardes na terra, naqueles dias - oráculo do Senhor - não mais se falará da Arca da Aliança do Senhor; nem mais se pensará nela, perdendo-se a lembrança e a saudade; nem a ela se há de referir.
17 Naquele tempo, Jerusalém será chamada trono do Senhor e todas as nações lá se reunirão em nome do Senhor, sem mais persistir na obstinação do seu coração perverso".
Palavra do Senhor. 
Salmo responsorial Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho. 
Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel, vai congregá-lo,
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”

Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó,
e o libertou do poder do prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.

Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra. 
Evangelho (Mateus 13,18-23)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes (Lc 8,15). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 18 Disse Jesus: "Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador:
19 quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho.
20 O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida,
21 mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.
22 O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa.
23 A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
OUVIR E COMPREENDER A Palavra de Deus exige, além da audição, uma correta compreensão. Ouvir a Palavra, mas sem entendê-la, ou melhor, sem perceber suas implicações práticas, nem sentir-se questionado por ela, é inútil. Assim acontece com quem permite que o Maligno lhe arrebate do coração a palavra semeada. O mesmo se dá com quem sucumbe diante das tribulações e perseguições, ou se deixa sufocar pelas preocupações deste mundo e pela fascinação das riquezas. Todas estas circunstâncias são indício seguro de que a Palavra se deteve nos limites da audição, sem chegar a ser compreendida.
Quem ouve a palavra e a entende, certamente, viverá de acordo com ela. Trata-se de uma compreensão prática, explicitada no nível existencial. É no dia-a-dia, nas circunstâncias mais simples da vida, que se revelam os níveis desta compreensão. Mantendo-se imune às investidas do Maligno, o discípulo segue firme no caminho traçado pela Palavra. Nada é suficientemente forte para demovê-lo de seu projeto de vida, pois ele deixou-se seduzir pelo Reino, não por mundanismos efêmeros.
Portanto, a passagem da audição à compreensão existencial é um movimento que exige do discípulo um exercício de conversão e disponibilidade para a ação de Deus. Sem isto, a Palavra permanece estéril.

Oração Espírito de compreensão da Palavra, ajuda-me a explicitar, no dia-a-dia, meu entendimento prático da mensagem do Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) ) 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da antiga aliança, santificai, como o de Abel, o nosso sacrifício, para que os dons que cada um trouxe em vossa honra possam servir para a salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. Ele dá alimento aos que o temem (Sl 110,4s).
Depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que iniciastes nos sacramentos do vosso reino, para que, despojando-nos do velho homem, passemos a uma vida nova. Por Cristo, nosso Senhor.


LITURGIA DAS HORAS - OFÍCIO DAS LEITURAS / SEXTA-FEIRA DA XIV SEMANA DO TEMPO COMUM






IV Semana do Saltério
Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. É suave o Senhor: Bendizei o seu nome!.
Salmo 94(95)
ouvir:  


Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)
 ___________________________________________________

Ofício das Leituras



V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Ao som da voz do galo,
já foge a noite escura.
Ó Deus, ó luz da aurora,
nossa alma vos procura.

Enquanto as coisas dormem,
guardai-nos vigilantes,
brilhai aos nossos olhos
qual chama cintilante.

Do sono já despertos,
por graça imerecida,
de novo contemplamos
a luz, irmã da vida.

Ao Pai e ao Filho glória,
ao seu Amor também,
Deus Trino e Uno, luz
e vida eterna. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 Criador do Universo
do Pai luz e resplendor,
revelai-nos vossa face
e livrai-nos do pavor.

Pelo Espírito repletos,
templos vivos do Senhor,
não se rendam nossas almas
aos ardis do tentador,

para que, durante a vida,
nas ações de cada dia,
pratiquemos vossa lei
com amor e alegria.

Glória a Cristo, Rei clemente,
e a Deus Pai, Eterno Bem,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Salmo 54(55),2-15.17-24

Oração depois da traição de um amigo
Jesus começou a sentir medo e angústia (Mc 14,33)

I
2 Ó meu Deus, escutai minha prece, *
não fujais desta minha oração!
 –3 Dignai-vos me ouvir, respondei-me: *
a angústia me faz delirar!

4 Ao clamor do inimigo estremeço, *
e ao grito dos ímpios eu tremo.
– Sobre mim muitos males derramam, *
contra mim furiosos investem.

5 Meu coração dentro em mim se angustia, *
e os terrores da morte me abatem;
 –6 o temor e o tremor me penetram, *
o pavor me envolve e deprime!

=7 É por isso que eu digo na angústia: †
 Quem me dera ter asas de pomba *
e voar para achar um descanso!
 –8 Fugiria, então, para longe, *
e me iria esconder no deserto.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ó meu Deus, escutai minha prece,
ao clamor do inimigo estremeço!

Ant. 2 O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

II
– 9 Acharia depressa um refúgio *
contra o vento, a procela, o tufão.
 =10 Ó Senhor, confundi as más línguas; †
dispersai-as, porque na cidade *
só se vê violência e discórdia!

=11 Dia e noite circundam seus muros, †
 12 dentro dela há maldades e crimes, *
a injustiça, a opressão moram nela!
– Violência, imposturas e fraudes *
já não deixam suas ruas e praças.

13 Se o inimigo viesse insultar-me, *
poderia aceitar certamente;
– se contra mim investisse o inimigo, *
poderia, talvez, esconder-me.

14 Mas és tu, companheiro e amigo, *
tu, meu íntimo e meu familiar,
 –15 com quem tive agradável convívio *
com o povo, indo à casa de Deus!

Ant. O Senhor haverá de libertar-nos
da mão do inimigo traiçoeiro.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 3 Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

III
17 Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto, *
e o Senhor me haverá de salvar!
18 Desde a tarde, à manhã, ao meio-dia, *
faço ouvir meu lamento e gemido.

19 O Senhor há de ouvir minha voz, *
libertando a minh’alma na paz,
 – derrotando os meus agressores, *
porque muitos estão contra mim!

20 Deus me ouve e haverá de humilhá-los, *
porque é Rei e Senhor desde sempre.
– Para os ímpios não há conversão, *
pois não temem a Deus, o Senhor.

21 Erguem a mão contra os próprios amigos, *
violando os seus compromissos;
22 sua boca está cheia de unção, *
mas o seu coração traz a guerra;
 – suas palavras mais brandas que o óleo, *
na verdade, porém, são punhais.

23 Lança sobre o Senhor teus cuidados, *
porque ele há de ser teu sustento,
 – e jamais ele irá permitir *
que o justo para sempre vacile!

24 Vós, porém, ó Senhor, os lançais *
no abismo e na cova da morte.
– Assassinos e homens de fraude *
não verão a metade da vida.
– Quanto a mim, ó Senhor, ao contrário: *
ponho em vós toda a minha esperança!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento.

V. Voltai ao Senhor vosso Deus.
R. Ele é bom, compassivo e clemente!

Primeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5,1-21

Esperança da morada celeste. Ministério da reconciliação
Irmãos: 1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna. 2Aliás, é por isso que nós gememos, suspirando por ser revestidos com a nossa habitação celeste; 3revestidos, digo, se, naturalmente, formos encontrados ainda vestidos e não despidos. 4Sim, nós que moramos na tenda do corpo estamos oprimidos e
gememos, porque, na verdade, não queremos ser despojados, mas queremos ser
revestidos, de modo que o que é mortal, em nós, seja absorvido pela vida. 5E aquele que
nos fez para esse fim é Deus, que nos deu o Espírito como penhor.
6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no
corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara.
8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele,
quer estejamos no corpo,quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós
temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a
devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida
corporal.

11Tendo então o temor do Senhor, procuramos convencer as pessoas e levamos uma
vida transparente diante de Deus. Espero que também vós nos conheçais perfeitamente. 12Não estamos de novo a recomendar-nos, mas somente vos damos uma ocasião de vos gloriardes a nosso respeito, para, assim, terdes o que responder àqueles que dão valor só ao que aparece e não ao que está no coração. 13De fato, se estivemos fora de nós, foi para Deus; e se procedemos com bom senso, é para vós.

14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que,
logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim,
doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez
conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se
alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. 
Tudo agora é novo.

18E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o
ministério da reconciliação. 19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo
consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da
reconciliação. 20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta
através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com
Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que
nele nós nos tornemos justiça de Deus.

Responsório 2Cor 5,18b; Rm 8,32a

R. Deus nos reconciliou consigo mesmo
por meio de seu Filho Jesus Cristo.
* Foi ele que também nos confiou
o ministério da reconciliação.
V. Deus não poupou seu próprio Filho,
mas o entregou por todos nós. * Foi ele.

Segunda leitura
Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo

(Lib. 10,43.68-70:CCL 27,192-193)
(Séc.V)

Cristo morreu por todos
Aquele que em tua secreta misericórdia revelaste aos humildes e lhes enviaste para que
nos ensinas e a humildade, o verdadeiro mediador, esse mediador entre Deus e os
homens, o homem Cristo Jesus, apareceu entre os pecadores mortais como justo mortal: mortal com os homens, justo com Deus. Sendo a recompensa da justiça a vida e a paz, pela justiça unida a Deus, ele destruiu a morte dos ímpios justificados, através dessa morte que desejou igual à deles. Quanto nos amaste, Pai bom, que não poupaste teu Filho único, mas por nós, ímpios, o entregaste! Como nos amaste, quando por nós ele
não julgou rapina ser igual a ti, fez-se obediente até à morte da cruz, ele, o único livre
entre os mortos, com poder de entregar sua vida e o poder de retomá-la! Tudo ele fez
por nós, diante de ti vitorioso e vítima, vitorioso porque vítima. Por nós, diante de ti
sacerdote e sacrifício, sacerdote porque sacrifício. Fazendo de nós, servos, filhos para ti, nascendo de ti, a nós servindo.

Com muita razão minha grande esperança está nele, porque curarás todas as minhas
fraquezas, por aquele que se assenta à tua direita e intercede por nós. De outro modo,
desesperaria. Pois são muitas e grandes estas minhas fraquezas. São muitas e enormes.
Porém muito maior é teu remédio. Teríamos podido pensar que teu Verbo estava longe
de unir-se aos homens e entregarmo-nos ao desespero, se ele não se tivesse feito carne e habitado entre nós. Apavorado com meus pecados e como peso de minha miséria, eu revolvia no espírito e pensava em fugir para o deserto. Mas me impediste e me fortaleceste dizendo-me: Para isto Cristo morreu por todos, para que os que vivem não mais vivam para si, mas para aquele que por eles morreu.

Agora, Senhor, lanço em ti meus cuidados para viver e considerarei as maravilhas de
tua lei. Tu conheces minha ignorância e fragilidade: ensina-me, cura-me! O teu Único,
em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência, me remiu por
seu sangue. Não me caluniem os soberbos, porque reflito no preço dado por mim.
Como, bebo, distribuo e, pobre, desejo saturar-me dele entre aqueles que dele comem e são saciados. Com efeito, louvarão o Senhor aqueles que o procuram.

Responsório 2Cor 5,14.15b; Rm 8,32a

R. O amor de Cristo nos impele
ao pensarmos que um só por todos se entregou.
* Para que aqueles que vivem, não vivam mais para si,
mas vivam, sim, para aquele que por eles morreu
e ressurgiu dentre os mortos.
V. Deus não poupou seu próprio Filho,
mas o entregou por todos nós. * Para que.

Oração

Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons
da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.